Imprensa - 4 de outubro de 2016 Consumidores devem gastar, em média, R$ 118,44 com presente para o Dia das Crianças Sugestão de Pauta O peso da inflação deverá contribuir com uma ligeira elevação no valor dos presentes deste Dia Das Crianças. Isto é o que aponta a pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), com 274 consumidores da capital. A intenção de compra dos belo-horizontinos é de R$ 118,44, em média por cada presente. O valor apresenta um crescimento de 0,74%, frente ao mesmo período de 2015. (Gráfico 1) A economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, explica que apesar do orçamento apertado os consumidores estão cientes que vão gastar um pouco mais neste Dia das Crianças, pois o valor dos presentes encareceu. “O motivo para isso é que os produtos mais procurados para a data, como os brinquedos, roupas e calçados estão sendo pressionados pelo aumento da inflação”, afirma. Na separação da intenção de compra por faixa de valor, a maioria dos consumidores (58,4%) está disposta a gastar até R$ 100 com o presente. Em seguida aparecem: R$ de 100,01 a R$ 150 (17,8%); de R$ 150,01 a R$ 200 (10,9%); de R$ 200,01 a R$ 250 (6,4%); de R$ 250,01 a R$ 300 (2,0%); de R$ 300,01 a R$ 400 (1,0%); de R$ 400,01 a R$ 500 (0,5%) e acima de R$ 500 (3,0%). (Gráfico 2) Segundo a pesquisa da CDL/BH, o valor gasto pelo consumidor pode variar conforme o tipo de presente escolhido. As pessoas que optarem por materiais esportivos vão desembolsar, em média, cerca de R$ 130,36. Já a compra de calçados deve ficar em torno de R$ R$ 116,04. Em seguida aparecem as despesas com brinquedos (R$ 100,78) e roupas (R$ 98,08). (Gráfico 3) Presente – Brinquedos lideram a intenção de compra de 44,2% dos entrevistados. Em seguida aparecem as roupas (20,0%) e os calçados (8,8%). As demais respostas foram: material esportivo (8,1%); jogos (quebra-cabeça, tabuleiros e videogame) (5,8%); eletrônicos (4,6%); cosméticos/perfumes (3,5%); livros (3,1%); bijouterias (0,4%) e computadores (0,4%). Os que não sabem somam 1,2% dos entrevistados. (Gráfico 4) Local das compras – Os comércios de rua lideram a preferência dos consumidores para a compra deste Dia das Crianças, sendo citados por 50,5% dos entrevistados. “Ao se direcionar para esses polos de compra, as pessoas estão em busca de praticidade, conforto e preços atrativos”, explica a economista da CDL/BH. E os locais mais procurados serão: região onde mora (30,7%); Hipercentro/Região Central (13,9%); Savassi (5,4%) e Barro Preto (0,5%). Os demais locais citados na pesquisa da CDL/BH são: shoppings centers (24,3%); internet (5,0%) e shopping popular (1,5%). Os entrevistados que afirmaram não ter preferência totalizam 18,8%. (Gráfico 5) Pagamento – A intenção de 43,1% dos consumidores é pagar suas compras no dinheiro. Para Ana Paula esse resultado demostra a preocupação dos entrevistados em não assumir dívidas em longo prazo. “A estratégia tem como principal objetivo evitar a inadimplência, levando em consideração que as pessoas já estão com dificuldade em honrar seus atuais compromissos financeiros”, disse. As demais formas de pagamento citadas na pesquisa da CDL/BH foram: parcelado no cartão de crédito (23,3%); cartão de débito (17,8%); à vista no cartão de crédito (14,4%); à vista no cartão da própria loja (0,5%); à vista no cheque (0,5%) e boleto bancário (0,5%). (Gráfico 6) Recursos – Nove em cada dez consumidores entrevistados não vão utilizar recursos de terceiros para realizar as compras deste Dia das Crianças (96,5%). Os que irão recorrer a esse recurso somam 3,5% dos entrevistados, assim distribuídos: dinheiro emprestado de amigos e parentes (2,5%) e cheque especial (0,5%). Não responderam 0,5% dos entrevistados. (Gráfico 7) Comemoração – Para 52,5% dos consumidores da capital a comemoração do Dia das Crianças não ficará apenas no presente. Segundo 14,4% dos entrevistados, a data será complementada com um almoço em casa ou na residência de algum parente. Em seguida aparecem: parque/centro de diversões (11,9%); lanche fora (9,4%); cinema (7,4%); viagem (4,5%); almoço fora/restaurante (2,0%); churrasco (0,5%); jantar fora/restaurante (0,5%) e praça (0,5%). Os que ainda não sabem totalizam 1,5% das respostas. (Gráfico 8) O custo médio dessas comemorações ficará em torno de R$ 114,47. Sendo que o consumidor que optar por um almoço em casa ou na residência de algum parente vai desembolsar, em média, R$ 84,52. Já a despesa de quem pretende comemorar no cinema deve ser em torno de R$ 78,33. Em seguida aparecem parque/centro de diversões (R$ 73,96) e lanche fora (R$ 61,84). (Gráfico 9) Hábitos de consumo – Quando perguntados sobre o valor dos produtos, a maioria dos consumidores (72,9%) afirmou que pretende gastar menos neste Dia das Crianças, na compração com 2015. As justificativas para gastar menos são: inflação alta (50,82%); sem dinheiro (31,97%); endividado (9,84%); desempregado (3,28%) e redução de custos (2,46%). Segundo a economista da CDL/BH a intenção das pessoas é gastar menos. “Mas o que percebemos é que a pressão inflacionária acabará fazendo a diferença entre a intenção de compra e o valor real que deverá ser gasto”, afirma. Mas a intenção de 24,7% dos consumidores é de gastar mais. Já 2,4% pretendem gastar valor semelhante ao do ano anterior. (Gráfico 10) Pesquisa de preço – Para 71,8% dos consumidores, pesquisar preços antes da finalização de uma compra é um hábito comum. Os que realizam essa pesquisa às vezes somam 22,3% dos entrevistados. Já os que praticam isso raramente ou nunca totalizam 4,5% e 1,5%, respectivamente. (Gráfico 11) Atrativo na hora das compras – O preço é o item que mais atrai os consumidores às lojas, segundo 58,8% dos entrevistados. Em segundo lugar aparece a qualidade do atendimento com 8,5% das respostas. Os demais itens citados foram: formas/prazos de pagamento (6,2%); localização (4,7%); agilidade no atendimento (4,3%); promoções e sorteios (4,3%); qualidade do produto (4,3%); educação e cortesia dos funcionários (3,3%); ambiente agradável (2,8%); credibilidade da loja (1,9%) e marca/grife do produto (0,9%). (Gráfico 12) Dificuldade nas compras – O preço elevado dos produtos foi apontado por 44,9% dos entrevistados como o principal fator que dificulta as compras. O atendimento ruim é citado por 11,7% dos consumidores. As demais respostas foram: lojas muito cheias (11,2%); poucas vagas de estacionamento (8,8%); qualidade dos produtos (7,3%); pouca variedade dos produtos (3,9%); poucas formas de pagamento (2,0%); juros altos (1,0%); pouca flexibilidade na negociação (1,0%); frete caro (0,5%); agilidade no atendimento (0,5%); pouca vaga de estacionamento (0,5%) e qualidade do produto (0,5%). (Gráfico 13) Metodologia – A pesquisa realizada pela CDL/BH ouviu 274 consumidores da capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte no período de 1º a 16 de setembro. O levantamento possui intervalos de confiança de 1,96 e erro máximo de 5,84%.