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Inadimplência cai pela quarta vez no ano em BH

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Além da redução do número de pessoas no cadastro de negativados, mais consumidores retornaram ao mercado de consumo e recuperaram o crédito. Desempenho da capital mineira é melhor que o do país nos dois indicadores

O número de inadimplentes na capital mineira recuou 0,75% no mês de setembro, em comparação ao mesmo período do último ano. De acordo com levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), esta é a quarta redução do indicador no ano. 

“Desde maio a inadimplência tem desacelerado, isso é reflexo da melhora da renda das famílias, especialmente pelo desempenho positivo do mercado de trabalho na cidade, e também pela recuperação de crédito dos consumidores”, destaca o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. 

Segundo a entidade, em setembro deste ano, houve um crescimento de 3,09% no número de pessoas que quitaram suas dívidas na capital mineira, em relação ao mesmo período de 2023. As mulheres (49,05%) e a população entre 50 e 64 anos (26,04%) representam os principais recuperadores de crédito no período. 

“Os belo-horizontinos estão respondendo melhor às mudanças econômicas do país. A inadimplência na cidade recuou mais que a do restante do Brasil em setembro e também tivemos mais consumidores retomando o crédito. Isso é um sinal muito positivo e mostra que nossa economia vem se fortalecendo e reagindo bem aos cenários macro e microeconômico”, explica a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos. 

Na análise anual (Set.24/Set.23), enquanto a capital mineira avançou no número de pessoas recuperando o crédito, o país recuou em -4,63% e a região Sudeste, em -3,91. Em Minas Gerais, o crescimento de consumidores com crédito recuperado foi de 2,54%.

As mulheres ainda dominam o cadastro de inadimplentes de Belo Horizonte, representando 47,19% dos negativados. O valor médio devido por elas é de R$ 4.932,65; Já a média de débitos dos homens é de R$ 5.302,49. De forma geral, as contas com pagamento em atraso dos belo-horizontinos somaram R$ 5.015,67 em setembro.

Ainda que as pessoas do gênero feminino sejam a maioria dos inadimplentes, elas também são as que mais honraram seus compromissos financeiros em setembro. Sendo que, do total de pagantes no período, 48,89% foram mulheres e 42,92%, homens. 

“Temos mais mulheres inadimplentes, porém, o valor devido por elas é um pouco menor que o devido pelos homens, o que facilita a renegociação da dívida. Além disso, como muitas são responsáveis por administrar a casa, elas tendem a ter melhor controle dos pagamentos e quitar as dívidas em dia, após negociação com os credores”, esclarece Marcelo de Souza e Silva. 

Idosos devem mais e adultos recuperam o crédito

Em relação à faixa etária, a população entre 50 e 64 anos segue como a principal ocupante do cadastro de inadimplentes (23,24%). O valor total das dívidas é maior no intervalo etário de 30 a 39 anos, correspondendo a R$ 5.939,81. Contudo, esse público foi o que mais retornou ao mercado de crédito (25,16%). 

O valor médio devido e a recuperação de crédito por faixa etária em Belo Horizonte, no mês de setembro, foi:

  • 18 a 24 anos – R$ 3.321,86 (3,87%)
  • 25 a 29 anos – R$ 5.148,68 (10,06%)
  • 30 a 39 anos – R$ 5.939,81 (25,16%)
  • 40 a 49 anos – R$ 5.629,96 (24,74%)
  • 50 a 64 anos – R$ 4.822,91 (22,95%)
  • 65 a 84 anos – R$ 4.019,08 (11,39%)
  • 85 a 94 anos – R$ 2.328,08 (1,26%)
  • Acima de 95 anos – R$ 1.409,97 (0,37%)

“O valor médio das dívidas dos consumidores em Belo Horizonte mostra uma tendência geral de crescimento, com flutuações e reduções em alguns períodos. Nos últimos três meses,  os valores mantiveram o padrão de valor, sem alterações pontuais”, detalha a economista, Ana Paula Bastos. 

Em comparação a agosto, o indicador de recuperação de crédito recuou 0,98%. Entretanto, o indicativo do número de dívidas em atraso foi um dos menores do ano, 0,25%. “Comparando com o início do ano, onde o indicador foi de 9,75% em janeiro, observamos uma tendência de diminuição ao longo dos meses. Este declínio acentuado ocorreu pela melhora nas condições econômicas e na gestão financeira dos devedores, levando a uma redução na inadimplência geral na cidade”, finaliza Souza e Silva. 

Foto:

Marcelo Camargo/Agência Brasil