Imprensa - 23 de novembro de 2017 Natal deve injetar R$ 3,06 bilhões no comércio da capital Sugestão de Pauta Com a proximidade da melhor data do ano em vendas para o comércio, o Natal, os empresários do setor estão otimistas. De acordo com a pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), no período de 24 de outubro a 17 de novembro de 2017, com 200 lojistas, a expectativa é que o comércio da cidade venda R$ 3,06 bilhões. E que o volume das vendas cresça 1,42% em relação ao mesmo período do ano anterior. “Este ano todas as datas comemorativas apresentaram resultados positivos, por isso o segmento está confiante que os consumidores irão presentear mais”, comenta o presidente da CDL/BH, Bruno Falci. A maior parte dos empresários entrevistados (65,5%) acredita que as vendas irão aumentar no Natal deste ano, este percentual é o melhor dos últimos dois anos. Em 2016 apenas 38,3% estavam otimistas. “Estamos em um momento de melhora do ambiente econômico, com queda e desaceleração de alguns indicadores macroeconômicos, como inflação e taxa de juros. Estes fatores estão permitindo a retomada do crescimento das vendas, o que contribui para que os empresários fiquem mais confiantes”, explica Falci. Entre os demais empresários, 27,6% estão esperando que as vendas sejam iguais as de 2016. Para apenas 6,9% dos entrevistados as vendas devem ser menores. Valor do tíquete médio previsto é o maior dos últimos dois anos Os empresários acreditam que os consumidores irão gastar mais este ano com o presente do Natal. A expectativa é que o tíquete médio das compras dos belo-horizontinos seja de R$ 139,83. Em 2016, o valor esperado era de R$ 104,56. “Este aumento no valor é resultado do aumento da renda disponível devido à redução da taxa de desemprego”, esclarece o presidente da CDL/BH. A pesquisa também mostra que o valor a ser desembolsado pelo consumidor pode variar conforme o tipo de presente escolhido. Segundo os comerciantes, quem presentear com calçados vai desembolsar cerca de R$ 184,09. O custo com brinquedos deve girar em torno de R$ 143,75. Em seguida aparecem: vestuário (R$ 128,72) e cosméticos e perfumaria (R$ 112,50). As roupas serão a preferência na hora de presentear, segundo os empresários As roupas devem ser os itens mais procurados pelos consumidores na hora das compras para presentear, conforme a opinião de 28,8% dos empresários. Em seguida, estão os calçados com 15,9% da preferência. Segundo o presidente da CDL/BH, esses produtos têm uma boa saída devido à grande variedade de opções e preços. “São itens que se encaixam no orçamento do consumidor e que agradam praticamente todos os públicos”, afirma. Os demais produtos citados foram: brinquedos (9,9%); perfumes/cosméticos (8,7%); utensílios para o lar/artigos de decoração (5,8%); cama, mesa e banho (4,5%); óculos/lentes (4,5%); eletrônicos (4,3%); produtos alimentícios (4%); joias e bijuterias (3,5%). Outros produtos totalizaram 10% das respostas. Em relação ao número de presentes, a maior parte dos empresários (86,4%) acredita que os consumidores irão comprar um ou dois produtos. “Este resultado indica que, apesar do otimismo, os lojistas estão percebendo que os seus clientes estão receosos em contrair dívidas, limitando as compras em até dois presentes”, afirma Bruno Falci. Cartão de crédito será a forma de pagamento mais utilizada Para a maioria dos empresários (55%), a forma de pagamento mais utilizada para as compras do Natal será a parcelada no cartão de crédito. As demais formas de pagamento citadas pelos empresários foram: cartão de débito (18,5%); dinheiro (13,8%); à vista no cartão de crédito (8,5%); parcelado no cartão da própria loja (2,7%); parcelado no carnê (0,8%); à vista no cheque (0,6%) e à vista no cartão da própria loja (0,3%). Divulgação dos produtos pelas redes sociais está entre as principais estratégias para alavancar as vendas A divulgação dos produtos foi escolhida, pela maioria dos empresários (22,3%), como a melhor forma para atrair mais clientes e impulsionar as vendas. E o principal meio utilizado serão as redes sociais. Para 48,6% dos lojistas, essa tem sido a forma mais eficiente para expor os itens e chegar até os consumidores. “Esses canais são os mais utilizados devido ao seu baixo custo de investimento e ao alto retorno junto aos consumidores”, comenta Falci. As promoções, ofertas e liquidações aparecem em seguida, com 21,5% da preferência como estratégia de venda. As demais estratégias citadas foram: decoração da loja (19,5%); atendimento qualificado (12,4%); oferta de produtos diferenciados (8,9%); flexibilidade/facilidade no pagamento (7,5%); distribuição de brindes (2%); quantidade/mix de produtos (0,9%). Não vão apostar em nenhuma estratégia (3,6%) dos entrevistados, e os que não sabem ou não responderam totalizam 1,4% dos entrevistados. Além das redes sociais, as outras formas de divulgação que os comerciantes pretendem utilizar são: cartazes/faixas na vitrine da loja (13,4%); site da empresa (10,1%); boca a boca (5,1%); carro de som (2,9%); TV (2,5%); rádio (1,7%); jornal/revista (1,5%); panfletos (1,2%); catálogo (0,4%). E 10,1% dos empresários não farão nenhum tipo de divulgação e 2,5% ainda não sabem. Fatores que podem influenciar no momento da compra Na opinião dos comerciantes, entre as principais alternativas que podem ajudar a alavancar as vendas do Natal estão: liquidação/promoção/oferta de produtos (54,8%); aumento do emprego para os consumidores (11,8%); quitação das dívidas/redução da inadimplência (9,9%); flexibilidade na forma de pagamento (9,6%); divulgação (6%); não sabem (2,4%); mudanças no governo (2,2%); queda da inflação (1,7%); não responderam (1,2%) e capital de giro 0,3%. Segundo Falci, outros fatores também influenciam na hora da compra. “Uma das formas de atrair mais clientes é melhorar a experiência de compra do consumidor, oferecendo conforto, comodidade e produtos diferenciados para que ele tenha prazer em comprar,” explica. “Outro ponto é preparar a loja, treinar a equipe para atender os consumidores de forma eficaz e organizada, em um ritmo que garanta atendimento de qualidade e que possibilite a fidelização deste cliente”, conclui. Em contrapartida, as opções que podem prejudicar as vendas, segundo os lojistas, são: desemprego (30,9%); falta de agilidade e cordialidade no atendimento (20,8%); crise financeira (14,4%); aumento da inadimplência (10,9%); diminuição da renda dos trabalhadores (8,4%); aumento do preço dos produtos (7,6%); Black Friday (3,6%); mudança no governo (1,8%); não responderam (1,2%) e nada (0,5%). Metodologia – Foram entrevistados 200 empresários de Belo Horizonte, no período de 24 de outubro a 17 de novembro de 2017.