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Comércio da capital dá sinais de recuperação

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Em julho, as vendas no comércio de Belo Horizonte continuaram a apresentar modesto crescimento. De acordo com o Indicador de vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), na comparação com o mesmo mês de 2016 (Jul.17/Jul.16), o desempenho do comércio registrou aumento de +0,17%. Esse é o terceiro mês, que comparado ao ano anterior, às vendas atingem resultados positivos. Em junho o aumento foi de +0,11%.

O presidente da CDL/BH, Bruno Falci, comenta que esse crescimento é resultado da melhora de alguns indicadores, como taxa de juros (Jul.17= 9,25%/ Jul.16=14,25% de acordo com o Banco Central), e inflação (Jul.17 ficou em 0,24% ante 0,54% Jul.16 IBGE) e queda no desemprego (2º tri 2017 13,2% /1º tri 2017 14,5% IBGE). “A inflação vem desacelerando, assim como a taxa de juros. Aliadas  à diminuição do desemprego no segundo trimestre de 2017, criam um ambiente favorável para o consumo”, explica.  “As pessoas estão recuperando, aos poucos, o seu poder de compra, o que possibilita um leve crescimento nas vendas. A expectativa de crescimento para todo ano de 2017 é de +1,72% frente a 2016”, completa.

Na comparação anual (Jul.17/Jul.16) os setores que tiveram melhor crescimento foram: vestuário e calçados (+4,63%); artigos diversos, que incluem acessórios em couro; brinquedos; óticas; caça; pesca; material esportivo; material fotográfico; computadores  e   periféricos  e  artefatos  de  borracha, (+4,34%);supermercados (+4,07%); papelarias e livrarias (+2,51%); drogarias e cosméticos (+2,4%). Em queda aparece o segmento de móveis e eletrodomésticos (-0,85%).

Já na base de comparação mensal (Jul.17/Jun.17), o índice real de vendas apresentou queda de -0,55%. “Junho foi uma base muito forte de comparação, devido à comemoração do Dia dos Namorados, que é uma excelente data em vendas para o comércio varejista”, esclarece o presidente da CDL/BH.

No acumulado do ano vendas ainda estão em queda, mas em percentual menor

No acumulado do ano (Jan.17-Jul.17) / (Jan.16-Jul.16) as vendas permanecem negativas (-1,03%), mas já registram índice menor de queda. A população ainda está adiando sua decisão de compra. “As pessoas ainda estão receosas em realizar grandes compras, principalmente de bens de maior valor agregado e que demandam crédito, tendo em vista o temor do desemprego ou por já estarem desempregadas. Então, deixam de comprar para evitar dívidas que futuramente não possam pagar,” explica o presidente da CDL/BH.

Drogarias e cosméticos foi o único setor que apresentou crescimento de vendas no acumulado do ano (+ 3,40%).  Os demais tiveram queda de: artigos diversos  (-1,72%); móveis e eletrodomésticos (-1,66%);  supermercados (-1,07%); vestuários e calçados  (-0,55%); material elétrico e de construção (-0,49%); veículos e peças (-0,23%); papelarias  e  livrarias (-0,03%).

O resultado do varejo nos últimos doze meses (Ago.16-Jul17/Ago.15-Jul.16) segue os demais indicadores. Ainda não está positivo (1,18%), mas vem diminuindo o recuo. O ano de 2016 foi marcado pela presença de juros, taxa de desemprego e inflação elevados.  No entanto, a economia interna começou a dar sinais de melhora com os indicadores macroeconômicos (inflação e juros) apresentando decréscimos no início de 2017 e o PIB apontando crescimento (+0,34% em 2017 e +2% em 2018 de acordo com o Banco Central).

Para o presidente da CDL/BH, a melhora destes indicadores possibilitou a retomada da confiança dos agentes econômicos, o que impacta positivamente no investimento produtivo. “O mercado, no geral, vem apresentando sinais de recuperação. O aumento do emprego e da renda em circulação começa a aquecer o consumo” afirma. “No entanto, deve-se ressaltar que o aumento nos impostos e a dificuldade do governo em aprovar as reformas da previdência e tributária podem levar a uma recuperação econômica mais lenta”, completa.