Imprensa - 26 de abril de 2016 Empresários acreditam que o consumidor gastará mais de R$ 130 com presente de Dia das Mães Sugestão de Pauta Apesar de esperarem vendas menores, os lojistas da capital mineira acreditam que o consumidor gastará, em média, R$ 133,30 com o presente deste Dia das Mães. No ano anterior, esse valor foi de R$ 68,75. Segundo o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marco Antônio Gaspar, o tíquete médio ficará maior, pois os produtos estão sendo mais impactados pela alta da inflação. “A pressão inflacionária levará os consumidores a gastarem bem mais para consumir o mesmo presente do ano passado”, explica. Os dados são da pesquisa realizada pela CDL/BH, no período de 1º a 18 de abril com 230 empresários da capital e Região Metropolitana. (Gráfico 1) Perguntados sobre qual o valor esperado do tíquete médio de cada presente do Dia das Mães deste ano, a maioria dos entrevistados (60,8%) respondeu que este valor ficará em até R$ 100. Em seguida estão: tíquete médio de R$ 100,01 a R$ 150 (13,4%); de R$ 150,01 a R$ 200 (9,7%); de R$ 200,01 a R$ 250 (3,7%); de R$ 250,01 a R$ 300 (2,8%); de R$ 300,01 a R$ 400 (1,4%); de R$ 400,01 a R$ 500 (1,8%) e acima de R$ 500 (6,4%). (Gráfico 2) A pesquisa da CDL/BH com os empresários também apontou qual o valor médio que o consumidor deve desembolsar, de acordo com o tipo de presente. O belo-horizontino que fizer sua compra em papelarias ou livrarias deve gastar R$ 76,79. Quem optar por calçados deve gastar cerca de R$ 91,18. Ao escolher roupas, o gasto deve ser de R$ 106,02. Em seguida aparecem: cosméticos e perfumaria (R$ 121,16); artigos diversos (R$ 121,67) e óticas (R$ 173,22). (Gráfico 3) Quantidade de presentes – A maioria dos lojistas (60,9%) acredita que cada consumidor irá adquirir apenas um presente neste Dia das Mães. Já os que esperam que o belo-horizontino compre dois e três presentes somam 20,4% e 6,5%, respectivamente. Em seguida aparecem: quatro presentes (1,3%) e cinco ou mais (5,2%). Os que não sabem ou não responderam totalizam 5,7% dos entrevistados. (Gráfico 4) Produto – Roupas devem liderar a intenção de compra dos consumidores, de acordo com 34,3% dos empresários da capital. Em segundo lugar aparecem os calçados, citados por 12,6% dos empresários. “Esses itens geralmente são os mais procurados pelos belo-horizontinos devido à variedade e a facilidade de escolha que eles oferecem. Dificilmente, quem opta por esses produtos erra no presente”, afirma o vice-presidente da CDL/BH. Os demais produtos citados pelos empresários foram: cama, mesa e banho (7,1%); joias (6,7%); óculos e itens em geral (6,3%); flores (5,0%); perfumes/hidratantes (4,2%); utensílios domésticos (3,8%); cestas, alimentos e bebidas (3,8%); livros e itens de papelaria (3,3%); móveis (3,3%); bolsas (2,9%) e outros como eletrodomésticos, fotos, acessórios em geral, maquiagem, produtos para cabelo, bombons e etc (6,7%). (Gráfico 5) Forma de pagamento – Para 66,4% dos entrevistados, os consumidores vão optar pelo parcelamento na hora de pagar as compras deste Dia das Mães. E segundo os empresários, a maioria dos parcelamentos será no cartão de crédito (60,2%), seguido por parcelado no cheque (2,7%) e parcelado no carnê/crediário (3,5%). Não sabem ou não responderam 1,8% dos entrevistados. Já 31,8% dos lojistas, acreditam que os belo-horizontinos vão optar pelo pagamento à vista, assim sendo: à vista no cartão de crédito (15,9%); dinheiro (11,5%); cartão de débito (4,0%) e à vista no cartão da própria loja (0,4%). Segundo Gaspar, um dado relevante desta pesquisa é que apesar de muitos consumidores da capital estarem pagando suas compras à vista, os lojistas estão esperando mais pagamentos parcelados neste Dia das Mães. “Levantamento recente da CDL/BH apontou 79,0% dos belo-horizontinos estão pagando suas compras à vista para evitar dívidas em longo prazo”, afirma. “Mesmo assim os lojistas acreditam que o orçamento apertado das famílias, devido à inflação e aos juros elevados, levará os consumidores a dividirem o valor das compras”, completa. (Gráfico 6) Expectativa – A maioria dos empresários da capital (54,4%) espera vendas piores neste Dia das Mães, quando comparado com o mesmo período de 2015. Os que acreditam em desempenho melhor ou igual ao do ano anterior somam 43,5% dos entrevistados. “A instabilidade no cenário econômico e político brasileiro tem gerado incerteza em consumidores e empresários”, explica o vice-presidente da CDL/BH. “Os consumidores estão receosos na hora de ir às compras. Com isso o desempenho do varejo vem registrando queda ao longo do ano. O que reflete na queda da expectativa do varejo para a data”, completa. (Gráfico 7) Avaliando por porte da empresa, os lojistas mais pessimistas para o Dia das Mães são