Imprensa - 7 de dezembro de 2016 Consumidor vai desembolsar até R$ 100 com presente de Natal Sugestão de Pauta Devido a atual conjuntura econômica de juros altos, pressão inflacionária e aumento do desemprego, grande parte dos consumidores da capital vai gastar menos no Natal deste ano. Isto foi o que apontou a pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) no período de 7 a 23 de novembro com 300 consumidores da capital mineira e Região Metropolitana. Segundo a maioria dos entrevistados (76,8%) o presente deste ano terá um valor menor, na comparação com o de 2015. E as justificativas para a redução no valor da compra são: inflação alta (64,7%); falta de dinheiro (23,1%); endividamento (6,4%); desemprego (4,5%) e redução de custos (1,3%). (Gráfico 1) Embora a intenção do consumidor seja de consumir menos neste ano, o valor que ele terá que desembolsar para adquirir seus presentes aumentou devido à inflação. O levantamento da CDL/BH apontou que a maioria dos belo-horizontinos deve desembolsar até R$ 100 com o presente, conforme 59,5% das respostas. As demais faixas de valor citadas são: de R$ 100,01 a R$ 150 (16,7%); de R$ 150,01 a R$ 200 (8,6%); de R$ 200,01 a R$ 250 (6,8%); de R$ 250,01 a R$ 300 (3,2%); de R$ 300,01 a R$ 400 (3,2%); de R$ 400,01 a R$ 500 (0,5%); e acima de R$ 500 (1,8%). (Gráfico 2) Segundo a pesquisa da CDL/BH, a média dos presentes deste ano ficará em R$ 120,84. Em 2015, esse valor foi de R$ 89,53. De acordo com o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, esse aumento no tíquete médio é atribuído à inflação elevada. “Dificilmente, se compra hoje um produto pelo mesmo preço que ele foi adquirido em 2015”, disse. O tíquete médio gasto pelo consumidor neste Natal pode variar conforme o tipo de presente escolhido. Quem for presentear com calçados vai desembolsar R$ 128,34. A compra de perfumes/cosméticos deve girar em torno de R$ 120,59. Já os menores gastos serão com roupas (R$ 104,48) e brinquedos (R$ 103). (Gráfico 3) Forma de pagamento – A maior parte dos consumidores da capital (47,7%) pagará suas compras de Natal no dinheiro. Segundo Falci, esse comportamento reflete a preocupação das famílias em não adquirir dívidas em longo prazo. “Muitas pessoas já vêm enfrentando dificuldades ao longo do ano em equilibrar seu orçamento. Ao adotar essa estratégia de pagamento, o principal objetivo dos entrevistados é evitar a inadimplência”, explica. As demais formas de pagamento citadas na pesquisa foram: parcelado no cartão de crédito (25,2%); cartão de débito (14,0%); à vista no cartão de crédito (10,8%); à vista no cartão da própria loja (0,9%) e parcelado no cartão da própria loja (0,5%). Os que não responderam totalizam 0,9% dos entrevistados. (Gráfico 4) O presente – As roupas serão o produto mais procurado neste Natal, conforme 32,4% dos entrevistados. “Esses produtos têm uma boa saída devido ao seu menor valor agregado que se encaixa no orçamento do consumidor. Além disso, são presentes versáteis e que agradam praticamente todos os públicos”, afirma o presidente da CDL/BH. Em seguida, aparece a preferência dos consumidores por brinquedos (20,0%) e cosméticos/perfumes (18,5%). Os demais itens citados na pesquisa da CDL/BH foram: calçados (16,7%); material esportivo (3,8%); eletrônicos (2,3%); livros (1,6%); móveis e eletrodomésticos (0,9%); joias e bijuterias (0,7%) e outros (0,5%). Não responderam 2,6% dos entrevistados. (Gráfico 5) Local das compras – As compras de Natal serão realizadas em sua maioria nas lojas de rua, conforme 47,8% dos consumidores. Priorizando a praticidade, 26,6% dos entrevistados vão adquirir seus presentes na região onde moram. O Hipercentro será o centro comercial mais procurado da capital, segundo 17,1% dos