Imprensa - 3 de dezembro de 2025 Natal em BH tem expectativa de consumo aquecido Sugestão de Pauta Estimativa da CDL/BH é que as vendas da data movimentem R$ 2,55 bilhões na economia da cidade. Pesquisa da entidade mostra ainda que consumidores terão preferência por lojas físicas e pagamento à vista. Roupas, brinquedos e calçados lideram lista de compras Belo Horizonte, 3 de dezembro de 2025 – O comércio da capital mineira deve registrar um movimento expressivo no Natal de 2025. Uma pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) mostra que, mesmo diante de desafios econômicos, o consumidor está disposto a ir às compras e mantém forte preferência pelo comércio físico, especialmente shoppings e lojas de rua. A expectativa é que as vendas em torno da data, durante o mês de dezembro, movimentem R$ 2,55 bilhões na economia da cidade, um valor 0,9% maior que o mesmo período do ano passado, quando foram injetados R$ 2,53 bilhões no setor varejista. O levantamento da entidade mostra que metade dos consumidores vão presentear na data este ano e, desse total, 82,6% dos consumidores pretendem comprar em lojas físicas, reforçando a importância do varejo presencial na data mais simbólica para o comércio. Os shoppings lideram a preferência (34,7%), seguidos pelas lojas de rua (32,6%) e e-commerce (19,4%). Para o presidente da CDL/BH, Marcelo Souza e Silva, o resultado demonstra a vitalidade do setor. “O consumidor de Belo Horizonte valoriza a experiência completa: atendimento, qualidade e confiança. Isso mostra a força do comércio local e abre uma excelente oportunidade para os lojistas que investirem em boas vitrines, equipes preparadas e conveniência.” Presentes O ticket médio estimado é de R$ 467,04, resultado que pode impulsionar o faturamento do varejo. Produtos de uso pessoal e presentes afetivos continuam na liderança, reforçando a busca por experiências simbólicas e úteis. Os itens mais procurados seguem a tendência dos últimos anos, com destaque para: Roupas – R$ 499,05 de gasto médio – (57,1% das intenções) Brinquedos – R$ 278,49 – (26,5% das intenções) Calçados – R$ 421,43 – (20,4% das intenções) Cosméticos – R$ 577,20 – (17,3% das intenções) Em comparação ao ano passado, 53,7% dos consumidores acreditam que os preços dos presentes serão maiores, 36,6% esperam preços semelhantes e 9,8%, menores. Os principais homenageados da data serão filhos/enteados (54,1%), pais (36,7%), esposa (17,3%), namorado(a) 16,3%, irmãos (14,3%), sobrinhos (11,2%), netos (11,2%). Pagamentos à vista devem predominar A pesquisa mostra que o consumidor está mais organizado financeiramente, já que 63,3% pretendem pagar à vista, indicando maior controle de gastos. Já quem parcelar, deve optar por até quatro vezes. Souza e Silva avalia as escolhas como positivas. “O pagamento à vista dá mais segurança ao consumidor e reduz a inadimplência. Para o lojista, também é positivo, pois aumenta o giro de caixa e a margem de negociação”, afirma. Além da preferência pelo pagamento à vista, os consumidores também estão atentos aos preços, sendo que 70% estão fazendo pesquisas. Para isso, estão consultando os valores em sites (56,5%), lojas de rua (23,2%), pequenos comerciantes autônomos (21,7%), lojas do hipercentro (21,7%), shopping (17,4%), comércio essencial (15,9%), redes sociais (7,2%), shopping popular e outlet (1,4% cada). Boas expectativas dos comerciantes O levantamento com os empresários da cidade revela que a maioria (62,5%) projeta crescimento nas vendas do Natal de 2025 em relação a 2024. Por isso, quase metade dos comerciantes (48,7%) planeja aumentar seus estoques, enquanto 44,7% preferem manter os mesmos níveis do ano passado. As estratégias utilizadas para crescer as vendas serão boa variedade de