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Número de dívidas dos mineiros segue em queda

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Em fevereiro, o número de dívidas dos mineiros caiu 7,83% na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Fev.18/Fev.17), de acordo com o indicador de inadimplência do Conselho Estadual de SPC de Minas Gerais. Esta redução na quantidade de contas em atraso é reflexo do decréscimo da taxa de juros (Fev.18 em 6,75%/Fev.17 em 12,25% – Banco Central), e da desaceleração da inflação (IPCA de Jan.17 em 0,38/IPCA de Jan.18 em 0,29% – segundo o IBGE) e taxa de desemprego (4º Tri.17 em 10,6%/3º Tri.17 em 12,3%). Para o presidente do Conselho Estadual de SPC de Minas Gerais, Bruno Falci, essa melhora nos indicadores macroeconômicos tem impactado, positivamente, na capacidade de pagamento dos consumidores. “Com a retomada gradual do crescimento da economia e a volta ao mercado de trabalho, as pessoas estão priorizando o pagamento de suas dívidas, para assim, poderem voltar a consumir. O recuo da inflação, principalmente no grupo dos alimentos, permitiu um aumento na renda disponível, especialmente para as famílias das classes sociais mais baixas, para as quais o item alimentação tem um peso elevado no orçamento”, esclarece Falci.

Na variação mensal (Fev.18/Jan.18), houve queda de 0,08%. “Mesmo que ainda não consigam pagar todas as suas dívidas, aos poucos, as pessoas estão conseguindo equilibrar seus gastos e quitar as contas atrasadas”, acrescenta.

Em fevereiro, comparando com o mesmo mês de 2017, a maioria das dívidas registradas ocorreu na faixa etária acima do 50 anos (46,49%). “Essas pessoas permanecem sendo as mais endividadas por serem responsáveis por arcar com um número elevado de despesas pessoais e familiares. E, na maioria das vezes, os rendimentos não acompanham esses gastos, ao contrário, sofrem redução devido à aposentadoria”, justifica o presidente. Entre os sexos, a redução dos débitos foi maior entre os homens (8,27%), enquanto a retração do público feminino foi de 7,96%.

Consumidoras são as mais inadimplentes em Minas

Entre as pessoas que seguem inadimplentes, as consumidoras do Estado são a maioria. A análise por gênero do indicador de inadimplência mostra que as mulheres permanecem sendo a maioria com o nome inscrito nos cadastros de devedores. