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Após oito anos de crescimento, inadimplência entre os mineiros tem a primeira queda para o mês de julho

Sugestão de Pauta

Mesmo que em percentual ainda tímido, o endividamento entre os moradores de Minas Gerais teve queda. Em julho, de acordo com o indicador de inadimplência do Conselho Estadual do SPC, foi registrada redução de 0,59% na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Jul.19/Jul.18).

Depois de oito anos de elevação, essa é a primeira retração da inadimplência para julho na variação anual. De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, esse resultado positivo é explicado pelo aumento de pessoas empregadas nos últimos doze meses (Ago18. a Jul.19 em 75.329 pessoas / Ago.17 a Jul.18 em 45.995 pessoas – Caged) e também pela desaceleração da inflação e queda dos juros. “Com mais renda disponível, devido ao retorno dos consumidores ao mercado de trabalho e a redução do custo de vida com a inflação controlada, os mineiros estão buscando sair do cadastro de devedores”, comenta. “Mesmo com o orçamento ainda apertado, os consumidores vêm tentando regularizar sua situação financeira e pagar suas dívidas para voltar ao mercado de crédito e de consumo”. Na variação mensal (Jul.19/Jun.19) também houve queda da inadimplência de 0,69%.

Entre os gêneros, foi registrada queda para homens (-2,37%) e mulheres (-1,34%). Já na variação por faixa etária, os idosos permanecem sendo a parcela com mais dificuldades para quitar suas contas em atraso, com crescimento de 12,86% dos débitos. “Mesmo com um aumento dos rendimentos reais de 4,3%, essas pessoas ainda não estão conseguindo honrar com todos os seus compromissos financeiros. O alto custo de vida, a inflação maior para essa faixa etária e o fato deles ainda serem os responsáveis financeiramente pela famílias são algumas das causas para isso”, justifica Souza e Silva.

Número de dívidas dos mineiros registra queda de 4,33% em julho

De acordo com o Indicador de Dívidas em Atraso, em julho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve redução de 4,33% no número de débitos. Esse decréscimo é reflexo da leve melhora no cenário econômico em relação aos anos anteriores, que tem permitido que os consumidores quitem alguns débitos. Na variação mensal (Jul.19/Jun.19), foi registrada uma retração de 1,13%.

Na variação por gêneros, o número de dívidas apresentou redução entre homens e mulheres, porém a retração foi menor para o público feminino (-5,29%), enquanto no masculino foi de -5,91%. Essa diferença é justificada pela taxa de desemprego permanecer maior entre as mulheres. “Devido às diferenças no mercado de trabalho, as mulheres seguem com menos renda disponível para o pagamento de suas contas atrasadas”, explica o presidente da CDL/BH.

inadimplência e dívidas das empresas de Minas Gerais registram retração

O volume de empresas mineiras endividadas caiu 0,7% em julho na comparação com o mês anterior. “Já estamos em um ambiente econômico melhor do que o dos últimos anos, o que tem proporcionado um leve crescimento das vendas para alguns segmentos e o aumento das receitas das empresas. Com isso, aos poucos, parte dos empresários está conseguindo sair da inadimplência”, esclarece Souza e Silva. Já na variação anual, houve crescimento de 1,66% no número de empresas endividadas. Mesmo apresentando elevação nesta base de comparação, o crescimento foi menor do que o apresentado no ano passado (+5,35%).

 segmento que detém a maior quantidade de empresas devedoras é o de serviços, com 4,28%. Em Minas Gerais, no acumulado de 12 meses, esse segmento registrou um crescimento muito baixo (0,8% – IBGE). “O setor de serviços foi muito impactado com a retração da economia do Estado por 11 trimestres consecutivos. Por isso as empresas ainda estão com sua capacidade de pagamento afetada”, justifica o presidente da CDL/BH.

Em relação às dívidas das empresas, foi registrada queda nas duas bases de comparação. Na variação anual a redução foi de 1,35%. Já na mensal (Jul.19/Jun.19) o recuo da quantidade de contas em atraso foi de 0,96%.

Metodologia – Os indicadores de inadimplência apresentados nesse material contêm todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil e as CDL’s de Minas Gerais têm acesso.