os microempreendedores individuais (66,6%), os microempresários (55,3%) e os pequenos empresários (48,9%). “Essas empresas possuem menos recursos para fazer investimentos e, por isso ficam mais vulneráveis em meio à crise. Conduta que se reflete na expectativa negativa para as vendas desta data comemorativa”, explica Gaspar. (Gráfico 8) Na análise por segmento, os lojistas mais confiantes para as vendas do Dia das Mães são os segmentos de óticas, cosméticos, perfumaria e calçados. “Dentre estes setores, destaco o de cosméticos e perfumes que no primeiro bimestre deste ano cresceu 0,39%. Em 2015, esse setor registrou alta de 9,2%”, explica o vice-presidente da CDL/BH. “O menor valor agregado desses produtos se adapta melhor a realidade atual do consumidor. Fator que deve continuar garantindo um bom desempenho do setor”, completa. (Gráfico 9) Estoque – Devido a desaceleração do consumo, a maior parte dos lojistas entrevistados fez um estoque menor (37,0%) ou muito menor (9,1%) para o Dia das Mães de 2016. Já 17,9% dos lojistas estão confiantes e investiram em um estoque maior para atender a demanda da data, que conta com um grande apelo emocional. Já os empresários que optarão por estoque semelhante ao de 2015 totalizam 33,9%. Não sabem ou não responderam, são 2,1% dos entrevistados. (Gráfico 10) A preparação do estoque para o Dia das Mães é realizado com cautela pelos empresários, indiferentemente do porte do negócio. Já a análise por segmento indica que 26,7% dos lojistas de óticas e 21,4% de Papelarias e Livrarias estão investindo mais em estoque para as vendas da data. (Gráfico 11 – Ver documento em anexo) Estratégia de vendas – A maior parte dos empresários (29,2%) investirá no preço, valor dos produtos e liquidações para atrair mais consumidores neste Dia das Mães. Segundo Gaspar, mais do que nunca o belo-horizontino está de olho na relação custo/benefício, pois seu orçamento está cada vez apertado. “E este comportamento requer dos lojistas um esforço maior em oferecer preços que se encaixem no bolso do consumidor”, explica. As demais estratégias a serem utilizadas são: decoração (balões e brinquedos nas lojas) (18,2%); divulgação dos produtos (12,2%); outros (10,6%); qualidade/mix de produtos (5,5%) e atendimento qualificado (4,9%). Não utilizarão nenhuma estratégia são 8,5% dos empresários. Os que não sabem qual estratégia adotar somam 10,9%. (Gráfico 12 – Ver documento em anexo) Divulgação – Perguntados sobre como divulgarão seus produtos, serviços e promoções, a maioria (23,6%) afirmou que utilizará cartazes e faixas na vitrine da loja. A segunda opção mais citada pelos entrevistados foi o Facebook (20,1%). As demais formas de divulgação são: boca a boca (13,2%); WhatsApp (10,4%); site da empresa (8,8%); carro de som (4,1%); panfletos (2,5%); telefone (1,6%); Instagram (1,6%); email (1,3%); jornal (0,6%); televisão (0,3%) e internet (0,3%). Os entrevistados que não farão divulgação somam 11,6%. (Gráfico 13) Para 19,6% dos empresários, um fator que pode contribuir com o aumento das vendas para o Dia das Mães é o aumento na renda real dos trabalhadores. Já 18,3% dos entrevistados apostam no aquecimento do mercado de trabalho. Em seguida aparecem: crédito facilitado para pessoa física (11,3%); outros (10,4%); quitação das dívidas (9,1%) e mudança no cenário político (7,8%). Para 16,5% dos lojistas, nenhum fator pode contribuir com o crescimento das vendas para a data. Perguntados sobre qual fator pode prejudicar as vendas, 34,3% responderam crise econômica e política. Já 31,3% acreditam que o desemprego é o fator mais negativo para o desempenho do comércio na data. Em seguida aparecem: inflação alta/preço dos produtos (10,9%); outros (6,5%); aumento da taxa de juros (6,5%) e dívidas/inadimplência (5,2%). Para 1,4% dos entrevistados, nada pode prejudicar as vendas. Já os que responderam que não sabem somam 3,9%. (Gráfico 14 – Ver documento em anexo) Cenário econômico – Os empresários também foram perguntados sobre como está a situação financeira de sua empresa, na comparação com o mesmo período do ano anterior. A percepção de 56,0% dos entrevistados é de piora. Para 31,2%, o cenário atual de seu negócio está igual ao do ano anterior. Os que perceberam uma melhoram somam 12,8%. Segundo o vice-presidente da CDL/BH, enquanto o impasse político não for resolvido e uma agenda mínima de desenvolvimento para o país for implantado, o setor produtivo continuará emperrado. (Gráfico 15 ) Expectativa de vendas – De acordo com a CDL/BH, o setor deve registrar um leve crescimento nas vendas de 0,5% em maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. Durante o mês de maio, a data deve injetar na economia em Belo Horizonte cerca de R$ 2,13 bilhões. (Gráfico 16 – Ver documento em anexo)