Imprensa - 14 de junho de 2016 Comércio de BH registra queda de 2,93% nas vendas no mês de abril Sugestão de Pauta Belo Horizonte, 14 de junho de 2016 – O aumento da taxa de desemprego e, consequemente, a queda na renda das famílias têm contribuído com a redução do consumo no comércio da capital. Isto é o que mostra o Termômetro de vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) ao apontar que as vendas do varejo caíram 2,93% em abril deste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Para o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, o resultado negativo do setor é resultado da queda na renda real das famílias devido ao aumento da taxa de desemprego na capital e Região Metropolitana. “A renda desses belo-horizontinos acaba ficando comprometida com o pagamento das despesas essenciais da casa como água, luz e alimentação”, explica. “Com isso, restam poucos recursos para o consumidor adquirir outros bens”, completa. (Gráfico 1 – acima) Os setores que apresentaram queda nesta base de comparação (Ab.16/Abr.15) foram: veículos novos e usados – peças (-6,12%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-5,55%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-3,22%) e ferragens, material elétrico e de construção (-1,65%). Já os segmentos que registraram aumento nas vendas foram: artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (+3,56%); supermercados e produtos alimentícios (+2,01%); drogarias, perfumes e cosméticos (+1,06%) e Papelarias e Livrarias (+0,98%). Comparativo com o mês anterior – Na comparação com o mês imediatamente anterior (Abr.16/Mar.16), as vendas do varejo da capital registraram queda de 1,92%. “Esse desempenho negativo foi motivado, sobretudo, pelo aumento da inflação, que passou de 0,43% em março para 0,61% em abril”, explicou o presidente da CDL/BH. “Com a elevação do custo de vida o poder de compra das famílias foi corroído”, completa. (Gráfico 2 – acima) Nesta base de comparação (Abr.16/Mar.16), os setores que apresentaram queda foram: veículos novos e usados – peças (-6,18%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-4,71%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-2,07%) e ferragens, material elétrico e de construção (-1,34%). Os que registram desempenho positivo foram: artigos diversos (+3,02%); Papelarias e Livrarias (+1,15%); supermercados e produtos alimentícios (+0,47%) e drogarias, perfumes e cosméticos (+0,29%). Acumulado do ano – Já no acumulado do ano (Jan.16-Abr.16), o comércio da capital apresentou queda de 1,80% nas vendas, na comparação com o mesmo período de 2015. Segundo Falci, um indicador que colaborou para esse desempenho negativo do setor foi à elevação da taxa de juros. “Quando os juros estão em patamares mais elevados, a oferta de crédito ao consumidor é reduzida. Esses fatores impactam diretamente na queda das vendas dos bens de maior valor agregado que geralmente são financiados”, explica. (Gráfico 3 – acima) Nesta base de comparação (Jan.16-Abr.16/Jan.15.Abr.15), os setores que apresentaram desempenho negativo foram: máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-2,55%); veículos novos e usados – peças (-2,01%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-1,99%); ferragens, material elétrico e de construção (-1,21%); Papelarias e Livrarias (-1,17%) e drogarias, perfumes e cosméticos (-0,63%). Os únicos setores que apresentaram aumento nas vendas foram o de supermercados e produtos alimentícios (+1,17%) e de artigos diversos (+0,79%).