Imprensa - 31 de julho de 2023 Idosos foram os que mais quitaram as dívidas no mês de junho, aponta levantamento da CDL/BH Sugestão de Pauta A recuperação de crédito entre pessoas de 65 a 95 anos cresceu 149,72% no mês de junho, o que significa que em cada 30 devedores, 15 regularizaram seus débitos em atraso Os idosos, apesar de serem os mais inadimplentes devido ao elevado custo de vida que afeta essa faixa etária, foram os que mais regularizaram suas dívidas. De acordo com levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a recuperação de crédito entre os consumidores de 65 a 95 anos aumentou 149,72% no mês de junho de 2023, o que significa que em cada 30 devedores, 15 regularizaram seus débitos em atrasos. “Fatores como a antecipação do 13º salário, a renda estável proveniente da aposentadoria aliada ao fato de terem mais experiência e disciplina financeira contribuíram para o crescimento de pessoas, nesta faixa etária, regularizando as dívidas”, explica o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. Outro fator destacado pelo dirigente é o valor médio das dívidas dos idosos quando comparado com a de outras faixas etárias. Enquanto a deles é de R$ 2.497,18, a dos consumidores de outras idades é de R$ 4.548,83. Na contramão da regularização de dívidas Se a faixa etária entre 65 e 95 anos foi a que mais regularizou as dívidas no mês de junho de 2023, o mesmo não aconteceu com os jovens entre 18 e 24 anos. Entre eles, o índice de regularização de dívidas caiu 19,62%. O presidente da CDL/BH explica que a maior parte dos jovens fica inadimplente por falta de conhecimentos sobre educação financeira e pelas novidades trazidas pela entrada no mercado de trabalho. O comportamento das outras faixas etárias foi de crescimento na regularização de dívidas, distribuídas da seguinte forma: de 50 a 64 anos (crescimento de 21,65%); 40 a 49 anos (14,86%); 30 a 39 anos (3,87%) e 25 a 29 anos (0,75%). Regularização de dívidas por gênero No mês de junho, tanto homens quanto mulheres registraram crescimento na regularização de seus débitos. No entanto, as mulheres apresentaram um percentual menor em relação aos homens. Enquanto o crescimento de homens regularizando os débitos foi de 7,86%, o de mulheres ficou em 5,57%. A explicação para esta diferença está na taxa de desemprego entre as mulheres (9,2% no 1º trimestre de 2023) ser mais alta em comparação aos homens (6,4% no 1º trimestre de 2023). Além disso, é importante ressaltar que os homens possuem um rendimento médio superior em 34,2% em relação às mulheres, com os homens recebendo em média R$ 4.402 e as mulheres, R$ 3.280. E esses fatores podem contribuir para a diferença nos percentuais de quitação de débitos entre homens e mulheres. Crescimento na regularização de débitos Quando avaliamos o índice de regularização de dívidas de junho de 2023 comparado com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 15,01%. “Este crescimento nos mostra que a entrada de renda extra na economia como o 13º salário, aliado a melhora no mercado de trabalho, tem influência positiva na recuperação de dívidas em atraso”, explica o presidente da CDL/BH. “A tendência é que para os próximos meses com o programa Desenrola Brasil, a entrada de capital extra na economia via antecipação do 13º salário e a redução da taxa de juros, o número de regularização de dívidas continue a apresentar melhora”, conclui.