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Consumidor deve gastar R$ 103,20 com presente. Tíquete médio é o menor dos últimos quatro anos

Sugestão de Pauta

 Com o orçamento apertado devido ao encarecimento do custo de vida, o consumidor deve gastar menos neste Dia dos Namorados. Isto é o que mostra pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), ao apontar que a intenção do belo-horizontino é de gastar, em média, R$ 103,20 com o presente deste ano. O resultado apresenta uma queda de 29,42% no tíquete médio para a data, na comparação com o ano passado quando esse valor chegou a R$ 146,22. Em 2014, a pretensão do consumidor era desembolsar R$ 148,82 e R$ 119,34 em 2013.
(Gráfico 1) 
 

O vice-presidente da CDL/BH, Marco Antonio Gaspar, explica que a piora dos indicadores econômicos como a pressão inflacionária e o aumento dos juros têm um forte impacto negativo sobre o orçamento das famílias. “A renda do consumidor está cada vez mais comprometida com o pagamento de despesas essenciais. Com isso, o consumidor tende a consumir menos”, afirma. “E a expectativa dos lojistas é que o belo-horizontino gaste ainda menos com o presente dos namorados (R$ 88,50)”, afirma. 

Para se chegar ao valor médio do presente para a data, a pesquisa da CDL/BH perguntou aos consumidores quanto eles estavam dispostos a gastar neste Dia dos Namorados. A maioria (41,9%) afirmou que pretende gastar de R$ 50,01 a R$ 100 com o presente. Os que estão com a intenção de desembolsar até R$ 50 somam 29,5% dos entrevistados. Em seguida aparecem: tíquete médio de R$ 100,01 a R$ 150 (13,2%); de R$ 150,01 a R$ R$ 200 (6,6%); de R$ 250,01 a R$ 300 (3,5%); de R$ 200,01 a R$ 250 (2,7%); acima de R$ 500,01 (2,2%) e de R$ 400,01 a R$ R$ 500 (0,4%).
(Gráfico 2) 
 

A pesquisa da CDL/BH também apontou qual valor o consumidor deve desembolsar, conforme o tipo de presente escolhido. Quem optar por perfumes e cosméticos desembolsará um tíquete médio maior (R$ 125). Já quem for presentear com roupas gastará R$ 96,72. Em seguida, aparecem os gastos com calçados (R$ 96,59) e bombons (R$ 77,27).
(Gráfico 3) 
 

Valor dos produtos – Para 36,4% dos entrevistados, o valor dos presentes deste Dia dos Namorados será menor, na comparação com o ano anterior. E segundo a maioria dos consumidores (52,1%) o motivo é o aumento da inflação. As demais respostas foram: está sem dinheiro (28,2%); está desempregado (14,1%); está endividado (2,8%). E 2,8% dos entrevistados não responderam.

 

Para 33,3% dos consumidores o valor do presente deste ano está igual ao de 2015.  Já os que acreditam que o valor está maior somam 28,7% dos entrevistados. 
(Gráfico 4)
 

Forma de pagamento – Para evitar dívidas em longo prazo, 84,9% dos consumidores pretendem pagar suas compras à vista neste Dia dos Namorados. Dos que vão utilizar essa forma de pagamento, 64,7% vão pagar no dinheiro, 12,4% no cartão de débito, 7,4% no cartão de crédito e 0,4% no boleto bancário. “Essa tendência de pagar à vista já vem sendo observada desde o fim do ano passado. O consumidor está receoso quanto ao futuro das suas finanças e por isso faz opção por essa forma de pagamento para não comprometer seu orçamento” afirma o vice-presidente da CDL/BH. Já os belo-horizontinos que pretendem parcelar o valor de suas compras no cartão de crédito somam 15,1% dos entrevistados. 
(Gráfico 5)
 

Local das compras – As lojas de rua serão os locais mais procurados neste Dia dos Namorados, de acordo com 58,9% dos belo-horizontinos. Sendo que a maior procura (34,9%) será em lojas localizadas no Hipercentro da capital. Em seguida aparecem: região onde mora (18,6%); região onde trabalha (2,3%); Savassi (2,3%); Barro Preto (0,4%) e outros centros comerciais (0,4%). Segundo o vice-presidente da CDL/BH, o mix de produtos e a oferta de preços menores são alguns dos fatores que atraem cada vez mais consumidores para o comércio de rua.


Os entrevistados que vão comprar em shopping centers somam 27,9%. Já 3,5% dos consumidores vão comprar pela internet e 2,3% em shopping popular. Os que afirmaram não ter preferência totalizam 7,4%.
(Gráfico 6)

 

Presente – O produto que lidera a intenção de compra para este Dia dos Namorados são as roupas, conforme 41,4% dos entrevistados. Em segundo lugar, aparece a preferência por perfumes e cosméticos (20,1%). Os demais itens citados foram: calçados (15,3%); bombons (5,9%); produtos diversos como canecas, bichos de pelúcia, fotos e etc. (2,6%); joias, semijoias e bijuterias (2,6%); flores (2,4%); eletrônicos (2,0%); óculos e acessórios (1,8%); bolsas e acessórios (1,8%); livros e artigos de papelaria (1,5%); cestas de café da manhã (1,5%) e eletrodomésticos (1,1%).
(Gráfico 7)
 

