Imprensa - 17 de julho de 2018 Confiança do empresário da capital recua no segundo trimestre de 2018 Sugestão de Pauta Os comerciantes da capital estão menos confiantes na economia brasileira. Após atingir a maior pontuação da série histórica no 1° trimestre de 2018, o Indicador de Confiança do Empresário (ICE), mensurado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), recuou 5,3 pontos no 2° trimestre do ano (Abr/Mai/Jun) e registrou 55,6 pontos. Mesmo com a melhora em alguns indicadores econômicos, como decréscimo da taxa de juros e a desaceleração do desemprego, fatores como a greve dos caminhoneiros, que gerou uma crise de abastecimento no País e elevou a inflação, e as incertezas no quadro político, devido às eleições de outubro, influenciaram diretamente a confiança do empresariado. Para o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, estes fatos comprometeram a percepção de melhora gradual da situação econômica do País. “Inevitavelmente, as paralisações de maio e a proximidade do período eleitoral afetaram de forma negativa a confiança dos empresários do comércio, que vinha crescendo nos últimos três trimestres. Ainda estamos em um momento econômico difícil, o que não gera segurança nos empresários”, justifica. “Eles ainda estão cautelosos para investir. Esperamos que a situação no segundo semestre de 2018 seja mais favorável e possibilite a retomada do crescimento da economia em patamares maiores”, acrescenta o presidente da CDL/BH. A análise por porte das empresas indicou que todos os empresários estão com a confiança abalada. As microempresas (até nove empregados) são as menos esperançosas com o futuro da economia interna do País com 52,2 pontos. Na sequência, aparecem as empresas de médio/grande porte (de 50 a 99 empregados) com 55,8 pontos e as pequenas (de 10 a 49 empregados) com 58,2 pontos. Indicador de condições gerais tem queda e registra seu segundo menor índice: 30,8 pontos O indicador apresentou redução da percepção dos empresários quanto à economia brasileira nos últimos seis meses. O indicador caiu 8,2 pontos, passando de 39 pontos no 1º tri/2018 para 30,8 pontos no 2º tri/2018. No 3º tri/2017, iniciou uma sequência de crescimento no Indicador de Condições Gerais, que durou até o 1º trimestre de 2018, reflexo da melhora nos indicadores econômicos. Porém, as turbulências na economia interna e externa no 2º tri/2018, como a valorização do dólar e a elevação da inflação, provocaram essa queda de 8,2 pontos no indicador. Empresários estão menos otimistas para o segundo semestre de 2018 A expectativa geral dos empresários, sobre o cenário econômico e as finanças da empresa para os próximos seis meses, apresentou decréscimo, passando de 77,3 pontos no 1º tri/2018 para 74,1 pontos no 2º tri/2018. “A economia do País no segundo trimestre apresentou maior instabilidade, a retomada da recuperação não foi tão robusta como o esperado. Por isso, os empresários estão um pouco mais receosos para os próximos seis meses”, comenta Falci. A expectativa dos empresários, quanto às finanças de seu próprio negócio para os próximos seis meses, registrou uma leve melhora, passando de 76,3 pontos no 1º tri/2018 para 76,7 pontos no 2º tri/2018. Já o indicador da perspectiva dos empresários, em relação ao cenário econômico brasileiro para os próximos seis meses, caiu 6,7 pontos em relação ao índice do último trimestre e chegou a 71,6 pontos no 2° tri/2018.