Imprensa - 25 de abril de 2017 Dia das Mães deve injetar R$ 2,10 bilhões no comércio da capital, segundo estimativa da CDL/BH Sugestão de Pauta Segunda data mais esperada pelo varejo, superada apenas pelo Natal, o Dia das Mães deve apresentar crescimento de 1,25% nas vendas deste ano em relação ao ano anterior. Em 2015 e 2016, o percentual registrou queda de 0,95% e de 1,97%, respectivamente. Os cálculos da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) apontam para um faturamento de R$ 2,10 bilhões para o setor nesse período (maio de 2017). “Com a economia dando alguns sinais de melhora, a perspectiva para este ano está melhor. Somado a isso há o apelo emocional muito forte. As pessoas gostam de presentear as mães, mesmo que seja com produtos de menor preço”, afirma o presidente da CDL/BH, Bruno Falci. Além da estimativa financeira otimista, a expectativa dos comerciantes também é positiva. Para 57,4% dos empresários da capital, as vendas serão melhores em comparação ao ano passado. O percentual de otimismo no ano passado foi de apenas 23,1%. Os lojistas mais confiantes são os dos ramos de óticas, cosméticos, perfumaria, vestuário, calçados e itens de cama mesa e banho. Itens de vestuário devem ser os produtos mais procurados Segundo os empresários, os principais presentes pelos quais os consumidores devem optar são: roupas (22,9%); calçados e acessórios (10,8%); cama, mesa e banho e óculos (9,6% cada); cosméticos e perfumes (9,0%); artigos diversos que incluem caneca, porta retrato, cartões (8,4%); joias, bijuterias e acessórios (7,2%); buquês e arranjos de flores e móveis e eletrodomésticos (6,0% cada); roupa íntima e pijama (3,0%); bombons e cestas de café da manhã e utensílios domésticos (2,4% cada); artigos religiosos (1,2%); livros e pacotes de beleza (0,6% cada). Promoções e liquidações estão entre as principais estratégias para alavancar as vendas As promoções, ofertas e liquidações continuam sendo, na opinião da maioria dos empresários (30,1%), as melhores estratégias para fisgar os clientes. Divulgação dos produtos vem em seguida (18,5%), precedido de variedade de produtos (13,3%). Demais opções citadas: ainda não sabe (12,9%); decoração da loja (6,8%); distribuição de brindes e qualidade/mix de produtos (6,4% cada); flexibilidade/facilidade de pagamento e aperfeiçoar o atendimento (2,0% cada); campanhas/eventos (1,6%) e localização (0,4%). Na opinião de Falci, outros aspectos também podem fazer a diferença na hora da compra. “Oferecer conforto, comodidade, atendimento de qualidade, equipe de vendedores bem treinada, tudo isso ajuda a fidelizar o cliente”. O dirigente também cita como boa opção para atrair o consumidor, a montagem de kits que agregam vários produtos “e que auxiliam, principalmente os homens, na hora da escolha dos presentes”. Expectativa do tíquete médio deste ano está maior Os lojistas esperam para este ano que as vendas tenham um tíquete médio no valor de R$ 105,36. A previsão é maior do que a de 2016, quando o valor foi de R$ 103,23. De modo geral, para a maioria dos comerciantes (51,6%), o consumidor deve gastar entre R$ 50 e R$ 100. Outros 27,8% acreditam que o valor será até R$ 50. Questionados se o saldo do FGTS liberado pelo governo teria algum impacto nas vendas do Dia das Mães, a maioria dos comerciantes (33,3%) acredita que não haverá nenhum impacto. Outros 27,9% responderam que haverá impacto razoável e 16,3% afirmam que terá pouco impacto. Já 7,8% apostam em muito impacto. 14,7% não responderam. Principal forma de pagamento será o parcelamento no cartão de crédito Para a maioria dos lojistas entrevistados (69,8%), a forma de pagamento mais utilizada pelos consumidores serão as parceladas no cartão de crédito em até cinco vezes. Em seguida vem dinheiro (12,4%) e à vista no cartão de crédito (7,0%). Outras opções são: parcelado carnê/crediário (3,9%); cartão de débito (2,3%); à vista no cheque (1,6%); à vista no cartão da própria loja, parcelado no cheque, parcelado no cartão da própria loja e não responderam somam 0,8% cada. O que pode ajudar ou prejudicar as vendas no Dia das Mães Na opinião dos comerciantes, entre as alternativas que podem ajudar a alavancar as vendas no Dia das Mães estão: aumento do emprego (26,9%), quitação das dívidas (19,2%), saque das contas inativas do FGTS (17,3%), promoções (11,5%), queda dos juros/inflação (9,6%), melhorar a divulgação (6,7%), melhora na economia (2,9%) e renovação de estoque (1,9%). Vendas online, atendimento diferenciado, aumentar linha de crédito e redução da carga tributária correspondem a 1,0% cada. Em contrapartida, as opções que podem prejudicar as vendas, segundo os lojistas, são: desemprego (60,4%); crise econômica e aumento do preço dos produtos (13,2% cada); aumento da inadimplência (4,7%); diminuição da renda dos trabalhadores (3,8%) e concorrência com feiras, importados e camelôs (1,9%). Poucas opções na forma de pagamento, mídia negativa e pouca variedade de estoque totalizam 0,9% cada. Metodologia – Foram entrevistados 129 empresários de Belo Horizonte e Região Metropolitana, no período de 15 de março a 11 de abril de 2017.