Imprensa - 3 de julho de 2025 Moda da Região Metropolitana de BH ganha novo plano de ações para estimular crescimento Sugestão de Pauta Novas estratégias do APL Vestuário serão aplicadas para gerar capacitação, acesso à inovação e geração de negócios para mais de 40 mil empresas O setor de moda da Região Metropolitana de Belo Horizonte, composto por mais de 40 mil CNPJ’s ativos e um faturamento anual superior a R$ 10 bilhões, segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, entra em uma nova fase de impulsionamento. O Arranjo Produtivo Local (APL) Vestuário RMBH, que contempla 35 cidades, incluindo a capital e Sete Lagoas, reformulou seu plano de ações, agora denominado Horizonte das Gerais, e irá fortalecer as atividades de capacitação, acesso à inovação, geração de negócios e maior competitividade para empreendedores da moda. Belo Horizonte agora se consolida como a única capital brasileira a reunir três APLs distintos ligados à moda: vestuário, calçados e bolsas, gemas e joias — o que reforça o título de Capital da Moda. A reestruturação do plano de ações é fruto de mais de dois anos de construção coletiva entre representantes de entidades como Sebrae Minas, Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Sindicato das Indústrias do Vestuário de Minas Gerais (Sindivest), Associação Comercial do Barro Preto (Ascobap), Instituto AMEM, Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e Frente da Moda Mineira (FMM), além de empresários e profissionais do setor. Dentre as ações que serão colocadas em prática estão: Organização do Calendário de Eventos do Setor, Capacitação para formação de Mão de Obra, Capacitação para comercialização e valorização dos produtos, Consultoria para elaboração de projetos para Editais Públicos como o Compete Minas, Mobilização de empresas para sustentabilidade de negócios e pleitos junto ao Governo do Estado para melhoria das condições do setor. A expectativa é que a nova reformulação impacte 40 mil empresas em até 12 meses. “Minas Gerais possui quase um milhão de microempreendedores de comércio de vestuário e acessórios, na fabricação são quase 130 mil. Somente as 35 cidades participantes do APL empregam mais de 45 mil pessoas no setor. Esses números mostram a força econômica dessa atividade e também as diversas possibilidades de crescimento que ainda podem ser exploradas a partir da capacitação e impulsionamento dessas empresas”, avalia o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. APLs Arranjos Produtivos Locais são aglomerações de empresas em um mesmo território, com especialização produtiva, que mantêm vínculos de cooperação entre si e com outros atores locais possibilitando o desenvolvimento de ferramentas para a diversificação econômica; Ampliação da capacidade de produção de tecnologia aplicável para todo um setor; Aumento significativo de oportunidades de negócios em todo o estado e fortalecimento, pelo associativismo, do poder de negociação favorecendo compras conjuntas e ampliando a lucratividade e desenvolvimento local. Moda diversificada em todas as regiões Os APLs do setor são segmentados e, em cada região do estado, impulsionam uma atividade. No setor de moda fitness/ lingerie, existem o APL de Juruaia, que agrupa cerca de 200 empresas do segmento, o de Taiobeiras, Muriaé e o de São João do Manteninha, no Vale do Rio Doce. O setor de moda agrega ainda o Arranjo Produtivo Local de vestuário masculino APL de Paraguaçu. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o destaque é o segmento prêt-à-porter (intermediário entre alta-costura e fast-fashion). Já Divinópolis, é considerado um importante polo diversificado de moda, enquanto em Jacutinga há o circuito do tricô/malharia onde se concentra importante APL. Para Marcelo de Souza e Silva, o segmento de vestuário e confecção é um dos mais importantes da economia estadual. “Além de ser a responsável por 13% de toda a produção têxtil do país, o segmento de vestuário gera milhares de empregos. Promover o crescimento e a produtividade desse setor é essencial para a geração de emprego e renda que, consequentemente, reflete de forma positiva na saúde do comércio de todas as cidades”, avalia.