Imprensa - 23 de outubro de 2017 Confiança dos consumidores da capital cresce no 3° trimestre, aponta pesquisa da CDL/BH Sugestão de Pauta O início da recuperação econômica do País fez com que a confiança dos consumidores da capital voltasse a crescer. Este é o resultado apresentado pelo Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) do terceiro trimestre de 2017 (Jul/Ago/Set), realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). O índice registrado foi de 50,4 pontos. Em comparação ao último levantamento (Abril/Maio/Junho), houve aumento de 9,3 pontos. A pesquisa foi realizada com 200 consumidores de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Após ter ultrapassado pela primeira vez o nível neutro de 50 pontos no primeiro trimestre de 2017 (50,9 pontos), o indicador voltou a apresentar queda no segundo trimestre devido à instabilidade no quadro político (41,1 pontos). Com a melhora desse cenário e da economia no terceiro trimestre, o índice voltou a ficar positivo. Para o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, esse aumento da confiança é resultado do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre (0,2% frente ao primeiro trimestre de 2017), e da melhora dos indicadores de inflação, juros e redução no desemprego, ainda que pequena. “Com a situação política do País mais estável, e a economia apresentando sinais de recuperação a tendência é que as pessoas fiquem mais seguras e, consequentemente mais confiantes”, comenta. Índice de confiança do consumidor cresce 20,4 pontos entre os idosos da capital Na abertura por faixa etária, o indicador de confiança do consumidor no terceiro trimestre de 2017 apontou que as pessoas acima de 65 anos são as mais otimistas. No primeiro trimestre deste ano, o indicador para os idosos chegou a 70 pontos, recuando no segundo trimestre para 39,01 pontos, e agora, alcançou 59,5 pontos. “As pessoas acima dos 65 anos são mais experientes, já viveram outras situações econômicas adversas e conseguem ver de forma mais clara a possibilidade de recuperação da economia”, explica Bruno Falci. O menor índice de confiança por faixa etária (46,8 pontos) foi registrado entre os consumidores adultos (de 34 a 64 anos), seguidos pelos jovens (53,4 pontos) e jovens adultos (53,7 pontos). Na estratificação da pesquisa por gênero, o índice de confiança registrou níveis de pontuação próximos entre os sexos, mas os homens (50,6 pontos) estão mais confiantes do que as mulheres (50,3 pontos). “Um dos motivos que justifica que os homens estejam um pouco mais otimistas é o fato de que a taxa de desemprego entre as mulheres ainda é maior”, acrescenta Falci. Expectativa para a economia e para finanças também cresce Os consumidores mantém uma expectativa positiva com relação ao cenário econômico e finanças pessoais para os próximos seis meses. O indicador de expectativa geral registrou 54,8 pontos no terceiro trimestre de 2017. Em relação ao segundo trimestre de 2017, houve um crescimento de 3,3 pontos, o que demonstra que a maior parte dos consumidores de Belo Horizonte está otimista em longo prazo. No que diz respeito às finanças pessoais, os belo-horizontinos estão ainda mais confiantes. O indicador de expectativa para finanças pessoais aumentou 3,2 pontos no terceiro trimestre, atingindo 59,2 pontos. Percepção sobre os últimos seis meses é positiva O indicador de condições gerais, que representa as percepções dos consumidores em relação ao cenário econômico e finanças pessoais nos últimos seis meses, registrou 44,6 pontos no terceiro trimestre. Este índice cresceu 17,4 pontos comparado ao segundo trimestre. “Essa alta é reflexo da queda na inflação dos juros e desaceleração do desemprego”, conclui Bruno Falci. Metodologia – O Indicador de Confiança do Consumidor mensurado pela CDL/BH é formado por quatro indicadores individuais, sendo eles: condições atuais da economia brasileira, condições atuais das finanças pessoais, expectativa para a economia brasileira e expectativa para as finanças pessoais. A média desses indicadores é utilizada para o cálculo do indicador de confiança dos empresários. Quando um desses indicadores vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos consumidores. A escala do indicador varia de zero a cem. Onde zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios “pioraram muito” e cem indica a situação máxima em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais “melhoraram muito”.