Imprensa - 27 de abril de 2016 Cai o número de belo-horizontinos limpando o nome Sugestão de Pauta O atual cenário econômico, aliado a fatores como pressão inflacionária e altas taxas de juros têm deixado os consumidores belo-horizontinos com dificuldades em quitar os débitos atrasados. É o que mostra o Indicador de recuperação de crédito do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). Em março, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve queda de 6,43% no número de pessoas recuperando o crédito. Segundo a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, a desaceleração da economia tem afetado o poder de compra das famílias e, em especial, a capacidade de pagamento das dívidas atrasadas. “Com a diminuição da renda, o orçamento familiar fica cada vez mais apertado. Além disso, as taxas de juros elevados dificultam a negociação de débitos”, afirmou. (Gráfico 1 – recuperação de crédito) Quando comparado com mês imediatamente anterior (fevereiro de 2016), o índice de recuperação de crédito registrou queda de 2,98%. Para a economista da CDL/BH ao priorizar o pagamento dos compromissos financeiros de início do ano, o belo-horizontino ficou sem condições de quitar débitos antigos. “As despesas com tributos (IPTU e IPVA) e reajustes de tarifas consumiram boa parte da renda das famílias. Sem um planejamento financeiro adequado, os consumidores acabam ficando inadimplentes”, explicou Ana Paula. No acumulado do ano (janeiro a março) o número de consumidores recuperando o crédito apresentou queda de 7,37%. Para Ana Paula, com o crescimento da taxa de desemprego associada ao aumento do custo de vida torna-se mais difícil arcar com todas as despesas familiares. “Com um cenário econômico desequilibrado, o consumidor acaba priorizando o pagamento das despesas essenciais e adiando a regularização de suas dívidas”, finalizou a economista. Perfil – Em março, a maioria dos consumidores que regularizou seus débitos junto ao SPC da CDL/BH pertencem ao sexo feminino (57,69%). Por faixa etária, os que mais recuperam seu crédito (26,68%) foram os belo-horizontinos de 30 a 39 anos. Os jovens de 18 a 24 registraram o menor índice (7,10%). As demais faixas etárias são consumidores entre 40 e 49 anos (23,21%); 50 a 64 anos (22,2%); 25 a 29 anos (9,79%) e acima de 65 anos (10,99%). (Gráfico 2 – Recuperação de crédito – Variação por faixa etária)