entrevistados. Em seguida aparecem: outros centros comerciais (1,8%); Savassi (1,4%) e Barro Preto (0,9%). Também foram citados na pesquisa da CDL/BH: shopping center (28,4%); shopping popular (5,0%); internet (3,6%); catálogo de revista (0,5%) e confeccionado (0,5%). Os que não têm preferência de local para realizar suas compras são 14,0% dos entrevistados. Já 0,5% não responderam. (Gráfico 6) Recursos de terceiros – A pesquisa da CDL/BH também apontou que a maioria dos consumidores (95,9%) não utilizará recursos de terceiros para realizar suas compras de Natal. Os que utilizarão somam 3,7% dos entrevistados, assim distribuídos: cheque especial (2,3%) e empréstimo com bancos/financeiras (1,4%). Já 0,5% não responderam essa questão. (Gráfico 7) Comemoração – Segundo 77,2% dos entrevistados, a comemoração do Natal não ficará restrita apenas ao presente. O almoço em casa ou na residência de algum parente será a comemoração mais realizada neste fim de ano (55,9%). Em seguida aparecem: ceia de Natal (11,3%); viagem (6,8%); almoço fora (restaurante) (1,4%); cinema (0,9%) e jantar fora (restaurante) (0,9%). Os que não pretendem comemorar a data somam 15,3% dos entrevistados. Já os que não sabem ou não responderam totalizam 7,7%. (Gráfico 8) E o gasto médio com essas comemorações deve ficar em R$ 158,39, conforme pesquisa da CDL/BH, sendo que o consumidor que optar por uma viagem gastará R$ 426,79. Já quem for jantar fora (restaurante) desembolsará R$ 250,01. E a pessoa que for comemorar com uma ceia gastará em torno de R$ 183,34. Os demais gastos são: almoço fora (restaurante) (R$ 158,34); almoço em casa/casa de parente (R$ 122,13) e cinema (R$ 100,01). (Gráfico 9) No ano passado, 89,6% dos consumidores presentou ao menos uma pessoa. Apenas 10,4% não presentearam ninguém. “Apesar da instabilidade econômica enfrentada pelo país desde 2015, o Natal continua sendo uma data com forte apelo emocional”, afirma o presidente da CDL/BH. Prova disto é que a intenção de 75,8% dos entrevistados é presentear em 2016. (Gráfico 10) Pesquisa de preço – Para 66,8% dos consumidores, pesquisar preços antes de finalizar a compra do presente é um hábito comum. Os que realizam essa pesquisa às vezes somam 27,3% dos entrevistados. Já os que praticam isso raramente ou nunca totalizam 4,5% e 1,4%, respectivamente. (Gráfico 11) Atrativo na hora das compras – O preço é o item que mais atrai os consumidores às lojas, segundo 47,5% dos entrevistados. Em segundo lugar aparecem as promoções e sorteios com 13,8% das respostas. Os demais itens citados foram: bom atendimento (12,1%); qualidade do produto (8,2%); educação e cortesia dos funcionários (3,9%); formas/prazos de pagamento (3,9%); localização (3,5%); agilidade no atendimento (3,2%); credibilidade da loja (1,4%); marca/grife do produto (1,4%) e ambiente agradável (1,1%). Dificuldade nas compras – O preço elevado dos produtos foi apontado por 44,0% dos entrevistados como o principal fator que dificulta na hora das compras. O atendimento ruim é citado por 13,4% dos consumidores. As demais respostas foram: lojas muito cheias (12,3%); poucas vagas de estacionamento (7,1%); qualidade dos produtos (6,3%); pouca variedade de produtos (3,4%); juros altos (2,6%); pouca flexibilidade na negociação (1,5%); poucas formas de pagamento (1,1%); falta de tempo (0,4%) e filas longas (0,4%). Para 7,1% dos entrevistados não existe nenhuma dificuldade na hora de efetuar suas compras. Já os que não responderam ou não sabem somam 0,4%. (Gráfico 12) Metodologia – A pesquisa realizada pela CDL/BH ouviu 300 consumidores da capital mineira e Região Metropolitana no período de 7 a 23 de novembro. O levantamento possui intervalos de confiança de 1,96 e erro máximo de 5,65%.