Imprensa - 22 de março de 2016 Com renda diminuída consumidor mineiro está mais inadimplente Sugestão de Pauta Belo Horizonte, 22 de março de 2016 O aumento da inflação nos primeiros dois meses de 2016 tem criado um cenário de dificuldades para os consumidores que se vêem com a renda diminuída e os gastos ampliados. Exemplo disso é a inadimplência em MinasGeraisque cresceu 4,9%em fevereiro na comparação com o mesmo mêsdo ano passado (Fev.2016/Fev.2015). Com menor poder de compra, muitas pessoas têm focado seus recursos para a subsistência da família, deixando de quitar seus débitos, disse o presidente daCâmara de Dirigentes Lojistasde Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) das CDL´s em Minas Gerais. (Gráfico 1 acima – Pessoas Inadimplentes) Na comparação com janeiro de 2016 (Fev.2016/Jan.2016) houve crescimento de 0,2% na inadimplência. Para o presidente da CDL/BHo aumento nessa base de comparação demonstra o acúmulo de dívidas do início do ano com a presença de tributos para pagamentos e a quitação de compras realizadas no final de 2015. Para quem não faz planejamento, o grande número de compromissos financeiros no início do ano aliado às parcelas das compras de Natal pode levar à inadimplência , disse. Além disso, nos encontramos em um cenário econômico desequilibrado, com inflação e juros elevados e crescimento da taxa de desemprego. Todos esses fatores afetam diretamente a renda das famílias , completou. Faixa etária De acordo com os dados do SPC das CDLs de Minas Gerais a inadimplência émaior entre consumidores acima de 50 anos. Em fevereiro de 2016 na comparação com o mesmo mês de 2015 o índice de inadimplência nessa faixa etária registrou amaior variação (10,87%). Já na faixa etária de 18 a 24 anos houve queda de 17,34%. (Gráfico 2 acima – Variação Anual de Devedores por Faixa etária) Dívidas O número de dívidas junto ao SPC das CDLs de Minas Gerais apresentou crescimento de 0,44% em fevereiro de 2016 na comparação com o mês imediatamente anterior (Fev.2016/Jan.2016). Na comparação com fevereiro de 2015 (Fev.2016/Fev.2015) foi verificado aumento de 7,71% no número de dívidas em atraso. Odado apurado demonstra o efeito corrosivo da inflação e daselevadas taxasde juros que afetam diretamente o rendimento médio da população empregada. A pressão inflacionária diminui a renda disponível das pessoas e aumenta seu custo de vida. E os juros altos dificultam a renegociação das dívidas , disse Falci. Dessa forma a renda dos consumidores não consegue suprir todas as despesas da família, levando à inadimplência , acrescentou. Por isso a importância do planejamento financeiro na vida familiar. O consumidor precisa colocar em uma planilha quanto ganha e quanto pode gastar. Eabandonar as compraspor impulso , disse. (Gráfico 3 acima – Total de Dívidas – Variação Anual)