Cai o número de consumidores limpando o nome

O atual cenário econômico tem deixado os consumidores belo-horizontinos com dificuldades de quitar os débitos em atraso. É o que mostra o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) junto a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). O registro de recuperação de crédito caiu 8,79% no acumulado do ano (janeiro a setembro). Esta é a primeira queda no índice de regularização de dívidas em cinco anos nesta mesma base de comparação.

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De acordo com o vice-presidente da CDL/BH, Davidson Cardoso, a desaceleração da economia aliada a fatores como inflação e juros altos tem causado um efeito negativo no orçamento das famílias. “Os consumidores estão com a sua renda comprometida com a compra de itens de necessidade básica, o que tem afetado a capacidade de quitar as dívidas atrasadas”, afirma.

Quando comparado com o mesmo mês do ano anterior (setembro de 2014), o volume de pessoas na capital mineira que recuperou o crédito apresentou queda de 13,55%. O vice-presidente da CDL/BH atribui o resultado a alta da taxa de juros para os consumidores. “O aumento dos juros dificulta a negociação das dívidas, pois a dívida se torna mais cara. Fator que impede a saída dos consumidores do SPC da CDL/BH”, explica. 

Na comparação com o mês anterior (agosto de 2015), observou-se no índice de recuperação de crédito um crescimento de 3,56%.  Segundo Cardoso, o aumento é resultado da injeção extra de capital na economia neste segundo semestre. “Com a entrada da primeira parcela do décimo terceiro salário para aposentados e pensionistas e a restituição do imposto de renda, uma boa parcela dos consumidores tiveram a oportunidade de negociar suas dívidas antigas”, finalizou.

Perfil – A maioria dos cancelamentos de débito junto ao SPC da CDL/BH no mês de setembro foram feitos por consumidores do sexo feminino (55,83%). Por faixa etária a maioria ocorreu na idade de 30 a 39 anos (27,97%) e minoria na faixa de 18 a 24 anos (6,75%). Em seguida estão: consumidores com idade de 40 a 49 anos (23,58%), de 50 a 64 anos (21,58%), acima de 65 anos (10,41%) e de 25 a 29 anos (9,69%).