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Imprensa -

Nove em cada dez consumidores da capital mineira devem presentear no Natal 

Sugestão de Pauta

De acordo com pesquisa da CDL/BH o tíquete médio será de R$ 123 por presente. Os três itens mais procurados devem ser roupas, brinquedos e acessórios. Expectativa da entidade é que sejam injetados na economia de BH, no mês de dezembro, R$ 2,45 bilhões

Os belo-horizontinos estão dispostos a presentear neste Natal. De acordo com pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), 91,7% dos consumidores da capital mineira planejam comprar algum produto para a data. Para isso, a intenção é desembolsar, em média, R$ 123, por presente. Esse valor representa um crescimento de 11,7% em comparação ao tíquete médio do último ano, quando o investimento foi de R$ 110,10 por item. A intenção dos consumidores é adquirir, em média, quatro presentes, totalizando um investimento de R$ 492. Com essa projeção, a expectativa é que as vendas em torno da data injetem na economia da cidade R$ 2,45 bilhões, um crescimento de 1,24% em comparação ao mesmo período do ano passado. 

Na contramão dos 91,7% que devem presentear neste Natal, 8,3% dos entrevistados afirmam que não vão comprar nada para a data. Para eles, os motivos que impedem são a pretensão de economizar (35,3%), falta de dinheiro (35,3%), não possui o hábito de presentear (17,6%), não tem ninguém para presentear (5,9%) e estará em viagem (5,9%).  

Na lista de presentes, os produtos que ocupam as cinco primeiras posições são Roupas – blusa, calça, pijama e lingerie (54,5%); Brinquedos – bonecas, carrinhos, pelúcia, jogo de tabuleiro (42,3%); Acessórios – bolsas, mochilas e malas (28,6%); Calçados (22,8%) e Cosméticos – perfumes, hidratantes e maquiagem (19,6%).  O gasto médio com os três principais presentes deverá ser de R$ 130,34, para roupas; R$ 125,46, para acessórios; e R$ 108,75, para brinquedos. 

Pagamento à vista lidera preferência dos consumidores

Em relação às formas de pagamento que pretendem adotar, 65,1% dos consumidores entrevistados disseram que devem optar pela modalidade à vista, demonstrando cautela em relação ao endividamento. Dentre as opções de pagamento à vista, as principais escolhidas pelos belo-horizontinos são cartão de débito (25,9%), à vista no cartão de crédito (18,5%), PIX (12,2%) e dinheiro (8,5%). 

Já 34,9% afirmam que vão escolher o pagamento parcelado, com uma média de três parcelas, sendo que as principais formas serão: parcelado no cartão de crédito (32,8%), parcelado no carnê/crediário (1,6%) e parcelado no cartão da própria loja (0,5%). 

A pesquisa revela ainda que 97,3% não irão utilizar recursos de terceiros para adquirir os presentes. 

Compras serão realizadas em lojas físicas

De acordo com a pesquisa da CDL/BH, as lojas físicas representam a escolha de 60,2% dos consumidores para realizar as compras de Natal. As preferências dos belo-horizontinos são:

  • Internet: 35,1%
  • Lojas de rua: 30,9%
  • Shopping Center: 29,3%
  • Comerciantes autônomos: 3,2%
  • Feira Hippie: 1,6%

Bom atendimento é fundamental na hora de efetuar as compras

Ao serem questionados sobre quais fatores influenciam na hora de fechar o negócio, 63,6% dos entrevistados disseram que bom atendimento e educação dos funcionários é o principal fator. “Cada vez mais as pessoas buscam um atendimento de qualidade. Uma loja onde os colaboradores são gentis e atendem com educação e empatia, certamente terá maior sucesso nas vendas”, afirma o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.  

Outros fatores que influenciam a compra são preço do produto/promoção (39,3%), qualidade do produto (28,6%), desejo da pessoa a ser presenteada (28,2%), localização da loja (24,3%), credibilidade da loja (18,4%), necessidade do presenteado (12,1%), formas e prazos de pagamento (6,3%), sustentabilidade do produto (2,4%), marca/grife do produto (2,4%). 

