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Comércio de BH projeta movimentação de R$ 2,52 bilhões em dezembro

Sugestão de Pauta

Montante será gerado em torno das vendas para o Natal. Consumidores apontam roupas, brinquedos e calçados como principais presentes. Lojas de rua serão o principal local de compras

O último mês do ano promete ser positivo para o comércio da capital mineira. De acordo com pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a projeção é que o Natal impulsione as vendas do varejo durante dezembro, com um crescimento de 1,55% em relação ao ano passado e injete e R$ 2,52 bilhões na economia da cidade.

“Temos uma boa expectativa para o período e o comércio está preparado para atender às demandas da temporada. O supertrimestre tem sido muito positivo. O Dia das Crianças e a Black Friday tiveram bom desempenho e, agora, finalizamos com o Natal. Temos a expectativa de encerrar o ano de 2024 com um crescimento de 2,78% das atividades do varejo”, celebra o presidente da CDL/BH, Marcelo de  Souza e Silva.

O levantamento da entidade, realizado com 200 consumidores da capital mineira entre os dias 25 e 27 de novembro, mostra que os locais de compra mais citados para a data são:

  • Shopping Center: 39,1%
  • E-commerce: 25%
  • Lojas do Centro de BH: 17,4%
  • Pequenos comerciantes autônomos: 15,2%
  • Lojas de bairro: 14,1%
  • Shoppings populares: 7,6%
  • Mercados e supermercados: 3,3%
  • Feiras livres, como a Feira Hippie: 3,3%
  • Redes Sociais: 1,1%

Não souberam ou não responderam somam 4,3%. A soma dos percentuais supera 100% pois os entrevistados podem mencionar mais de um local.

Os motivos que influenciam a escolha do local de compra são: agilidade no atendimento (27,2%), preço (25%), credibilidade da loja (14,1%), localização (9,8%), possibilidade de experimentação do produto (7,6%) e ambiente agradável (6,5%).

ASubsecretária de Turismo da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, Patrícia de Cássia Gomes Moreira, o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, e a gerente de comunicação da Cemig, Hannah Drumond

Presentes para a família

A pesquisa da CDL/BH revela que a maioria dos presentes serão para a família, com destaque para filhos e/ou enteados (40,2%), mãe e/ou madrasta (39,1%), irmãos (19,6%), sobrinhos (18,5%), esposa (17,4%), pai ou padrasto (16,3%), netos (10,9%), afilhados (5,4%), marido (4,3%), avós (3,3%), primos (2,2%), bisnetos (1,1%), genro, nora e tios (1,1).

Também foram citados namorados (8,7%), amigo (7,6%), filhos de amigos (5,4%) e vizinho (1,1%).

Quando questionados para quem será entregue o presente mais caro da lista, os entrevistados disseram que serão: filhos e/ou enteados (23,9%), mãe ou madrasta (14,1%), netos (8,7%), esposa (6,5%) e sobrinhos (5,4%).

“Esses grupos refletem as relações familiares mais próximas e prioritárias para os consumidores na hora de investir em presentes de maior valor. A expectativa é que eles recebam itens como brinquedos, calçados e roupas, considerando o tíquete médio dos produtos mais citados pelos entrevistados”, explica Marcelo de Souza e Silva.

Os dez produtos que vão compor a lista de presente da maioria dos consumidores são:

  • Roupas (39,1%)
  • Brinquedos (18,5%)
  • Calçados (15,2%)
  • Cosméticos (8,7%)
  • Eletrônicos (8,7%)
  • Acessórios – óculos, joias e relógios (5,4%)
  • Livros e itens de papelaria (4,3%)
  • Eletrodomésticos (3,3%)
  • Itens de decoração (3,3%)

Tíquete médio

A intenção dos consumidores é comprar, em média, dois presentes, totalizando um desembolso de R$ 517,02. Na comparação com o valor médio por presente do ano anterior, observa-se um aumento de 47%, passando de R$ 175,42 para R$ 258,51.

O valor médio dos quatro produtos mais citados é: Roupas (R$ 275); Brinquedos (R$ 259,38); Calçados (R$ 377,08) e Cosméticos (R$ 240,63).

Em comparação ao investimento com presentes do ano passado, 56,5% dos consumidores afirmam que em 2024 o gasto será maior. Para 30,4% o valor será igual e 10,9% acreditam que será menor. 

Para os consumidores que planejam gastar mais com presentes este ano, as principais justificativas são aumento do preço dos produtos em função da inflação (34,6%) e adquirir presentes de maior qualidade (28,8%).

Formas de pagamento

O pagamento à vista será a escolha de 60,9% dos consumidores. Já para 35,9%, o pagamento à prazo, com uma média de quatro parcelas, será a principal modalidade.

“Tanto para os que irão pagar à vista quanto para os que devem escolher o parcelamento, o principal motivo para a escolha desta forma de pagamento é o controle de gastos e a praticidade”, explica o presidente da CDL/BH.

O pagamento à vista citado pelos entrevistados será realizado das seguintes formas:

  • Débito: 26,1%
  • Dinheiro: 17,4%
  • PIX: 14,1%
  • À vista no crédito: 3,3%

Comemorações

Para celebrar o Natal, os belo-horizontinos pretendem realizar algo especial como ceia (27%), almoço (9%), viagem (2%), reunir família e amigos em um sítio (1%).

Os consumidores esperam desembolsar, em média, R$ 415,98 com a celebração e dividir os custos com outra pessoa. Dos entrevistados, 2,5% ainda não sabem quanto irão gastar e 0,5% não vai gastar nada. Dentre os gastos previstos na comemoração, está a aquisição de roupas, sapatos ou acessórios para o evento. Já 92,5% esperam gastar, em média, R$ 267,50 com esses itens, enquanto 7,5% não souberam ou não responderam.

Para o  amigo-oculto, famosa brincadeira de troca de presentes, o investimento deve ser de quase R$ 80, um valor 39% maior que do último ano, quando o valor médio dos presentes foi cerca de R$ 58.

Em relação ao Ano Novo, 42,7% dos entrevistados vão celebrar em casa; 15,5% irão para a praia; 12,7% irão para um sítio; 8,2% vão receber o novo ano na igreja; 4,5% vão vão para casa de familiares e/ou amigos; 3,6% pretendem ir para uma festa, 2,7% vão viajar e 1,8% irão para restaurante. Entre aqueles que irão festejar a virada do ano, 50% planejam comprar roupas, sapatos ou acessórios.

Natal na perspectiva dos comerciantes

A CDL/BH também ouviu lojistas para saber a expectativa do setor para a data. Em relação ao último ano, 67% acreditam que as vendas serão melhores e, para isso, 47,5% planejam aumentar o estoque em comparação a 2023 e 45% têm a intenção de mantê-lo no mesmo nível.

Sobre o gasto dos consumidores com a data, 30% dos comerciantes acreditam que haverá um aumento e 52% acham que será igual. Já 18% esperam uma redução.

Em relação ao volume de compras, os lojistas acreditam que os consumidores devem adquirir dois produtos e investir cerca de R$ 347, o que mostra que a pretensão dos consumidores está acima do esperado pelos empresários.

Para potencializar as vendas, 77,5% dos lojistas vão investir em divulgação e 66% na variedade do mix de produtos. A decoração da loja foi citada por 48% e 29% vão flexibilizar o pagamento.

A venda nas lojas físicas será realizada por 99,5% dos entrevistados. Porém, as ferramentas digitais também serão utilizadas. Dentre as principais plataformas de venda e divulgação estão o WhatsApp (70%), Instagram (60%), site próprio (25,5%) e Facebook (3,5%).

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil