Imprensa - 29 de outubro de 2024 Boa performance do mercado de trabalho em BH impacta positivamente o comércio varejista Entre janeiro e agosto, foram gerados mais de 30 mil postos de trabalho. Aumento da renda disponível favoreceu o consumo das famílias e crescimento das vendas O mercado de trabalho na capital mineira tem se mostrado positivo ao longo de 2024. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre os meses de janeiro a agosto, observa-se a admissão de 400.887 empregos e 370.784 desligamentos, o que resultou na criação de 30.103 postos de trabalho líquidos. O setor de serviços gerou um saldo de 22.545 empregos e o comércio contribuiu com 1.274 empregos no período. Em agosto, as admissões somaram 50.437 e os desligamentos, 45.958, gerando um saldo de 4.479. O setor de comércio e serviços, novamente, foi o responsável por gerar o maior estoque de vagas, com um saldo total de 2.522. “A taxa de desemprego do segundo trimestre na capital mineira é a menor dos últimos 10 anos. Em agosto, também tivemos um saldo muito positivo. Essa estabilidade tem gerado um reflexo positivo nas vendas do comércio varejista”, destaca o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva. O levantamento “Termômetro de Vendas” da entidade revela que, em agosto, as vendas do comércio varejista da capital mineira cresceram 0,98% em comparação ao mês anterior. “O aumento da renda em circulação, especialmente pela geração contínua de empregos, tem fomentado o consumo das famílias neste ano. Além disso, os reflexos dos programas de renegociação de dívidas têm permitido que muitos consumidores voltem ao mercado de consumo. A tendência é que isso mantenha a atividade econômica aquecida e impulsione a demanda por bens e serviços nos próximos meses”, avalia o dirigente. Neste período (Ago.24/Jul.24), os setores que tiveram melhor desempenho foram Supermercados (6,98%), Drogarias e Cosméticos (5,56%), Papelarias e Livrarias (4,02%), Vestuário e Calçados (2,98%), Veículos e Peças (2,12%), Material Elétrico e de Construção (1,13%) e Artigos Diversos que incluem que incluem brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, bicicletas e instrumentos musicais(1%). O setor que desacelerou foi o de Informática, com um recuo de 1,1%. Drogarias, Supermercados e Vestuário são destaque no acumulado do ano Entre janeiro e agosto, a atividade do comércio varejista de Belo Horizonte se manteve estável, registrando um avanço de 0,87%. No período, os segmentos que mais avançaram foram Vestuário e Calçados (4,55%), Drogarias e Cosméticos (4,36%) e Supermercados (3,29%). “Esses segmentos são resilientes às mudanças econômicas e, por não serem tão dependentes de crédito e comercializarem itens essenciais, conseguem realizar mais vendas em períodos mais curtos. As compras nesses setores são geralmente feitas com frequência (semanal ou mensal), e os valores das compras costumam ser menores e mais acessíveis em comparação a outros setores, o que faz com que muitas pessoas paguem com dinheiro ou cartão de débito, sem necessidade de crédito”, explica a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos. Na comparação anual (Ago.24/Ago.23), as atividades do varejo belo-horizontino avançaram 1,01%. Segundo o levantamento da CDL/BH, o desempenho positivo foi alcançado por um cenário favorável aos padrões de consumo no período, especialmente em função do Dia dos Pais. “As datas comemorativas promovem um aquecimento das vendas e, com o aumento da renda disponível, em função do bom momento do mercado de trabalho, o resultado deste ano foi ainda melhor”, destaca Souza e Silva. No período, os segmentos de Supermercados (3,3%), Papelarias e Livrarias (2,78%), Drogarias e Cosméticos (2,03%) e Vestuário e Calçados (1,95%) foram os que apresentaram melhor desempenho. Abaixo, áudios do presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, sobre o desempenho do varejo: Foto: Tânia Rego/Agência Brasil