Preço alto é barreira para compra

Com os consumidores cada vez mais atentos ao histórico de preços dos produtos desejados, a alta dos valores é apontada pela pesquisa como o principal fator que pode prejudicar a compra (51%). Os entrevistados também citaram atendimento ruim (44,7%), lojas muito cheias (37,9%), pouca variedade de produtos (17,5%), baixa qualidade dos produtos (12,1%), poucas formas de pagamento (9,7%), acessibilidade/mobilidade (9,2%), juros altos para compras a prazo (8,3%), pouca flexibilidade na negociação (8,3%). Apenas 1,5% dos entrevistados disseram não ter nenhuma dificuldade para realizar as compras. As respostas foram de múltipla escolha. 

A pesquisa questionou ainda se no último Natal, os consumidores presentearam alguém e 91,5% disseram que sim e 8,5%, não. Do público que presenteou em 2021, 45,7% afirmam que o presente deste ano terá a mesma faixa de valor do último ano, para 36,4% o preço será maior e para 17,9% será menor. 

85% dos belo-horizontinos vão celebrar o Natal

Segundo o levantamento, 85,4% dos entrevistados afirmam que pretendem realizar alguma comemoração para a data. Os programas mais citados foram:

  • Ceia de Natal: 54,5%
  • Almoço de Natal: 36,4%
  • Almoço fora: 6,8%
  • Jantar fora: 1,1%
  • Não respondeu: 1,1%

Os gastos médios de cada comemoração deverão ser de R$ 198,66 para ceia de Natal; R$ 181,45 para almoço de Natal; R$ 258,33 para almoço fora de casa e R$ 250 para jantar fora.

O tradicional amigo-oculto será realizado por 49% dos belo-horizontinos e eles pretendem participar de pelo um. O investimento médio para a brincadeira será de R$ 71,53. 

Lojistas estão otimistas com as vendas para o Natal

A CDL/BH também ouviu comerciantes da cidade para saber a expectativa dos empresários com o Natal. A pesquisa da entidade mostra que 62,2% dos entrevistados acreditam que as vendas deste ano serão melhores que as de 2021. Já 29,6% esperam o mesmo volume e 8,2% acham que o desempenho será menor.  De forma geral, os comerciantes estão mais otimistas que no último ano, quando apenas 43,5% esperavam vendas melhores. Para atender as demandas da temporada, 42,8% dos lojistas pretendem aumentar o estoque e 53,3% vão manter o mesmo volume. Apenas 3,9% afirmam que vão diminuir. 

Tíquete médio na visão dos comerciantes

Na perspectiva dos comerciantes, o tíquete médio deverá ser R$ 242,79, por presente, um aumento de 53,8% em relação a 2021. Os lojistas esperam ainda que os consumidores adquiram dois presentes, totalizando um investimento de R$ 485,58. “Apesar do tíquete esperado pelos lojistas ser maior que o previsto pelos consumidores, ao se multiplicar pela quantidade de presentes comprados, o valor total investido será  similar, em torno de R$ 500. Isso nos mostra que lojistas e consumidores estão com as expectativas alinhadas”, explica o presidente da CDL/BH. 

Roupas também lideram o ranking dos produtos, segundo lojistas

Assim como os consumidores, os comerciantes também acreditam que os itens de vestuário serão os mais vendidos na data. O ranking de produtos que deve liderar, de acordo com os comerciantes, são: 

  • Roupas: 30,3%
  • Calçados: 17,8%
  • Itens de decoração: 10,2%
  • Utensílios domésticos: 9,2%
  • Bolsas, mochilas e malas: 6,6%
  • Joias e bijuterias: 5,6%
  • Cosméticos: 5,3%
  • Móveis e colchões: 5,3%

O tíquete médio referente aos três principais itens são: Roupas – R$ 246,74; Calçados – R$ 216,20 e Itens de decoração – R$ 75. 

Formas de pagamento na percepção dos empresários 

As compras parceladas no cartão de crédito, com uma média de cinco parcelas, deve ser a escolha de 50,7% dos consumidores, na visão dos empresários.

As formas de pagamento, na visão dos lojistas, terão a seguinte preferência: 

  • Parcelado no cartão de crédito: 50,7%
  • À vista no cartão de crédito: 32,9%
  • PIX: 10,9%
  • Cartão de débito: 5,3%
  • Transferência eletrônica (TED e DOC): 0,3%

Estratégias de vendas

Para impulsionar as vendas do período, os lojistas entrevistados afirmam que vão investir, principalmente, em Redes Sociais – 58,2%; Decoração da vitrine e da loja – 49,7%; Atendimento qualificado – 42,8%; Aumentar a variedade de produtos – 32,9%; Investir nas vendas pela internet – 16,8%; Promoções especiais – 13,5%; Campanhas de vendas pelo WhatsApp -11,2%. 

