Imprensa - 29 de março de 2023 Apesar de aumento dos preços, lojistas estão otimistas com as vendas para a Páscoa Sugestão de Pauta Expectativa é que consumidores adquiram, em média, dois produtos e totalizem um gasto médio de R$ 100. Ovos artesanais lideram lista de itens que deverão ter maior saída Os lojistas da capital mineira esperam boas vendas para a Páscoa. De acordo com pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CD/BH), ainda que 87% dos comerciantes tenham relatado aumento no preço praticado pelos fornecedores, 84,6% acreditam que as vendas deste ano serão melhores ou iguais às de 2022, sendo que cerca de 49,5% afirmam que serão melhores e 35,1% iguais. Para atender a essa demanda, 29,2% dos entrevistados pretendem aumentar o estoque em comparação ao último ano e cerca de 60% devem manter o mesmo volume. E 13,9% dos lojistas disseram que devem diminuir o estoque. Dentre as justificativas apresentadas pelos comerciantes que vão reduzir o estoque, estão aumento de preço dos produtos (64,3%) e redução do poder de compra dos consumidores (17,9%). “A inflação, de maneira geral, aumentou os preços dos produtos e também influenciou o poder de compra das famílias. Contudo, a Páscoa é uma data comemorativa de grande importância afetiva e isso incentiva os consumidores a presentearem, o que impulsiona as vendas. Temos boas expectativas para o período, em especial para os estabelecimentos especializados em chocolates e doces”, avalia o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. Consumidores atentos aos preços De acordo com 62,9% dos lojistas, a frequência de consumidores pesquisando preços de itens de páscoa tem sido razoável (48%) e alta (14,9%). Os itens de maior saída, na perspectiva dos comerciantes deverá ser: Ovo de páscoa artesanal: 30,2% Caixa de bombons industrializados: 30,2% Ovo de páscoa industrializado: 19,3% Bolos ou tortas: 17,8% Doces gourmets: 15,3% Cesta de bombons: 13,9% Barras de chocolate: 12,9% Peixes e frutos do mar: 11,9% Bombons e frutas artesanais: 10,9% Colomba pascal: 5,9% Pão de mel, alfajor, outros: 5,4% Tíquete médio Ao serem questionados sobre a expectativa de gastos dos consumidores para a data, 74,3% acreditam que serão iguais (44,6%) ou superiores (29,7%) ao ano passado. Para 25,7% as vendas serão menores. Para os que acreditam que o desempenho deste ano será melhor, as explicações são aumento do consumo (23,3%) e confiança dos consumidores (3,3%). Em contrapartida, para os lojistas que esperam vendas mais baixas, as justificativas são aumento dos preços sem o crescimento proporcional da renda (55,8%), baixo consumo (23,1%) e clientes pretendem economizar (15,4%). A expectativa é que o valor médio, por produto, seja de R$ 50,55. Estima-se que cada consumidor adquira, em média, dois itens, totalizando um gasto de R$ 101,10. Segundo a pesquisa, as principais formas de pagamento deverão ser à vista no cartão de crédito (45,5%), PIX (28,7%), cartão de débito (20,3%), parcelado no cartão de crédito (5%) – com uma média de três parcelas, e dinheiro (0,5%). Estratégias para atrair o consumidor Para impulsionar as vendas na Páscoa, os comerciantes planejam as seguintes ações: Divulgação dos produtos: 68,3% Aperfeiçoamento do atendimento: 26,2% Variedade de produtos: 18,8% Decoração temática: 18,3% Flexibilidade e/ou facilidade de pagamento: 7,4% As ferramentas mais utilizadas pelos lojistas para divulgar os produtos serão o Instagram (71,8%), WhatsApp (37,6%), Facebook (19,8%), propaganda boca a boca (19,8%), site da empresa (13,4%). Apenas 8,4% disseram que não irão fazer nenhuma divulgação. Contratação de mão de obra temporária Ao serem questionados sobre a contratação de mão de obra temporária para a Páscoa, 6,9% afirmaram que pretendem reforçar o quadro de funcionários. A expectativa é que, em média, dois profissionais sejam contratados para o período. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil