Imprensa - 30 de setembro de 2020 Mesmo com a pandemia, inadimplência entre os consumidores da capital mineira apresenta queda Sugestão de Pauta Aumento de renda extra, como o auxílio emergencial, e desaceleração do desemprego contribuíram para o pagamento de contas Mesmo com a pandemia que alterou a economia, os belo-horizontinos estão conseguindo pagar suas dívidas. Desde junho, a inadimplência na capital mineira vem caindo, registrando queda de 1,1% para o sexto mês do ano e de 1,2% para agosto (Ago.20/Ago.19). “A reabertura dos setores de comércio e serviços permitiu uma alavancada da atividade econômica e, aliado a isto, tivemos a entrada de capital extra na economia local via auxílio emergencial. Esses fatores possibilitaram a desaceleração da inadimplência”, avalia o presidente em exercício da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), José Angelo de Melo. Ainda de acordo com o presidente em exercício, outro importante fator a ser considerado é a mudança de hábito da população, que em momentos de incerteza tendem a alterar o comportamento de compra, evitando as compras não planejadas e por impulso. A reabertura dos setores de comércio e serviços, mesmo que gradual e com restrições, fez retornar o processo da dinâmica econômica e possibilitou uma freada nas demissões. Em julho de 2020, o saldo de contratações ficou positivo pelo primeiro mês, desde o início da pandemia. “A contratação de mão de obra, mesmo que de forma lenta , permite que a renda circule, possibilitando o pagamento das obrigações financeiras”, destaca Angelo de Melo. Na avaliação mensal (Ago.20/Jul-20), a inadimplência entre os consumidores da capital em Belo Horizonte caiu 1,03%. Os dados fazem parte da pesquisa de inadimplência da CDL/BH. Jovens de 18 a 24 anos lideram a inadimplência Analisando por faixa etária, a maior concentração de dívidas está entre a população de 18 a 24 anos, com crescimento de 73,81% da inadimplência entre eles. Isso ocorre, pois, esta faixa etária é a que mais sofre com o desemprego. Na análise por gênero, o indicador seguiu a mesma tendência de queda observada nos últimos meses. As mulheres apresentaram queda mais intensa em relação aos homens. A queda foi de 2,14% para as mulheres e de 1,93% para as mulheres. É importante reforçar que o motivo da queda mais intensa do gênero feminino deve-se às diferenças existentes no mercado de trabalho. Os homens apresentam menor taxa de desemprego (homens 9,2% e mulheres 11,2% – 4º trimestre de 2019 – IBGE) e maior rendimento real, 48,76%, em relação às mulheres (homens R$ 3.435,00 / mulheres R$ 2.309,00 – 4º trimestre. 2019 – IBGE). Dívidas em atraso também apresentaram queda O indicador de dívidas segue a tendência de queda observada nos últimos anos. Em agosto de 2020, comparado com o mesmo mês do ano passado, o índice apresentou queda de 5,69%. Na comparação mensal (Ago.20/Jul.20) a queda foi de 1,74%. O número médio de dívidas atingiu o menor patamar da série histórica em agosto: 1,871 dívidas por pessoa inadimplente. Em agosto de 2019, o número médio de dívidas era de 1,960. Em julho de 2020 o índice ficou em 1,885 dívidas. Inadimplência entre as pessoas jurídicas teve queda de 6,97% em agosto Entre as pessoas jurídicas, o indicador de devedores das empresas registrou uma desaceleração de 6,97% em agosto de 2020 na comparação com o mesmo período de 2019. O indicador vem apresentando uma tendência de queda pelo quinto mês consecutivo. Fatores como a flexibilidade para negociar dívidas e maior prazo para pagar as obrigações, adiamento de obrigações tributárias e previdenciárias, estão possibilitando a queda da inadimplência, mesmo com os gargalos provocados pelo isolamento social na economia. O indicador de dívidas das pessoas jurídicas apresentou queda de 11,69 em agosto de 2020 na comparação com o mesmo mês do ano de 2019. Com a tendência de desaceleração já observada no final de 2019, o mês de agosto registrou a maior desaceleração para o indicador na série histórica (jan.2011). Outro fator a ser destacado é a queda do número médio de dívidas, que registrou a menor média já observada: 1,825. Em agosto de 2019 foi registrada média de 1,923. Em julho desse ano, o índice foi de 1,838. Acesse a pesquisa completa em https://bit.ly/2ScnweF