Imprensa - 19 de junho de 2024 Após interrupção de redução da Selic, comércio espera ajuste fiscal Sugestão de Pauta Para CDL/BH, o equilíbrio entre as políticas fiscal e monetária é fundamental para que próximo semestre não tenha tantas turbulências A interrupção do ciclo de redução da taxa Selic, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, acendeu o alerta de atores econômicos, dentre eles o setor de comércio e serviços, representado na capital mineira pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH). Para a entidade, uma das alternativas para se ter um período mais longo de queda dos juros, em conciliação com as metas fiscais, seria o esperado ajuste fiscal. “O compromisso em equilibrar as finanças públicas, reduzir gastos e aumentar as receitas ajudaria a manter as boas expectativas com a melhora na intenção de consumo das famílias, recuperação da renda e queda do endividamento. Como se sabe, a redução dos juros é um dos incentivadores do consumo e da economia. Por esse motivo, é também um anseio dos setores produtivos, sobretudo do nosso comércio e dos consumidores”, analisa o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. Ainda segundo o dirigente, apesar dos recentes acontecimentos do país como as enchentes no Rio Grande do Sul, e também da cautela das grandes economias externas que, no momento, são defensoras de uma redução de juros mais sutil por receio de aceleração dos preços, é possível chegar em um equilíbrio que favoreça governo, empresários e consumidores. “Acreditamos ser possível alinhar os objetivos entre as políticas fiscal e monetária para atravessarmos mais um semestre sem tantas turbulências e incertezas. Apesar de tudo, o setor tem se mostrado resiliente. Em Belo Horizonte e Minas Gerais, por exemplo, tivemos crescimento do comércio varejista, e isso é resultado da redução da Selic”, finaliza. Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil