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Inadimplência entre consumidores de 18 a 24 anos é a menor dos últimos seis anos

Sugestão de Pauta

Belo Horizonte, 17 de fevereiro de 2016 – De acordo com dados de janeiro do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a inadimplência entre os consumidores de 18 a 24 anos apresentou a maior queda (-19,75%) dos últimos seis anos, quando comparada com o mesmo mês do ano anterior. Para a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, a queda é reflexo da entrada cada vez mais tarde dos jovens no mercado de trabalho. “E como o jovem possui menos compromissos fixos e um orçamento mais flexível, consequentemente, está se endividando menos”, explica. 
 
inadimplência entre os jovens (Gráfico 1)
 
 
Por outro lado, a inadimplência entre os consumidores com idade de 50 a 64 anos avança na capital. O número de pessoas inadimplentes nesta faixa etária cresceu 9,28% em janeiro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2015 (Jan.2016/Jan.2015). O aumento é o maior dos últimos seis anos, nesta mesma base de comparação. “A inadimplência desse público vem crescendo, pois são pessoas responsáveis financeiramente por suas famílias e que foram impactadas de forma negativa pelo aumento do custo de vida e pelo desaquecimento do mercado de trabalho”, afirma a economista da CDL/BH.
 
 
inadimplência entre 50 a 64 anos (Gráfico 2)
 
Pessoas inadimplentes – O indicador do SPC da CDL/BH também apontou crescimento de 3,97% no número de inadimplentes em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2015 (Jan.2016/Jan.2015). “Com a inflação e os juros em patamares mais elevados, o custo de vida das famílias ficou maior, fator que dificultou o controle financeiro dos belo-horizontinos”, disse Ana Paula.
 
Quando comparado com o mês imediatamente anterior (Dezembro de 2015) o número de pessoas inadimplentes registrou alta de 1,24%. Segundo a economista da CDL/BH, em janeiro, as pessoas ficam mais descapitalizadas, devido aos compromissos assumidos no fim de ano e também com o pagamento de impostos e matrículas escolares. “Esse comprometimento da renda aliado ao aumento no custo de vida da população prejudicou a capacidade dos consumidores em manter o orçamento em dia e honrar suas dívidas”, afirma.
 
Dívidas em atraso – O indicador de inadimplência da CDL/BH também apontou crescimento de 1,75% das dívidas em atraso em janeiro deste ano, na comparação com o mês imediatamente anterior (Jan.2016/Dez.2015). Quando comparado com o mesmo mês de 2015 (Jan.2016/Jan.2015), a alta foi de 6,40%. “Novamente percebe-se o efeito corrosivo da inflação e da piora dos indicadores de desemprego sobre a renda das famílias. Os consumidores estão entrando em uma situação onde a renda não consegue suprir todas as despesas”, explica Ana Paula. “Outro agravante é a dificuldade por parte da população em realizar um planejamento financeiro em longo prazo, item que poderia auxiliar no controle do orçamento dos belo-horizontinos”, completa.