Artigo – O crescimento da economia depende das micro e pequenas empresas

Marcelo de Souza e Silva

Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH)

As micro e pequenas empresas têm uma importância significativa no país. O caminho para avançarmos no desenvolvimento econômico passa por um olhar atento a esses pequenos negócios.

Para se ter ideia, dos mais de 2 milhões de estabelecimentos registrados em Minas Gerais, 96% deles estão enquadrados como microempreendedores individuais, microempresas ou empresas de pequeno porte, de acordo com a Plataforma DataSebrae, que consolida dados sobre os pequenos negócios.

A força das micro e pequenas empresas ganha destaque principalmente nas atividades de Comércio e Serviços, que juntas respondem por cerca de 70% do PIB de Minas Gerais.

O segmento é o principal responsável pela geração de empregos em nosso estado. Dos 4,8 milhões dos empregos em Minas Gerais, mais de 70% estão vinculados ao setor de Comércio e Serviços. Em Belo Horizonte, há uma participação ainda maior na geração de empregos. O varejo, junto aos serviços, forma o segmento produtivo que mais emprega na capital mineira, respondendo por 83% dos vínculos empregatícios.

Esses dados só reforçam que o comércio é a vocação e também o grande propulsor da economia de Belo Horizonte e de Minas Gerais. Apoiar e dar o amparo necessário aos empreendedores e à sustentabilidade dos seus negócios é essencial para impulsionar o desenvolvimento econômico do nosso Estado. Incentivar o empreendedorismo é um caminho eficiente para fomentar a geração de novos empregos.

Essa é uma pauta que deve ser tratada pelos candidatos na corrida eleitoral, bem como pelos gestores públicos, com a importância que ela merece. Deve constar no radar dos atuais e dos futuros tomadores de decisão a promoção de políticas públicas específicas de incentivo às micro e pequenas empresas.

A simplificação e a diminuição da carga tributária devem ser tratadas com prioridade. Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostra que o brasileiro trabalha cerca de 153 dias no ano para pagar impostos. Esse dado aponta como é alta e complexa a carga tributária, o que acaba sendo um entrave à sobrevivência de qualquer negócio no Brasil e, consequentemente, ao desenvolvimento econômico.

Facilitar o acesso às operações de crédito em condições atrativas também é importante para que as micro e pequenas empresas possam realizar investimentos, reestruturar dívidas e potencializar o fluxo de caixa. Os negócios ganham fôlego quando têm acesso a recursos que ajudam a financiar sua operação, modernização e crescimento.

Experiências exitosas como a do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) mostram como o crédito facilitado pode ser um apoio fundamental às empresas. Em 2020, o programa concedeu mais de R$ 37,5 bilhões em empréstimos para cerca de 517 mil empreendedores.

Além disso, é preciso apoiar a permanência dos empreendimentos já instalados nos territórios locais, buscando a expansão na geração de emprego e renda, assim como a atração de novos negócios. 

No entanto, para encorajar investimentos, o Estado deve se manter atrativo e oferecer as condições necessárias para que o novo negócio encontre um ambiente cada vez mais propício para o seu desenvolvimento.

As entidades empresariais escolheram o desenvolvimento econômico, com foco nos pequenos negócios, como uma das pautas mais relevantes para o segmento. O movimento é liderado pela CDL/BH e conta com a participação de outras 11 entidades empresariais.

Por meio do portal “Eleições 2022 – O Comércio em Ação”, empresários e postulantes aos cargos públicos por Minas Gerais podem demonstrar seu apoio ao setor, assinando um abaixo-assinado pela melhoria do ambiente de negócios.

Junte-se a esse movimento para impulsionar a retomada do crescimento, do investimento e do emprego.  Acesse eleicoes2022.cdlbh.com.br conheça os temas e assine. Seu apoio é muito importante!