Imprensa - 19 de fevereiro de 2015 Cresce o número de devedores em Minas Gerais Sugestão de Pauta Belo Horizonte, 19 de fevereiro de 2015 – O número de devedores junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) das CDL´s em Minas Gerais cresceu 5,43% em janeiro quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Este foi o maior aumento para um mês de janeiro, desde quando a série histórica foi iniciada (em 2011). Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci, apesar de janeiro ser um mês com crescimento nos registros, quando comparado com dezembro, esta alta expressiva pode ser explicada pelo efeito corrosivo da inflação na renda das famílias. O presidente da CDL/BH acrescenta ainda o aumento da taxa de juros Selic como fator fundamental para o aumento da inadimplência. “As altas de juros encarecem o crédito, tornando mais difícil tomar novos empréstimos, bem como quitar anteriores”, disse. Variação anual da inadimplência em Minas Gerais (Gráfico 2 – acima) Planejamento – Para o presidente da CDL/BH, com o aumento do custo de vida – gerado pela resistência da inflação em retornar ao centro da meta – e pelos reajustes das contas de energia, transportes, habitação e encarecimento do crédito, faz-se mais que necessário um planejamento sólido. “As famílias precisam se prevenir dos momentos de maior incerteza na economia e com isso evitarem a inadimplência”, afirmou. Participação de BH – A participação da capital mineira no total de registros estaduais no SPC foi de 15,48%, contra 84,52% dos 852 municípios restantes. Belo Horizonte diminuiu sua participação, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, quando era de 16,27% do total de dívidas. Participação de Belo Horizonte no total de dívidas do Estado (Gráfico 3 – acima) No mês de janeiro de 2015 a maioria das pessoas incluídas no SPC da CDL/BH (33,5%) foi de consumidores com idade acima de 50 anos, com maior concentração de intervalo entre 85 a 94 anos (13,6%). Variação anual de dívidas por faixa etária (Gráfico 4 – acima)) Tempo de atraso de dívida – O intervalo que apresentou a maior concentração de pessoas com pendências atrasadas foi o de até 90 dias (24,72%). Em janeiro de 2014, o crescimento nesta mesma base de comparação foi de 10,79%, demonstrando uma tentativa dos endividados de encerrarem seus débitos o mais cedo possível. As dívidas de um a três anos apresentaram queda, de 17,29% em janeiro de 2014 para 0,85% no mesmo mês deste ano. Variação anual de por tempo de atraso da dívida Na comparação com o mês anterior (Jan.15/Dez.14) o crescimento no número de devedores em atraso foi de 2,31%. Para o presidente da CDL/BH, a soma das primeiras parcelas das compras realizadas em dezembro com as contas típicas de início do ano como IPTU, IPVA, matrículas e materiais escolares levam muitas famílias ao desequilíbrio financeiro.