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Desemprego é o principal responsável pela alta da inadimplência

Sugestão de Pauta

Apesar da melhora de alguns indicadores macro econômicos no último ano, a inadimplência continua crescendo entre os belo-horizontinos. De acordo com o Indicador de Inadimplência da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), em outubro, em relação ao mesmo período do ano passado (Out.18/Out.17), houve uma alta de 1,97% no número de registros no cadastro de inadimplentes.  Esse é o quinto crescimento seguido nesta base de comparação e é explicado pela economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, como reflexo da alta taxa de desemprego. “Apesar da taxa de desemprego ter apresentado desaceleração ao longo do ano, ainda temos um número muito grande de pessoas fora do mercado de trabalho e consequentemente com menos renda. Com isso, os consumidores ainda estão com dificuldades para conseguir honrar com todos os seus compromissos financeiros”, justifica Ana Paula. “Outro fator que também vem impactando nos resultados da inadimplência é o atraso do pagamento dos salários dos servidores do Estado”, acrescenta. Na base de variação mensal a inadimplência também apresentou aumento, com alta de 1,36%.

Na abertura da pesquisa por gênero, as mulheres são mais inadimplentes (+1,28%) do que os homens (+0,42%). Essa diferença é explicada pelo fato do desemprego ser maior entre o público feminino (Mulheres 3º tri.18 em 13,7%/Homens 3º tri.18 em 9,7% – IBGE), e também por apresentarem um rendimento médio 29,7% menor do que o dos homens. Já entre as faixas etárias, os idosos (de 65 a 94 anos) seguem sendo os mais inadimplentes, com crescimento de 22,86%.

Número de dívidas recua 2,51% entre os consumidores da capital

Os consumidores da capital estão com menos dívidas em atraso. Em outubro houve queda de 2,51% no número de débitos vencidos em comparação ao mesmo mês no ano anterior (Out.18/Out.17). Esse decréscimo pode ser explicado devido à leve melhora no cenário econômico que tem permitido que os consumidores quitem alguns débitos. “Os belo-horizontinos vêm tentando organizar sua situação financeira e realizar o pagamento de suas dívidas para que, em um segundo momento, possam sair do cadastro de devedores e voltar ao mercado de consumo”, explica a economista da CDL/BH. Na variação mensal (Out.18/Set.18) houve aumento de 1,31% no número de dívidas em atraso.

A maioria das dívidas (15,43%) está entre as pessoas com mais de 65 anos. Nessa faixa de idade encontram-se os aposentados que sofreram redução de renda e ao mesmo tempo tiveram suas despesas elevadas, favorecendo o aumento das dívidas. De acordo com dados do IBGE, a renda real média, no 3º tri.18, de pessoas com mais de 60 anos em Belo Horizonte, foi de R$ 3.070. Já no mesmo período de 2017 era de R$ 3.291, o que representa uma queda de 6,7% na renda.  

Inadimplência e dívidas das empresas da capital ainda crescem, mas em percentuais menores

Em outubro, na comparação com o mesmo mês de 2017, foi registrada alta de 6,18% no volume de empresas inadimplentes. Mas, apesar dos índices de inadimplência ainda aumentarem, o ritmo é cada vez menor. Neste mesmo período do ano passado, a alta foi de 8,07%. “A economia do País ainda não conseguiu retomar o ritmo de crescimento necessário para recuperar as perdas dos últimos três anos e permitir que os empreendimentos consigam quitar todos os seus débitos. Mas já estamos em um ambiente econômico melhor, o que tem proporcionado um leve crescimento das vendas e aumento das receitas das empresas”, explica a economista da CDL/BH. Já na variação mensal (Out.18/Set.18), houve queda de 0,46% na inadimplência.

O número de dívidas das empresas da capital tem seguido a mesma tendência da inadimplência, ainda apresenta elevação, mas em percentuais menores do que no último ano. Na comparação anual (Out.18/Out.17), houve crescimento de 2,49%. Em 2017 a alta havia sido de 5,69%. Já na variação mensal (Out.18/Set.18), a quantidade de contas em atraso recuou 1,21%.

Metodologia – Os indicadores de inadimplência apresentados nesse material contêm todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil e a CDL/BH têm acesso.