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Alta da taxa de juros preocupa o comércio

Sugestão de Pauta
Belo Horizonte, 4 de março 2015 – A alta dos juros tem se tornado um fator de preocupação para o comércio, pois afeta um dos principais pilares do consumo: o crédito. Apesar de vermos que a inflação tem um efeito tão prejudicial quanto o dos juros, pois corrói o poder de compra do consumidor, acreditamos que medidas de controle da inflação deveriam ser menos onerosas para o setor produtivo, para os setores de comércio e serviços e também para os consumidores. 

 

Importante também lembrar que o aumento dos juros inibe o investimento produtivo, o que gera emprego e renda. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o mês de janeiro, em Belo Horizonte, apresentou redução de 5.097 postos de trabalho, influenciado pelo setor do comércio, que sozinho fechou 2.872 vagas. O setor de serviços também demitiu – um total de 2.415 mil trabalhadores.

 

Os principais fatores que contribuíram para esta redução no número de postos de trabalho do comércio são a alta dos juros e da inflação, que inibem o investimento por parte do empresário. A combinação desses dois fatores acaba por corroer o poder de compra dos consumidores, na forma de crédito mais escasso, menor parcela livre do orçamento familiar ou até mesmo o fim da receita, no caso da demissão. Com menos renda, há menos consumo e as vendas caem. Consequentemente, o comércio se vê obrigado a demitir ou a deixar de contratar. 

 

Apesar de encerrar o ano de 2014 com aumento de 2,08% nas vendas, o comércio varejista da capital mineira registrou o menor crescimento dos últimos oito anos. Com o aumento do nível dos preços, resultado da elevação da inflação, muitos consumidores acabaram reduzindo suas compras, comportamento que implicou na desaceleração do consumo, e, consequentemente, do comércio. 

 

O emprego é um dos principais pilares do comércio, já que pessoas empregadas podem consumir e tomar crédito. Com menos consumo nas lojas, o volume de vendas despenca. Para este ano, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) acredita num crescimento moderado para o comércio varejista da capital mineira, de até 1,0%.