Imprensa - 5 de julho de 2016 Aumenta a expectativa dos empresários quanto aos seus negócios e à economia Sugestão de Pauta A possibilidade do fim do impasse político nos próximos seis meses está deixando os empresários da capital mais otimistas. De acordo com a pesquisa “Indicador de Confiança do Empresário” realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a expectativa dos empresários da capital quanto ao cenário econômico do país e às finanças de seu próprio negócio foi de 51,6 pontos em junho deste ano. O resultado está quase sete pontos percentuais acima do índice registrado em março (44,7). O levantamento entrevistou 110 empresários dos setores de comércio e serviços de Belo Horizonte e Região Metropolitana no período de 23 de maio a 17 de junho. Segundo o vice-presidente da CDL/BH, Marco Antônio Gaspar, o motivo da melhora desse indicador é que os empresários da capital acreditam que dentro de seis meses a crise política deve chegar ao fim. “Com isso, os empresários estão mais otimistas, pois esperam que o término do impasse político estimulará a retomada do desenvolvimento do setor produtivo”, afirma. (Gráfico 1) E os empresários das micro, pequenas e médias empresas são os mais otimistas quanto à situação econômica do país e do seu próprio negócio. O índice de expectativa geral entre os proprietários de microempresas (até nove empregados) registrou 52,9 pontos. Já entre as pequenas (de dez a 49 empregados) e médias empresas (de 50 a 99 empregados) essa pontuação foi de 51,1 e 50,0, respectivamente. Segundo Gaspar, esses negócios ficam mais vulneráveis em meio à crise. E qualquer sinalização de melhora do quadro atual – como o fim da crise política que deve contribuir com a recuperação da situação econômica do país – leva ao aumento desse otimismo. Já o indicador das empresas de grande porte (mais de cem funcionários) ficou em 28,3. (Gráfico 2) Expectativa para a economia – A pesquisa da CDL/BH também avaliou qual a percepção dos empresários sobre a expectativa para a economia brasileira nos próximos seis meses. E esse indicador registrou 50,9 pontos. Em março, esse índice ficou em 40,7. Para o vice-presidente da CDL/BH, os empresários estão confiantes que, com a nova definição política brasileira, o governo conseguirá montar uma agenda mínima econômica e, consequemente, o Congresso aprovará mais pautas que contribuam com a retomada da economia nacional. (Gráfico 3) Expectativa para empresa – Quando a avaliação é sobre seu próprio negócio, a expectativa dos empresários para os próximos seis meses também se manteve em alta, ao registrar 52,2 pontos. Em março, esse índice ficou em 48,7. Segundo Gaspar, o empresário da capital tem consciência que seu esforço é fundamental para a recuperação de seus negócios. “O comerciante sabe que atrair novos clientes em tempos de instabilidade econômica não é tarefa fácil. Por isso, eles estão em busca de alternativas para reinventar seu negócio”, disse. (Gráfcio 4) Condições atuais – A pesquisa da CDL/BH também avaliou a percepção dos empresários sobre a condição atual da economia brasileira e sobre seu próprio negócio. Tal indicador registrou apenas 19,8 pontos, demostrando um grande pessimismo dos empresários com o atual cenário econômico. “O resultado é reflexo da desaceleração da atividade econômica que vem surtindo efeitos negativos em quase todos os segmentos do comércio”, afirma o vice-presidente da CDL/BH. “Prova disto é que as vendas do varejo da capital registraram queda de 1,80% no acumulado do ano (Jan.16-Abr.16), na comparação com o mesmo período de 2015”, completa. (Gráfico 5) Quando a avaliação é apenas sobre a condição atual da economia brasileira o pessimismo dos empresários é ainda maior, tendo registrado em junho 15,7 pontos. Em março, esse índice ficou em 15,5. Já em outubro de 2015, essa pontuação foi de 16,8. Gaspar acredita que essa percepção negativa é reflexo de uma série de fatores como o aumento da inflação, a elevação dos juros e a alta da taxa de desemprego na capital e na Região Metropolitana. (Gráfico 6) Na avaliação da condição atual de seu próprio negócio, o indicador da CDL/BH registrou 23,8 pontos, resultado inferior ao registrado em março (25,0). Para o vice-presidente da CDL/BH, a piora dessa percepção dos empresários demonstra como os setores de comércio e serviços vêm sendo impactado com a desaceleração do consumo. (Gráfico 7) Confiança – Considerando os resultados das condições atuais e das expectativas, a CDL/BH avaliou a confiança dos empresários da capital. E em junho, o “Indicador de Confiança do Empresário” registrou 38,0 pontos. O resultado é melhor do que o observado na pesquisa do mês de março, onde essa pontuação ficou em 34,2. “Apesar da melhora, o índice ainda permanece abaixo do nível neutro de 50 pontos, demonstrando baixa confiança dos empresários da capital”, finaliza o vice-presidente da CDL/BH. (Gráfico 8) Metodologia – O “Indicador de Confiança do Empresário” realizado pela CDL/BH é formado por quatro indicadores individuais, sendo eles: condições atuais da economia brasileira, condições atuais do próprio negócio do empresário, expectativa para a economia brasileira e expectativa para o próprio negócio do empresário. A média desses indicadores é utilizada para o cálculo do indicador de confiança dos empresários. Quando um desses indicadores vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos empresários. A escala do indicador varia de zero a cem. Onde zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios “pioraram muito” e cem indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais “melhoraram muito”.