produtos (citada por 71,71%), reforço na divulgação (59,54%), flexibilidade e/ou facilidade de pagamento (50%), aperfeiçoamento do atendimento (30,92%), decoração temática (23,03%), vendas on-line (21,38%). As respostas são de múltipla escolha. Os lojistas vão concentrar a divulgação dos produtos nas principais redes sociais, como WhatsApp (88,49%), Instagram (84,54%) e Facebook (3,95%). Boca a boca (56,25%) e cartazes (71,05%) permanecem centrais, confirmando que o varejo local se sustenta em validação social e presença física, tornando estratégias híbridas offline-online essenciais. Celebrações Para festejar a data, 36% irão realizar uma ceia, 10,5% vão fazer um almoço e 3% pretendem viajar. Para esta celebração, os consumidores pretendem gastar R$ 766,14 e 47% dividirão os custos. O dado reforça o potencial de supermercados, empórios, sacolões e lojas especializadas durante todo o mês de dezembro. Já o tradicional amigo oculto foi citado por 20% dos entrevistados, com um gasto médio de R$ 158,11 por presente. “Esse comportamento reforça a importância de produtos de valor intermediário, gift cards, kits personalizados e opções criativas nas lojas”, destaca o presidente da CDL/BH. Preço e atendimento são decisivos para consumidor Entre os fatores que mais influenciam a escolha do local de compra, o preço aparece em primeiro lugar (30,8%). Em seguida vêm bom atendimento (23,1%) e agilidade (12,8%). Os dados reforçam que, mesmo em um ambiente competitivo, a qualidade do serviço local faz diferença. “O consumidor belo-horizontino valoriza o atendimento humano, a possibilidade de ver e testar o produto e a conveniência dos nossos centros comerciais. O comércio físico segue sendo o grande ponto de encontro da cidade nesta época do ano”, avalia Souza e Silva. Compras de última hora O levantamento mostra que 75,5% dos consumidores farão suas compras entre 15 dias antes e o dia do Natal, sendo a falta de tempo o principal motivo para a pouca antecedência. Para o presidente da CDL/BH, esse comportamento é uma oportunidade. “O lojista deve estar preparado para um fluxo intenso na reta final. Promoções inteligentes, horário estendido e reforço em equipe podem transformar esse período em excelentes resultados”, aponta. Alta dos preços freia consumo Segundo a pesquisa , 45,5% dos entrevistados não pretendem comprar presentes neste ano, e o principal motivo é a alta dos preços, apontada por 82,4% desse grupo. Para o presidente da CDL/BH, o resultado revela a necessidade de políticas econômicas estáveis e maior previsibilidade para as famílias. “O consumidor está claramente sensível aos aumentos de preços. Mesmo assim, o comércio de Belo Horizonte segue forte, mostrando capacidade de adaptação e oferecendo alternativas para diferentes perfis de compra”, conclui. Qual a melhor data comemorativa para o comércio? A pesquisa questionou os comerciantes sobre quais datas comemorativas tiveram melhor desempenho de vendas, até o momento, na capital mineira. As respostas apresentadas foram: Dia das Mães – 35,53% Dia dos Namorados – 9,87% Dia dos Pais – 8,55% Dia das Crianças – 7,57% Carnaval – 2,3% “Os resultados mostram que as datas comemorativas continuam sendo determinantes para o faturamento do varejo. Por isso, reforçam também a importância de o comerciante se planejar com antecedência — desde estoque e atendimento até estratégias de promoção — para aproveitar ao máximo o potencial de cada ocasião”, conclui Souza e Silva. Metodologia das pesquisas O levantamento foi realizado com 201 consumidores da capital mineira entre os dias 5 e 7 de novembro. Já a pesquisa com empresários foi feita com 304 empresários de 21 de outubro a 11 de novembro. O intervalo de confiança é de 95%, com erro amostral de 6,9%.