Imprensa - 13 de março de 2018 Comércio abre o ano com crescimento de 1,64% nas vendas Sugestão de Pauta O varejo da capital iniciou 2018 apresentando um bom resultado. As vendas de janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Jan.18/Jan.17), tiveram crescimento de 1,64%. Essa alta é reflexo da recuperação da atividade econômica e da desaceleração de alguns indicadores macroeconômicos, como inflação (IPCA de Jan.17 em 0,38%/Jan.18 em 0,29% – IBGE), da taxa de juros (Jan.18 em 7%/Jan.17 em 13,75% – Banco Central), da taxa de desemprego (4º tri.17 em 11,3%/4º tri.16 em 11,5% – IBGE),) e a queda da inadimplência (Jan.18 em -3,25%/Jan.17 em 3,52%), que proporcionaram o aumento do consumo. De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci, essa conjunção de fatores leva a uma melhora do poder de compra das famílias. “Com mais renda disponível, as pessoas consomem mais e, consequentemente, as vendas crescem. A taxa básica de juros em níveis mais baixos também constitui um fator favorável ao consumo, pois o custo para se obter crédito torna-se menor”, explica. Todos os setores apresentaram crescimento nas vendas na comparação anual (Jan.18/Dez.17). São eles: veículos e peças (3,7%); material elétrico e construção (2,68%); artigos diversos que incluem acessórios em couro; brinquedos; óticas; caça; pesca; material esportivo; material fotográfico; computadores e periféricos e artefatos de borracha (2,48%); papelarias e livrarias (1,33%); móveis e eletrodomésticos (1,18%); drogarias e cosméticos (1,15%); vestuário e calçados (0,9%) e supermercados (0,87%) Vendas apresentam leve recuo na variação mensal O índice real de vendas registrou queda de 0,45% na comparação com o mês imediatamente anterior (Jan.18/Dez.17). Essa leve redução é devido a dezembro ser uma base muito forte de comparação, pois as vendas são aquecidas por causa do Natal. “Além disso, a chegada das contas de início de ano, como IPVA, DPVAT, IPTU e matrículas escolares, levam os consumidores a darem preferência à quitação dos débitos, em detrimento do consumo”, comenta Falci. Na comparação mensal (Jan.18/Dez.17), o segmento de papelaria e livraria foi o que apresentou o maior crescimento, 4,89%. Os demais setores que também tiveram resultado positivo nas vendas foram: drogarias e cosméticos (4,3%); supermercados (4,27%); artigos diversos (1,51%) e vestuário e calçados (1,24%). Os que registraram queda foram: material elétrico e construção (2,8%); veículos e peças (2,38%) e móveis e eletrodomésticos (1,53%). Nos últimos doze meses vendas sobem, após duas quedas consecutivas Nos últimos doze meses (Dez.17-Jan.18)/(Dez.16-Jan.17), o varejo apresentou crescimento de 0,84%. Este é o primeiro resultado positivo nesta base de comparação desde 2015. “Esse aumento das vendas demonstra o efeito positivo da melhora do ambiente macroeconômico e indica que após dois anos de recessão, o setor está conseguindo se recuperar”, esclarece o presidente da CDL/BH. A maioria dos setores teve crescimento nessa base de comparação, apenas móveis e eletrodomésticos apresentaram queda de 1,98%. Os demais se comportaram da seguinte maneira: material elétrico e construção (7,84%); vestuário e calçados (7,0%); artigos diversos (6,4%); drogarias e cosméticos (4,52%); supermercados (3,48%); veículos e peças (3,37%) e papelaria e livrarias (2,88%).