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Imprensa -

Efetivação de empregos temporários do fim de ano deve ser de 38%, aponta CDL/BH

Sugestão de Pauta

Pesquisa também apontou que empresas estão reduzindo número de demissões

Com a chegada do super trimestre (outubro/novembro/dezembro), aumenta não apenas a expectativa de crescimento de vendas por parte dos comerciantes, mas também a esperança de profissionais desempregados em conseguir uma recolocação no mercado de trabalho. Em Belo Horizonte, a pesquisa de “Contratação Temporária”, realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), revelou que 38% dos empresários que irão contratar para o período devem efetivar os funcionários após a temporada. 

Apesar das boas chances de efetivação, o número de contratações previstas para este ano ainda não é alto. A expectativa, até o momento, de 80% dos lojistas da capital mineira é de não admitir colaboradores temporários para as demandas de fim de ano. “Fatores como alta na inflação, taxas de juros elevadas e incertezas políticas têm feito o comerciante colocar o pé no freio nas contratações. Além disso, o custo de vida está mais alto na capital mineira, limitando as escolhas dos consumidores, o que gera uma redução na capacidade de consumo das famílias. Este é o cenário atual que, com o desenrolar das eleições e a resposta do consumidor com a proximidade das datas, pode ser modificado”, explica o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. 

Ainda de acordo com o dirigente, paralelo a esse cenário de dúvidas, também “vemos o crescimento do PIB e a queda das demissões, o que traz alívio para os funcionários e aponta uma maior redução no desemprego no país”. 

País também deve contratar pouco

Belo Horizonte segue a mesma tendência do país no que se refere às contratações temporárias. A pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, revela que aproximadamente 95 mil vagas serão abertas no país até dezembro, número abaixo da projeção da pesquisa de 2021 (105.723 vagas), quando havia um otimismo relacionado à atenuação da pandemia e o retorno à vida “normal”.  O número também é menor que o período anterior à pandemia (103.211 vagas em 2019).

Os principais motivos entre os que não irão contratar são: não acreditam que haverá um aumento significativo da demanda que justifique as contratações (35%); não possuem verba suficiente para contratações (25%) e os encargos trabalhistas serem muito altos (19%).

Cargos de vendedor lideram

As vagas para atuar como vendedor são a maioria (89%) em Belo Horizonte. Em seguida aparecem oportunidades como atendente (35%), caixa (8%) e estoquista (5,4%). Funções como alfaiate, fiscal/vigia e repositor aparecem empatadas com 2,7%, aponta a pesquisa da CDL/BH. 

No Brasil, há uma grande variedade de cargos e funções, porém as mais demandadas pelas empresas serão: vendedor (29%), ajudante (24%), balconistas (16%), cabeleireiro (7%), manicure (7%) e entregador (6%), segundo a CNDL. 

Contratações temporárias podem aumentar nas próximas semanas 

Ainda que a pesquisa local e nacional apontem para uma contratação temporária mais tímida, há uma tendência de crescimento do varejo em percentuais estáveis. A geração de empregos em Belo Horizonte acumulou mais um saldo positivo no mês de julho, foram mais 3.813 novos postos de trabalho. 

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) computou que o setor de serviços foi o que mais contribuiu, criando 2.246 novos empregos. O comércio gerou 81 vagas. Além disso, o desempenho da economia mineira aumentou. O Produto Interno Bruto do Estado (PIB) cresceu 7,3% no segundo trimestre e, no acumulado do ano, a atividade econômica registrou um aumento de 4,1%, segundo a Fundação João Pinheiro. 

“Esses resultados positivos, podem melhorar a confiança dos empresários na economia, o que pode refletir em mais contratações temporárias para o período. A maioria dos lojistas inicia as contratações em outubro para atender as demandas de Black Friday e Natal. Por isso, existe a possibilidade de que, ao longo das próximas semanas haja um aquecimento das contratações”, finaliza o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil