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Comércio da capital mineira apresentou queda de 1,67% no primeiro trimestre do ano

Sugestão de Pauta
Belo Horizonte, 14 de maio de 2015 – O comércio varejista de Belo Horizonte fechou o primeiro trimestre do ano com queda de 1,67% quando comparado com o mesmo período de 2014. De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci, essa queda é resultado da menor atividade no cenário macroeconômico, associado a juros maiores, aumento do índice de desocupação, queda da renda real e alta da inflação. “Com o aumento no custo de vida, os consumidores estão cada vez mais sendo pressionados a diminuírem seu consumo para manterem os custos básicos, restringindo o que é considerado supérfluo, para evitar ficarem inadimplentes”, afirma.

 

Quando comparado com o mês imediatamente anterior (Mar.15/Fev.15), o comércio de Belo Horizonte apresentou um crescimento de 3,96%. Segundo o presidente da CDL/BH este crescimento no mês de fevereiro não foi motivado por uma aceleração da atividade econômica. “Por contar com um número menor de dias úteis (17 dias), o mês de fevereiro acaba se tornando uma base fraca de comparação”, explicou Falci. “Além disso, o feriado do carnaval impactou o resultado”, completou.

 

Na comparação com março do ano passado (Mar.15/Mar.14) houve queda de 2,55%. “Novamente observa-se nesta base de comparação o efeito negativo da desaceleração da atividade econômica, do aumento da inflação e da taxa de juros sobre o nível de consumo, e, por consequência, das vendas”, disse o presidente da CDL/BH. “O poder de compra das famílias tem diminuído. Aliado a isso, a taxa básica de juros apresentou a segunda elevação no ano, chegando a 12,75%, É mais um fator desfavorável ao consumo, visto que o aumento da dificuldade em se obter crédito”, completou. 

 

No acumulado dos últimos 12 meses (Abr.14-Mar.15/Abr.13-Mar.14) o varejo apresentou queda de 0,42%. Este índice tem apresentado sucessivas reduções de seu valor, conforme visualizado no gráfico abaixo, demonstrando uma diminuição na intensidade da atividade comercial em Belo Horizonte, resultado de fatores como aumento do índice de desemprego e queda da renda média real. Ao mesmo tempo a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressionaram os preços em 2015. “Neste sentido, menos pessoas dispõem de renda livre para o consumo, pois seus orçamentos já estão comprometidos com os custos básicos”, disse o presidente da CDL/BH. “A tendência das vendas para os próximos meses é de repetição do cenário mais desaquecido visto em 2014. Sem indícios de recuperação da economia, os consumidores continuarão mais cautelosos a se comprometer com compras, principalmente a prazo”, acrescentou.