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Comércio de BH fechou 2021 com crescimento

Sugestão de Pauta

Pesquisa da CDL/BH revela que setores de maior destaque foram drogarias e cosméticos, material elétrico e de construção

O comércio varejista da capital encerrou 2021 com crescimento de 1,34% (Jan.Dez.2021./Jan.Dez.2020). Na comparação de dezembro de 2021 com o mesmo mês do ano anterior, o avanço foi de 0,36%. Os dados são da pesquisa Termômetro de Vendas, realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).

 “Mesmo com a inflação mais elevada, o comércio apresentou um desempenho positivo. Certamente o fim das restrições sanitárias e a ampliação da vacinação contribuíram para esse avanço. Apesar das incertezas no cenário, alguns conseguiram aproveitar as oportunidades e criar um novo negócio ou ampliar algo já estabelecido. Os lojistas adotaram estratégias importantes como promoções, facilitação do pagamento e comunicação eficiente com seus clientes, visando aumento da receita e, com isto, aumento das vendas”, destaca o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Entre os setores que mais se destacaram estão o comércio varejista de drogarias e cosméticos (+5,35%), artigos diversos que incluem brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, bicicletas e instrumentos musicais (+2,14%), material elétrico e de construção (+1,37%), supermercados (1,29%), informática (+0,52%) e veículos e peças (+0,85%). No contramão, os que sofreram queda foram: eletrodomésticos e móveis (-7,56%), vestuário e calçados (-2,69%) e papelaria e livrarias (-1,46%).

Comércio do país

No panorama nacional, o varejo ampliado, que inclui o comércio varejista, além do comércio de veículos, motos, peças e materiais para construção, as vendas também cresceram. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um avanço de 4,5%. Em relação ao comércio varejista, houve uma variação positiva de 1,4%. Na análise mensal (Dezembro.21/Novembro.21) notou-se um recuo de 0,1%. O primeiro semestre do ano concentrou o crescimento do setor. Já nos últimos seis meses, as vendas avançaram em ritmo moderado, mas sem comprometer o resultado anual.

As categorias do comércio nacional que registraram crescimento no último ano, segundo o IBGE, foram: tecidos, vestuário e calçados (+13,8%), artigos de uso pessoal que engloba o comércio de jóias, óticas, entre outros (+12,7%), artigos médicos e farmacêuticos (+9,8%) e combustíveis e lubrificantes (0,3%).  A desaceleração foi notada com maior intensidade nos segmentos de livros, jornais e papelarias (-16,9%), móveis e eletrodomésticos (-7%), supermercados (-2,6%) e materiais para escritório (-2%).

Geração de empregos

Se por um lado o setor de comércio foi um dos mais prejudicados pela pandemia, ele também foi o responsável pela maior geração de empregos. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2021, foram criados 2,7 milhões de empregos formais no país. Desse número, 643,7 mil pertencem ao comércio, o que significa que uma a cada quatro vagas pertence ao segmento. Em Belo Horizonte, o setor também foi o que mais empregou no último ano. Quase 80% das mais de 56 mil vagas foram para os setores de comércio e serviços.

Resolução de problemas

De acordo com o presidente da CDL/BH, para que o comércio siga na direção do crescimento, é imprescindível que os atuais desafios da economia sejam sanados. “Inflação em alta, problemas políticos e incertezas fiscais são alguns dos gargalos do ambiente econômico. Para que isso seja revertido, é preciso atrair um investimento produtivo, que nos ajude a gerar emprego e renda e, assim, sermos inseridos em uma trajetória de crescimento sustentável”, acredita o presidente da entidade.

Tendências do comércio para 2022

Os dois últimos anos impulsionaram grandes mudanças no comércio tradicional. O digital passou de luxo para necessidade, a jornada do cliente se tornou essencial e as lojas físicas vêm transformando seus espaços. A mais recente edição da NRF Retail’s Big Show, maior feira do varejo realizada em Nova York, apontou algumas tendências que deverão ser seguidas pelos lojistas que queiram consolidação e fidelização dos clientes.

Dentre as novidades estão:

Evolução do negócio digital

Mais que um e-commerce. É preciso oferecer ao cliente atendimento multicanal, utilizar inteligência artificial para reter o consumidor e, se possível, marcar presença no metaverso.

ESG

Cada vez mais os consumidores buscam se relacionar com empresas que tenham propósito e, principalmente, defendam causas sociais, ambientais e culturais. Por isso, estar atento a essas práticas pode fazer um negócio ir mais longe.

Experiência para o cliente

Mais do que nunca, o consumidor está cauteloso e pensando antes de investir seu dinheiro. Por isso, é preciso proporcionar a ele motivos para sair de casa e ir à uma loja, agregar valor e significado aos produtos. A emoção precisa andar de mãos dadas com a experiência e o preço.

Foto: Adão de Souza / PBH