Imprensa - 18 de outubro de 2016 Comércio de BH registra queda de 1,93% no acumulado do ano Sugestão de Pauta As altas taxas de juros e o aumento da inflação têm prejudicado o poder de compra das famílias e, consequentemente, a atividade comercial em Belo Horizonte. Prova disto é que as vendas do varejo acumularam queda de 1,93% no acumulado deste ano (Jan.Ago.16/Jan.Ago.15). “Apesar disso, a retração observada é menor que a do ano anterior”, explica o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci. Em 2015, o setor apresentou recuo de 2,41%. (Gráfico 1) Falci ressalta ainda que a piora dos indicadores econômicos está afetando diretamente a renda das famílias. “O aumento do custo de vida e do desemprego estão desestabilizando as finanças dos consumidores. Como reflexo disso, a renda disponível para o consumo fica menor”, afirma. “Entretanto, a expectativa para este fim de ano é de uma desaceleração na retração no setor, já que temos a entrada de recursos extras na economia – como a antecipação do 13º salário e a restituição do imposto de renda – e a chegada de uma data comemorativa importante, o Natal”, completa. Nessa base de comparação (Jan-Ago.16/Jan.Ago.15), os setores que apresentaram queda nas vendas foram: Papelarias e Livrarias (-2,55%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-2,35%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-1,70%); ferragens, material elétrico e de construção (-1,19%) e supermercados e produtos alimentícios (-1,05%). Apresentaram desempenho positivo os seguintes segmentos: veículos novos e usados – peças (+1,37%); drogarias, perfumes e cosméticos (+1,07%) e artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (+0,63%). Comparativo com o ano anterior – As vendas do comércio da capital registraram queda de 1,75% em agosto frente ao mesmo período de 2015. “Essa retração demonstra novamente o efeito corrosivo da desaceleração da atividade econômica sobre o consumo familiar”, disse o presidente da CDL/BH. “A renda dos consumidores está cada vez menor e, com isso, o receio na hora das compras cresce”, completa. (Gráfico 2) Nesta base de comparação (Ago.16/Ago.15), apresentaram queda nas vendas os seguintes setores: supermercados e produtos alimentícios (-5,34%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-2,29%); Papelarias e Livrarias (-1,81%); artigos diversos (-0,92%); veículos novos e usados – peças (-0,59%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-0,11%) e ferragens, material elétrico e de construção (-0,05%). O único segmento que apresentou desempenho positivo nesta base de comparação foi o de drogarias, perfumes e cosméticos (+2,15%). Comparativo com o mês anterior – Já em relação ao mês de julho, o comércio da capital apresentou aumento de 0,17% nas vendas. Falci atribui o resultado positivo às vendas do Dia dos Pais. “A data comemorativa torna agosto uma base forte de comparação. Ainda mais se consideramos que julho é um mês de férias e, consequemente, de movimento menor no varejo”, finaliza. (Gráfico 3) Nessa base de comparação (Ago.16/Jul.16), os segmentos que tiveram alta nas vendas foram: artigos diversos (+1,03%); drogarias, perfumes e cosméticos (+0,78%); supermercados e produtos alimentícios (+0,59%). Apresentaram queda os seguintes setores: máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-2,61%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-2,15%); veículos novos e usados – peças (-1,06%); Papelarias e Livrarias (-0,16%) e ferragens, material elétrico e de construção (-0,01%).