Outras estratégias citadas pelos comerciantes foram: ampliar o estoque (3,9%), investir na divulgação da empresa (1,0%), distribuição de flyers/panfletos (0,3%) e indicações (0,3%). Um entrevistado (0,3%) disse que não terá nenhuma estratégia de venda.

As ferramentas utilizadas para divulgar os produtos e promoções serão: 

  • Instagram: 68,8%
  • WhatsApp: 55,9%
  • Adesivo na vitrine da loja: 53%
  • Site da empresa: 16,4%
  • Facebook: 9,5%
  • Boca a boca: 6,9%
  • Propaganda na TV: 1,3%
  • Distribuição de panfletos: 0,3%
  • Não vai divulgar: 5,6% 

Ao serem questionados se irão investir em vendas on-line, 53,9% disseram que sim e 46,1%, que não. Dentre os que irão utilizar a internet para vendas, os principais canais devem ser: WhatsApp (71,3%), Site da empresa (52,4%), Instagram (51,8%), Marketplaces (6,7%), Facebook (1,2%). 

Em 2021, 58,5% pretendiam realizar vendas on-line, sendo 68,2% pelo WhatsApp, 61,9% pelo site da empresa, 38,1% pelo Instagram, 11,9% por marketplaces e 0,6% por telefone. Houve uma redução de 4,6 pontos percentuais na proporção de lojistas que pretendem vender online em relação a 2021.

Crescimento para o varejo de Belo Horizonte 

Os indicadores econômicos projetam que o varejo da capital mineira encerre 2022 com crescimento de vendas de 0,60% e, em 2023, avance 0,85%. A atividade econômica como um todo aponta para um ambiente mais favorável. Além disso, a taxa de juros vigente na economia possui tendência de queda, favorecendo a retomada do crédito e do consumo. 

“A economia melhorou, mas o cenário ainda é desafiador. Como entidade que representa o principal gerador do PIB da cidade, entendemos que para aumentar a produção de riquezas, não só de Belo Horizonte, mas do Brasil, são necessárias reformas como a tributária, abertura comercial, melhorias regulatórias, além de responsabilidade fiscal com sustentabilidade da dívida pública e alcance gradual de um superávit primário”, analisa Marcelo de Souza e Silva. 

O dirigente destaca ainda que os setores que vêm crescendo no país e na capital mineira são Drogarias e Cosméticos, Vestuários e Calçados, Supermercados, Artigos Diversos e Veículos e Peças. 

Desafios 

O ambiente econômico para o próximo ano já está no centro das atenções. O mercado aponta que alguns dos desafios para 2023 serão competitividade tributária, reformas estruturais, equilíbrio fiscal, implementação de medidas para tentar compensar possíveis novas despesas, com destaque para a possibilidade de um Auxílio Brasil permanente de R$ 600, otimização do custo do setor público, aumento do investimento em infraestrutura física, social e industrial e impostos. 

Tendências para o varejo

Para 2023 são esperadas algumas práticas e comportamentos do consumidor que irão influenciar o dia a dia do comércio varejista. Dentre elas estão a experiência “figital”, com ambientes físico e virtual muito alinhados. Os marketplaces ganharão ainda mais força, a personalização do atendimento será essencial, o comércio de bairro será fortalecido, inovação e investimento em novas tecnologias também serão demandadas. 

Metodologia das pesquisas

Para descobrir as expectativas dos lojistas com relação às vendas de Natal foi realizada uma pesquisa quantitativa com 304 empresários da capital mineira. Os participantes foram ouvidos entre os dias 31 de outubro e 14 de novembro de 2022. A margem de erro  é de 5,6% e a de confiança é de 95%. 

Já a pesquisa com os consumidores da capital mineira ouviu 306 pessoas, entre os dias 3 e 18 de novembro de 2022. A margem de confiança é de 95%, com erro amostral de aproximadamente 5,6%.

Confira a pesquisa completa abaixo:

Áudios do presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva:

Marcelo de Souza e Silva fala sobre as expectativas econômicas e tendências para o Natal para BH

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil