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Belo-horizontinos pretendem gastar até R$ 1.6 mil na Black Friday

Sugestão de Pauta

Levantamento da CDL/BH mostra que sete em cada dez consumidores pretendem ir às compras na data. Eletrodomésticos, roupas e eletrônicos devem ser os itens mais procurados

Os belo-horizontinos estão dispostos a investir até R$ 1600 na Black Friday deste ano. Um levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) revelou que o tíquete médio de cada item deverá ficar em torno de R$ 796,43. Como os consumidores almejam adquirir, pelo menos, dois produtos, o valor final gasto com a data será de R$ 1.592,86.

“Este valor representa um aumento de 9% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o tíquete médio foi de R$ 732,39. Isso reflete os recentes acontecimentos econômicos como recuo da inflação, queda da taxa de juros e aumento da massa consumidora como resultado do programa Desenrola Brasil e diminuição do desemprego”, avalia o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

A previsão da entidade é que durante o mês de novembro sejam gerados na economia da cidade R$ R$ 2,08 bilhões, um montante 0,97% maior que o do mesmo período do último ano, quando foram injetados R$ 2,06 bilhões.

A movimentação em torno da data promete ser grande, já que 74,8% dos entrevistados afirmam que irão às compras. Um crescimento de 29,6% em relação ao ano passado. A maior parcela dos lojistas (52,9%) acredita que as vendas deste ano serão melhores que 2022 e, para isso, vão investir em liquidações, variedade de itens e flexibilidade de pagamento.

“Os consumidores esperam a Black Friday para adquirir produtos de maior valor agregado e uso próprio. Isso explica o tíquete médio mais elevado e a maior disposição para investir”, explica a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos.

Lista de desejos

Eletrodomésticos, roupas e eletrônicos lideram a lista de produtos mais desejados pelos consumidores para esta Black Friday. Os itens apontados pelos entrevistados aparecem da seguinte forma:

  • Eletrodomésticos: 32,9%
  • Roupas: 28,4%
  • Eletrônicos: 25,3%
  • Calçados: 20,4%
  • Cosméticos: 12,9%
  • Acessórios (bolsas/ mochilas/malas): 10,2%
  • Utensílios domésticos: 7,6%
  • Produtos alimentícios: 6,2%
  • Móveis: 5,8%
  • Brinquedos: 4,9%

O tíquete médio dos três produtos com maior procura são:

  • Eletrodomésticos: R$ 1.194,26
  • Roupas: R$ 376,56
  • Eletrônicos: R$ 931,36

Pagamento

A forma de pagamento predominante para as compras na Black Friday será o parcelamento no cartão de crédito (49,3%), em até seis vezes. “O pagamento parcelado possibilita que o consumidor dilua o valor de forma que caiba no orçamento mensal”, destaca Marcelo de Souza e Silva.

As demais opções citadas pelos entrevistados foram à vista no cartão de crédito (16%), PIX (15,1%), cartão de débito (10,2%), dinheiro (7,1%), boleto (0,9%). Parcelado no carnê/crediário, não sabe e parcelado no cartão da loja registraram 0,4% cada.

De olho no preço e nos descontos

A maioria dos consumidores (75,6%) afirmou que sempre (56,4%) ou quase sempre (19,1%) monitora o histórico de preços dos itens que deseja comprar. Já 16,4% disseram que verificam às vezes e 6,2%, raramente. Somente 1,8% afirmaram que nunca monitoram.

A maioria dos entrevistados que pretende realizar compras, espera que (42,7%) descontos praticados nos produtos ofertados no período da Black Friday sejam maiores ao ano anterior. Já 47,1% acreditam que será igual e 10,2% acham que os descontos serão menores ou muito menores que os de 2022.

Os locais de pesquisa de preços apontados pelos consumidores são:

  • Site específico: 46,7%
  • Lojas de rua: 39,6%
  • Lojas de shopping: 33,3%
  • Pesquisa em buscadores da internet: 26,7%
  • Redes Sociais: 21,8%
  • Sites das marcas favoritas: 9,3%

Para realizar as compras, 56,4% dos entrevistados devem utilizar a internet e 52,4% irão às lojas físicas. Já 32,9% vão comprar pela internet e retirar na loja.

Os motivos para ir às compras na Black Friday são diversos, dentre eles foram apontados: aproveitar as promoções independente se deseja ou não determinado produto (34,4%); Adquirir itens de necessidade com melhor preço (27,2%); Comprar itens de desejo na promoção (21,9%); Substituir produto que já possui por uma versão atualizada (10,7%); Antecipar compras de Natal (5,8%).

Contratação temporária

A CDL/BH também ouviu os lojistas da cidade sobre a intenção de contratação temporária. Nessa escuta, 37,5% afirmaram que pretendem recrutar funcionários temporários neste ano, um aumento de 21 pontos percentuais em relação a 2022 (16,5%).

O cargo com maior número de vagas será o de vendedor (87,2%), seguido por atendente (30,8%), estoquista (23,1%) e caixa (20,5%).

Ao serem questionados sobre a chance de efetivação desses funcionários, 48,8% dos lojistas disseram ser alta ou muito alta. Para 20,5% é baixa a possibilidade  e para 30,8%, muito baixa.

Entraves para contratação

De acordo com os comerciantes entrevistados, os motivos que mais dificultam a efetivação de um funcionário temporário são a falta de compromisso e responsabilidade (53,8%), baixa capacitação (15,4%), pouca experiência profissional (12,8%).

Dentre os lojistas que disseram que não vão contratar para o fim de ano (62,5%), os motivos apresentados por eles foram:

  • Atual quadro de funcionários atende à demanda: 72,3%
  • Queda no consumo: 16,9%
  • Redução no atendimento a clientes: 4,6%
  • Não tem retorno para o seu negócio: 4,6%
  • Falta de mão de obra: 1,5%

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil