Imprensa - 17 de janeiro de 2018 Inadimplência das empresas da capital cai pela primeira vez nos últimos quatro anos Sugestão de Pauta A melhora no ambiente econômico, possibilitou a redução da inadimplência entre as empresas de Belo Horizonte. De acordo com o indicador de inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), em dezembro deste ano, houve queda de 0,52% no número de pessoas jurídicas inadimplentes, na comparação com o mês anterior (Dez.17/Nov.17). É a primeira vez, desde 2013, que o indicador apresenta redução nesta base de comparação. Para o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, esse decréscimo pode ser atribuído a alguns fatores, como a redução da taxa de juros e da inflação. “Esse resultado positivo demonstra que as empresas estão conseguindo organizar suas finanças, efeito da melhora dos indicadores econômicos e do aumento do rendimento real, que elevou a renda em circulação impactando positivamente na receita das empresas”, explica. Na comparação anual (Dez.17/Dez.16), houve crescimento de 6,56% do número de pessoas jurídicas inadimplentes. Apesar de ter havido aumento, o indicador vem apresentando decréscimo em relação a 2016 (+9,75%). O setor que registrou a maior quantidade de empresas devedoras foi o de serviços. Na comparação anual (Dez.17/Dez.16), esse setor registrou alta foi de 8,76%. Os demais segmentos comportaram-se da seguinte forma: comércio (+6,21%); indústria (+4,16%); agricultura (-10,2%) e outros tipos de estabelecimentos (-7,69%). Empresas de Belo Horizonte estão com menos dívidas Em dezembro, o indicador de dívidas de pessoas jurídicas em atraso junto ao SPC da CDL/BH apresentou, na comparação com novembro de 2017, uma queda de 0,98%. Na variação anual (Dez.17/Dez.16), foi verificada uma alta de 5,14%. Em dezembro do ano passado, o índice estava em 7,67%, o que demonstra a desaceleração do aumento das dívidas. Este é o menor percentual de crescimento desde 2014, na comparação anual. “Com o cenário econômico apresentando sinais de melhora, as empresas buscam quitar suas dívidas para obter novamente crédito para investimentos”, comenta o presidente da CDL/BH. O número médio de dívidas de pessoas jurídicas em dezembro de 2017 foi de 2,02 por empresa. No mesmo período do ano anterior, era de 2,05 por CNPJ. inadimplência dos consumidores da capital reduz em dezembro O número de belo-horizontinos endividados caiu em dezembro. Na base de comparação mensal (Dez.17/Nov.17) houve uma queda de 1,47%. Esta redução está atrelada ao fato de dezembro ter contado com a segunda parcela do 13º salário. “Esse recurso extra possibilitou que os consumidores, que ainda não tinham quitado seus débitos, aproveitassem a entrada desta renda para colocar as contas em dia”, explica Falci. Em dezembro, na comparação com o mesmo período do ano anterior (Dez.17/Dez.16), a quantidade de consumidores com o nome inscrito nos cadastros de devedores reduziu 3,26%. A desaceleração da inflação (IPCA de janeiro a dezembro de 2017 em 2,95%/ janeiro a dezembro de 2016 em 6,29% – IBGE), junto a outros fatores, está viabilizando a quitação das dívidas. “A redução da inflação, permitiu um aumento na renda disponível dos consumidores. Com isso, parte da renda está sendo destinada ao pagamento de débitos em atraso”, esclarece o presidente da CDL/BH. A inadimplência entre os mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos, apresentou queda de 25,96%, representando a classe menos endividada no mercado. O resultado é justificado pela entrada tardia dos jovens no mercado de trabalho. Enquanto a quantidade de devedores, entre 50 e 84 anos, apresentou alta de 1,02%, sendo os mais endividados. A análise segmentada por gênero mostra que a inadimplência entre as mulheres (-2,79%), mesmo apresentando decréscimo está em menor intensidade de queda, do que em relação aos homens (-4,32%). Dívidas em atraso de pessoas físicas apresentam decréscimo Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Dez.17/Dez.16), o número de dívidas dos consumidores da capital caiu 7,39%. Esta queda é reflexo do decréscimo da inflação, da taxa de juros e do crescimento do rendimento real, que possibilitou a muitos a quitação de alguns débitos. Já na variação mensal (Dez.17/Nov.16), a redução foi de 2,95%. A maioria dos consumidores, que ainda estão com débitos em atraso, os com idade acima dos 65 anos somam 0,26%. Na abertura por gênero do devedor, houve redução dos débitos em patamares próximos em ambos os sexos. Para as mulheres a queda foi de 7,45%, e entre os homens de 7,92%. Metodologia – Os indicadores de inadimplência apresentados nesse material contêm todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil e a CDL/BH têm acesso.