Imprensa - 11 de agosto de 2015 Dívidas dos mineiros registram alta de 5,47% Sugestão de Pauta A piora do cenário macroeconômico reflete-se cada vez mais na vida financeira dos consumidores mineiros. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) junto as CDL´s de Minas Gerais, apontam crescimento de 5,47% no número de dívidas em atraso em julho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. De acordo com o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, fatores como a desaceleração da economia, inflação e alta nas taxas de juros têm gerado obstáculos para o consumidor quitar suas dívidas. “A renda do consumidor não está sendo suficiente para suprir todas as despesas familiriares”, afirmou. “Ao priorizar os gastos essenciais, o pagamento de outras dívidas fica comprometido”, acrescentou. Mês anterior – Na comparação com o mês imediatamente anterior (Junho de 2015), o número de dívidas em atraso apresentou crescimento de 0,10%. Para Falci, o aumento demonstra também a dificuldade por parte dos mineiros em realizar o planejamento financeiro. “Muitos consumidores ainda não tem esse hábito, e acabam comprando por impulso”, explicou. “E com a elevação da inflação fica mais difícil fazer este planejamento, pois existe uma perda constante na renda e uma alta no custo de vida”, completou. A expectativa do presidente da CDL/BH para o fim deste ano é que o índice de inadimplência continue em alta no estado. “O consumidor que deseja manter suas contas em dia precisa equilibrar suas contas, fazer reservas financeiras, adotar a educação financeira preventiva e privilegiar o pagamento à vista”, afirmou. Intervalo da dívida – Sobre o tempo de atraso da dívida, o intervalo que apresentou maior concentração de consumidores (16,91%) com pendências atrasadas foi o de até três a cinco anos. “Com o aumento dos juros, boa parte dos mineiros que consumiram, sem planejamento, e a longo prazo estão com mais dificuldade em negociar e quitar suas dívidas”, explicou Falci. Faixa etária – Em julho de 2015, a maioria das dívidas no SPC das CDL’s de Minas Gerais (30,87%), incidiu sobre consumidores cm idade superior a 50 anos. A única faixa etária que apresentou queda no número de dívidas em atraso (-9,76%) abrange consumidores entre 18 e 24 anos.