Imprensa - 30 de novembro de 2022 Comércio varejista de Belo Horizonte sinaliza recuperação Sugestão de Pauta Análise da CDL/BH revela que o setor avançou em todas as bases de comparação. Papelarias e Livrarias foi o segmento com melhor desempenho O comércio varejista de Belo Horizonte registrou crescimento de 1,05% no mês de setembro em comparação a agosto. O avanço está ligado a algumas medidas do Governo Federal como redução de ICMS dos combustíveis, Auxílio Brasil e também ao saldo positivo de empregos na capital mineira. “Setembro é um mês de reorganização financeira, onde são iniciadas as campanhas de renegociação de dívidas para a retomada do crédito com foco, em especial, no último trimestre do ano quando temos Black Friday e Natal. Com a retomada do poder de compra das famílias, a tendência é que o consumo aumente e gere crescimento do varejo”, explica o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva. De acordo com a pesquisa “Termômetro de Vendas” da entidade, na comparação de setembro com agosto, os segmentos varejistas que tiveram melhor desempenho foram Papelarias e Livrarias (3,91%); Veículos e Peças (2,55%); Drogarias e Cosméticos (2,24%); Supermercados (2,16%); Informática (1,75%); Vestuário e Calçados (1,01%) e Artigos diversos que incluem brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, bicicletas e instrumentos musicais (0,53%). O crescimento do setor de Veículos e Peças aconteceu devido a demanda por peças de veículos usados e reparos em geral. Em contrapartida, o segmento com queda foi o de Eletrodomésticos e Móveis, com recuo de 2,09%, devido ao alto custo do crédito. Crescimento anual Na comparação anual (Set.22/Set.21) o desempenho do varejo cresceu 1%. “A retomada da economia e o controle da pandemia potencializam o consumo. Mesmo com uma base de comparação fraca, afinal em setembro de 2021 o desemprego estava em alta e não havia injeção de capital na economia com os recursos do governo federal, podemos dizer que a atividade econômica tem crescido. O mês de setembro absorveu os resultados das medidas de redução de ICMS e Auxílio Brasil”, detalha Souza e Silva. Outro fator que influenciou o crescimento do varejo belo-horizontino na comparação anual (Set.22/Set.21) foi a geração de empregos no mês de setembro. O índice vem acumulando saldos positivos desde fevereiro e, em setembro, registrou 6.945 postos de trabalho. A análise dos últimos doze meses (Out.21-Set.22)/(Out.20-Set.21) revela um crescimento de 0,72% no comércio da capital mineira. Para o período, os destaques são Papelaria e Livrarias (8,16%), Vestuário e Calçados (3,05%), Drogarias e Cosméticos (2,71%), Artigos Diversos (1,38%), Supermercados (1,26%, ), Veículos e Peças (0,79%) e Informática (0,66%). Com desempenho mais frágil estão os segmentos de Eletrodomésticos e Móveis (-2,91%) e Material Elétrico e de Construção (-1,32%). A explicação para o recuo é que ambas as atividades demandam alto investimento e, muitas vezes, auxílio de linhas de crédito. Com a alta na taxa de juros e a inadimplência elevada, o desempenho foi retraído. Recuperação após dois anos de perdas e dificuldades “De forma geral, podemos dizer que o comércio varejista de Belo Horizonte dá sinais de recuperação. Ainda que os índices sejam tímidos, é preciso destacar que esse avanço acontece após dois anos de muitas perdas e dificuldades. Por isso, avaliamos esses dados de forma positiva e com boa projeção para o encerramento do ano. Tivemos uma boa sequência de datas comemorativas e o Natal promete ter um bom desempenho. O setor de comércio e serviços corresponde a 72% do PIB de nossa cidade, a cada R$ 100 de nossas riquezas, R$ 72 são gerados pelo comércio. Por isso, todo avanço é positivo ”, finaliza o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil