Imprensa - 16 de dezembro de 2015 Comércio varejista da capital apresenta queda de 3,48% nas vendas Sugestão de Pauta De acordo com o Termômetro de vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), o comércio varejista da capital mineira apresentou queda de 3,48% no acumulado do ano quando comparado com o mesmo período de 2014 (Jan-Out.2015 / Jan-Out.2014). O desempenho é o pior desde o início da série histórica em 2007, nesta mesma base de comparação. Acumulado do ano (Imagem 1) De acordo com o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, esse resultado é fruto da desaceleração da atividade econômica com retração de três trimestres seguidos do Produto Interno Bruto (PIB) acompanhado da alta da inflação, de um forte aumento da taxa real de juros e do aumento do desemprego. “O consumidor está com menos renda disponível, que vem sendo corroída com a inflação elevada”, disse. “Temos ainda a desaceleração na concessão do crédito, o que inibe a compra de bens de maior valor agregado”, completou. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as vendas no mês de outubro do comércio da capital apresentaram queda de 3,12%. “Novamente observa-se o efeito negativo da desaceleração da atividade econômica, do aumento da inflação e da taxa de juros sobre o nível de consumo, e por consequência, das vendas”, disse o presidente da CDL/BH. Desempenho das vendas do comércio de BH em outubro de 2015 na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Imagem 2) Quando comparado com o mês imediatamente anterior (Out.15/Set.15), as vendas de outubro em Belo Horizonte apresentaram queda de 0,78%. Para o presidente da CDL/BH mesmo que em outubro tenha ocorrido a comemoração do Dia das Crianças, esta data não foi suficiente para alavancar as vendas. Desempenho das vendas do comércio de BH em outubro na comparação com o mês anterior (Imagem 3) No acumulado dos últimos 12 meses o varejo de Belo Horizonte apresentou queda de 3,65%. Este índice tem apresentado sucessivas reduções conforme visualizado no gráfico abaixo, demonstrando uma diminuição na intensidade da atividade comercial da capital. “Estamos vivendo um período de crise econômica de natureza estrutural, com entraves políticos e sem um plano consistente por parte do governo federal de crescimento a longo prazo. Isso vem impactando negativamente na confiança dos empresários e consumidores”, disse Bruno Falci. “O empresário adia seu investimento produtivo, que gera emprego e renda, com “medo” de comprometer seu capital e a atividade econômica não aquecer. E o trabalhador não consome com receio de perder o perder o emprego e ficar endividado”, completou. Desempenho das vendas do comércio de BH no acumulado dos últimos doze meses (Imagem 4)