Recursos – O levantamento da CDL/BH também apontou que 98,0% dos consumidores da capital não vão utilizar recursos de terceiros para realizar as compras do Dia dos Namorados. Já os que vão utilizar totalizam 2,0%.
(Gráfico 8) 
 

Comemoração – Para 59,4% dos consumidores, a comemoração do Dia dos Namorados não ficará apenas no presente.  A maior parte dos consumidores (23,8%) deve comemorar a data com um jantar fora (restaurante).  Em seguida aparecem: almoço em casa (8,6%); cinema (6,6%); motel (5,9%); jantar em casa (4,3%); almoço fora (restaurante) (3,5%); lanche fora (3,1%); viagem (2,0%); ida ao parque (1,2%) e boate (0,4%). Já 40,6% dos entrevistados não estenderão a comemoração do Dia dos Namorados.
(Gráfico 9) 
 

E o valor médio dessas comemorações será de R$ 125,90. “Ao somarmos o valor do tíquete médio por presente e por comemoração, o gasto total do consumidor com o Dia dos Namorados será de R$ 229,10”, afirma o vice-presidente da CDL/BH.

 

O belo-horizontino que optar por comemorar a data com uma viagem desembolsará cerca de R$ 370. Em seguida aparecem os gastos com as seguintes comemorações: motel (R$ 206,25); almoço fora (R$ 134,38); jantar fora (R$ 132,90); jantar em casa (R$ 85); lanche fora (R$ 81,25); cinema (R$ 78,13); boate (R$ 75,01) e parque (R$ 62,50).
(Gráfico 10) 
 

Hábitos de consumo – Neste ano, 86% dos consumidores vão presentear neste Dia dos namorados. Os que não pretendem presentear somam 14% dos entrevistados. No ano anterior, 76,0% dos belo-horizontinos presentearam, contra 24% que não.
(Gráfico 11) 
 

Pesquisa de preço – De acordo com a pesquisa da CDL/BH, 53,4% dos entrevistados pesquisam com frequência o valor dos presentes em diferentes lojas, antes de efetuarem suas compras. “E esse índice é ainda maior entre os consumidores da classe E (59,3%). O motivo é que a renda dessas pessoas é mais impactada pelo aumento da inflação”, afirma o vice-presidente da CDL/BH.
(Gráfico 12)
 

Atrativo nas lojas – O preço foi citado por 25,8% dos entrevistados como o item que mais atrai na hora de realizar as compras. Para o vice-presidente da CDL/BH, esse dado mostra como o consumidor está sendo impactado pela atual conjuntura econômica. “Por isso ele está em busca de produtos com um valor menor e que se encaixem em seu orçamento”, disse Gaspar.

 

As demais respostas foram: bom atendimento (24,2%); qualidade do produto (18,9%); formas e prazo de pagamento (6,0%); educação e cortesia dos funcionários (5,0%); variedade de produtos (4,3%); promoções e sorteios (3,3%); localização (2,9%); organização da loja (2,4%); agilidade no atendimento (1,7%); credibilidade da loja (1,6%); marca/grife do produto (1,6%); ambiente agradável (1,4%) e outros como brindes entrega, trocas, segurança e etc. (0,9%).
(Gráfico 13)
 

Dificuldades na hora das compras – Para a maior parte dos consumidores (24,9%), o atendimento ruim é o fator que mais dificulta na hora de realizar compras na capital. Para o vice-presidente da CDL/BH, essa informação pode ser utilizada pelos empresários como estratégia para seu negócio. “Vale destacar a importância do investimento na capacitação dos funcionários. Ao proporcionar um bom atendimento aos seus clientes, o lojista fideliza uma clientela e contribui com um melhor desempenho das vendas de sua loja”, explica.

 

Em seguida aparecem: preço alto (17,5%); filas longas (9,8%); lojas muito cheias (8,0%); pouca variedade de produtos (5,6%); qualidade dos produtos (4,7%); pouca vaga de estacionamento (4,1%); pouca flexibilidade na negociação (3,6%); trânsito (3,3%); poucas formas de pagamento (1,7%); desorganização das lojas (0,5%); crédito no cartão (0,3%); falta de tempo (0,3%); localização (0,3%) e política de troca (0,3%).
(Gráfico 14)
 

Situação financeira – Os consumidores também foram perguntados sobre como está a sua situação financeira na comparação com o mesmo período do ano anterior. E segundo a pesquisa da CDL/BH a percepção da maioria dos entrevistados (42,3%) é de piora. E os motivos mais citados para essa deterioração financeira foram: inflação alta (36,7%); a renda diminuiu (27,5%); foi demitido (22,9%) e está endividado (6,4%).
(Gráfico 15 e Gráfico 16)
 

Para 20,6% dos entrevistados, a situação financeira melhorou neste ano, na comparação com 2015. E os motivos mais citados foram: conseguiu um novo emprego (35,8%); agora tem uma renda extra (28,3%); foi promovido (11,3%) e quitou as dívidas (7,5%). Segundo 35,3% dos consumidores, nada mudou nesse período. Os que não responderam somam 1,8%.
(Gráfico 17)
 

Metodologia – A pesquisa da CDL/BH que ouviu 300 consumidores da capital mineira no período de 9 a 20 de maio tem uma margem de erro de 5,6% e um intervalo de confiança de 1,96.