Imprensa - 31 de outubro de 2024 Inadimplência cai pela quarta vez no ano em BH Sugestão de Pauta Além da redução do número de pessoas no cadastro de negativados, mais consumidores retornaram ao mercado de consumo e recuperaram o crédito. Desempenho da capital mineira é melhor que o do país nos dois indicadores O número de inadimplentes na capital mineira recuou 0,75% no mês de setembro, em comparação ao mesmo período do último ano. De acordo com levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), esta é a quarta redução do indicador no ano. “Desde maio a inadimplência tem desacelerado, isso é reflexo da melhora da renda das famílias, especialmente pelo desempenho positivo do mercado de trabalho na cidade, e também pela recuperação de crédito dos consumidores”, destaca o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. Segundo a entidade, em setembro deste ano, houve um crescimento de 3,09% no número de pessoas que quitaram suas dívidas na capital mineira, em relação ao mesmo período de 2023. As mulheres (49,05%) e a população entre 50 e 64 anos (26,04%) representam os principais recuperadores de crédito no período. “Os belo-horizontinos estão respondendo melhor às mudanças econômicas do país. A inadimplência na cidade recuou mais que a do restante do Brasil em setembro e também tivemos mais consumidores retomando o crédito. Isso é um sinal muito positivo e mostra que nossa economia vem se fortalecendo e reagindo bem aos cenários macro e microeconômico”, explica a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos. Na análise anual (Set.24/Set.23), enquanto a capital mineira avançou no número de pessoas recuperando o crédito, o país recuou em -4,63% e a região Sudeste, em -3,91. Em Minas Gerais, o crescimento de consumidores com crédito recuperado foi de 2,54%. As mulheres ainda dominam o cadastro de inadimplentes de Belo Horizonte, representando 47,19% dos negativados. O valor médio devido por elas é de R$ 4.932,65; Já a média de débitos dos homens é de R$ 5.302,49. De forma geral, as contas com pagamento em atraso dos belo-horizontinos somaram R$ 5.015,67 em setembro. Ainda que as pessoas do gênero feminino sejam a maioria dos inadimplentes, elas também são as que mais honraram seus compromissos financeiros em setembro. Sendo que, do total de pagantes no período, 48,89% foram mulheres e 42,92%, homens. “Temos mais mulheres inadimplentes, porém, o valor devido por elas é um pouco menor que o devido pelos homens, o que facilita a renegociação da dívida. Além disso, como muitas são responsáveis por administrar a casa, elas tendem a ter melhor controle dos pagamentos e quitar as dívidas em dia, após negociação com os credores”, esclarece Marcelo de Souza e Silva. Idosos devem mais e adultos recuperam o crédito Em relação à faixa etária, a população entre 50 e 64 anos segue como a principal ocupante do cadastro de inadimplentes (23,24%). O valor total das dívidas é maior no intervalo etário de 30 a 39 anos, correspondendo a R$ 5.939,81. Contudo, esse público foi o que mais retornou ao mercado de crédito (25,16%). O valor médio devido e a recuperação de crédito por faixa etária em Belo Horizonte, no mês de setembro, foi: 18 a 24 anos – R$ 3.321,86 (3,87%) 25 a 29 anos – R$ 5.148,68 (10,06%) 30 a 39 anos – R$ 5.939,81 (25,16%) 40 a 49 anos – R$ 5.629,96 (24,74%) 50 a 64 anos – R$ 4.822,91 (22,95%) 65 a 84 anos – R$ 4.019,08 (11,39%) 85 a 94 anos – R$ 2.328,08 (1,26%) Acima de 95 anos – R$ 1.409,97 (0,37%) “O valor médio das dívidas dos consumidores em Belo Horizonte mostra uma tendência geral de crescimento, com flutuações e reduções em alguns períodos. Nos últimos três meses, os valores mantiveram o padrão de valor, sem alterações pontuais”, detalha a economista, Ana Paula Bastos. Em comparação a agosto, o indicador de recuperação de crédito recuou 0,98%. Entretanto, o indicativo do número de dívidas em atraso foi um dos menores do ano, 0,25%. “Comparando com o início do ano, onde o indicador foi de 9,75% em janeiro, observamos uma tendência de diminuição ao longo dos meses. Este declínio acentuado ocorreu pela melhora nas condições econômicas e na gestão financeira dos devedores, levando a uma redução na inadimplência geral na cidade”, finaliza Souza e Silva. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil