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Em crescimento: indicadores mostram que a economia da capital mineira está se recuperando 

Sugestão de Pauta

Desempenho estável do setor de comércio e serviços, recuo da inadimplência e recuperação de crédito de empresas e consumidores trazem ânimo para reta final do ano e início de 2024 

Os recentes indicadores econômicos da capital mineira revelam que a cidade vem se recuperando da forte crise sanitária e financeira que abalou todo o mundo nos últimos anos. Além da redução da inadimplência, que desde junho vem desacelerando, a recuperação de crédito de empresas e consumidores está positiva, assim como o desempenho no setor varejista.  

Um levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) mostrou que, de janeiro a agosto deste ano, as vendas no comércio de varejo cresceram 0,84%. “Esse desempenho é resultado do controle da inflação, do aumento da renda disponível e da contínua geração de empregos. Além disso, a liderança de Minas Gerais nas atividades turísticas do país, com efetiva participação da capital, também contribuiu para o crescimento do setor de comércio e serviços”, analisa o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. 

No acumulado do ano, os segmentos do varejo da cidade que mais se destacaram Drogarias e Cosméticos (4,58%), Supermercados (2,99%), Veículos e Peças (1,98%) e Artigos Diversos – brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, bicicletas e instrumentos musicais (1,46%). 

Na variação mensal (Ago.23/Jul.23), o varejo de Belo Horizonte performou acima do país e do estado. Neste período, a capital avançou 1,03% e o Brasil recuou 0,2%. Já Minas Gerais cresceu 0,6%. Neste período, os segmentos com melhor performance foram Supermercados (7,03%), Drogarias e Cosméticos (5,11%) e Veículos e Peças (3,76%). 

Mais pessoas limpando o nome 

O crescimento estável do varejo em Belo Horizonte é reflexo de outro ponto: aumento do número de consumidores que têm deixado o cadastro de negativados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Desde junho o indicador tem sido positivo e, em setembro, cresceu em 2,16% o número de pessoas que regularizaram seus débitos, em comparação ao mesmo período de 2022. 

“A melhora do mercado de trabalho e o programa Desenrola Brasil têm permitido que as pessoas honrem seus compromissos financeiros. A tendência para essa reta final do ano, com o pagamento do 13º salário, é que mais pessoas limpem o nome e recuperem o poder de compra, especialmente no crédito”, explica Souza e Silva. 

Tanto homens quanto mulheres têm conseguido deixar a lista de negativados do SPC Brasil em Belo Horizonte. Entretanto, o indicador revela que as condições de trabalho e renda favorecem mais o gênero masculino. Em setembro cresceu em 3,12% o número de homens que recuperaram o crédito, em comparação ao mesmo mês de 2022. Já entre as mulheres, a recuperação foi de 0,45%. 

“A taxa de desemprego e a diferença salarial entre os gêneros são pontos delicados e que precisam avançar. Em Belo Horizonte, por exemplo, os homens possuem um rendimento médio 33,4% superior ao das mulheres. Além disso, elas enfrentam maior dificuldade para se colocar no mercado de trabalho”, explica a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos. 

Ainda de acordo com a especialista, diminuir essas diferenças é fundamental, pois, as mulheres representam grande força consumidora, já que são elas as  principais responsáveis pela gestão dos lares. 

Empresas também recuperam crédito

A CDL/BH também analisou o comportamento das empresas da capital em relação ao pagamento de suas contas em atraso. Os dados mostram que, na variação anual (Set.23/Set.22), cresceu em 12,24% o número de empresas que deixaram o cadastro de negativadas.  

Em relação à quantidade de dívidas pagas pelas pessoas jurídicas da cidade, houve um crescimento de 13,1% em setembro, indicando um aumento de 61,13% em comparação a agosto (8,13%).

Boas expectativas

Com a proximidade do fim do ano e, com ele, importantes datas como Black Friday e Natal, a expectativa do setor de comércio e serviços, principal gerador de renda e postos de trabalho formais da cidade, é que 2023 se encerre com crescimento e garanta o fôlego dos primeiros meses do próximo ano.

“Espera-se uma recuperação gradual ao longo do próximo ano, já que as condições financeiras devem ficar menos restritivas com a flexibilização da política monetária. Fora isso, há a previsão de que o investimento estrangeiro no país cresça 7,7%, em função do arcabouço fiscal e da reforma tributária. Com tudo isso, o consumo das famílias e a performance do varejo tendem a ser beneficiados em 2024”, finaliza o presidente da CDL/BH. 

Foto: PBH/ Amira Hissa