Imprensa - 8 de novembro de 2016 Cresce a expectativa dos empresários da capital sobre a economia brasileira e seus negócios Sugestão de Pauta A expectativa dos empresários da capital quanto ao cenário econômico do país e às finanças de seu próprio negócio para os próximos seis meses registrou 63,1 pontos em outubro deste ano. O resultado que é o mais otimista da série histórica – iniciada em outubro de 2015 – está 11,5 pontos percentuais acima do índice registrado em junho (51,6). O levantamento ouviu 200 empresários dos setores de comércio e serviços de Belo Horizonte e Região Metropolitana no período de 3 a 21 de outubro. (Gráfico 1) O vice-presidente da CDL/BH, Marco Antônio Gaspar, atribui essa melhora na expectativa dos empresários à resolução do cenário político brasileiro. “Os comerciantes acreditam que o impeachment de Dilma Rousseff dará espaço a retomada do desenvolvimento do setor produtivo”, afirma. “Além disso, a redução da taxa de juros e o comprometimento do governo com uma politica de ajuste fiscal têm gerado uma expectativa positiva nos comerciantes quanto ao mercado e aos seus negócios nos próximos seis meses”, completa. Médias empresas mais confiantes – Os empresários de negócios de médio porte (de 50 a 99 empregados) são os mais otimistas quanto a situação econômica do país e do seu próprio negócio. O índice de expectativa geral desse público registrou 70,6 pontos. Gaspar explica que as médias empresas possuem mais recursos para absorver os impactos econômicos. “E com a sinalização da melhoria de certos indicadores econômicos a confiança entre esses comerciantes tende a crescer. Afinal, a tendência é que a recuperação dessas empresas ocorra de forma mais rápida, na comparação com os negócios de menor porte” afirma. Já entre as micro (até nove funcionários) e pequenas empresas (de dez a 49 funcionários) esse resultado foi de 63,0 e 60,3, respectivamente. (Gráfico 2) Expectativa para a economia – A pesquisa da CDL/BH também avaliou qual a percepção dos empresários para a economia brasileira nos próximos seis meses. E esse indicador registrou 61,6 pontos. Em junho, esse índice ficou em 50,9. Para o vice-presidente da CDL/BH a melhora desse dado demonstra que os empresários estão confiantes que o governo conseguirá montar uma agenda mínima econômica e, consequemente, o Congresso aprovará mais pautas que contribuam com a retomada da economia nacional. (Gráfico 3) Expectativa para empresa – Quando a avaliação é sobre seu próprio negócio, a expectativa dos empresários para os próximos seis meses registrou a maior alta da pesquisa (64,7). Em junho, esse índice ficou em 52,2. Segundo Gaspar, o empresário da capital sabe da sua importância para a recuperação de seus negócios. “Independentemente do cenário econômico ou político, o comerciante acredita que o sucesso de sua empresa depende, sobretudo, de sua capacidade em reinventar seu negócio”, disse. (Gráfico 4) Condições atuais – A pesquisa da CDL/BH também avaliou a percepção dos empresários sobre a condição atual da economia brasileira e sobre seu próprio negócio. Tal indicador registrou 22,5 pontos, demostrando um pessimismo por parte dos comerciantes. Apesar de esse dado estar abaixo do nível neutro de 50 pontos, ele apresentou alta de 2,7 pontos percentuais quando comparado a junho (19,8). “Esse resultado reflete a desaceleração da atividade comercial na capital que apresentou queda de 1,93% no acumulado do ano (Jan.16/Ago.16)”, afirmou o vice-presidente da CDL/BH. (Gráfico 5) Quando a avaliação é apenas sobre a condição atual da economia brasileira o pessimismo dos empresários é ainda maior, registrando 17,0 pontos. Em junho, esse índice ficou em 15,7. Já em março essa pontuação foi de 15,5. Para Gaspar, essa percepção negativa é reflexo de uma série de fatores como o aumento da taxa de desemprego, a taxa de juros ainda em patamares elevados e a pressão inflacionária. “Essa combinação tem corroído o orçamento das famílias e prejudicado o desempenho das vendas do varejo”, explica. (Gráfico 6) Na avaliação da condição atual de seu próprio negócio, o indicador da CDL/BH registrou 28,0 pontos, resultado superior ao registrado em junho (23,8). O vice-presidente da CDL/BH ressalta que apesar da queda nas vendas, os empresários têm percebido que essa retração têm sido menor quando comparada com o mesmo período do ano anterior. “E esse comportamento acabou gerando uma melhoria desse índice”, disse. (Gráfico 7) Confiança – Considerando os resultados das condições atuais e das expectativas, a confiança dos empresários da capital registrou 45,7 pontos. O resultado é melhor do que o observado na pesquisa do mês de junho, onde essa pontuação ficou em 38,0. Apesar da melhora, o vice-presidente da CDL/BH ressalta que o índice ainda permanece abaixo do nível neutro de 50 pontos, demonstrando baixa confiança dos empresários da capital. (Gráfico 8) Metodologia – O “Indicador de Confiança do Empresário” realizado pela CDL/BH é formado por quatro indicadores individuais, sendo eles: condições atuais da economia brasileira, condições atuais do próprio negócio do empresário, expectativa para a economia brasileira e expectativa para o próprio negócio do empresário. A média desses indicadores é utilizada para o cálculo do indicador de confiança dos empresários. Quando um desses indicadores fica abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos empresários. A escala do indicador varia de zero a cem. Onde zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios “pioraram muito” e cem indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais “melhoraram muito”.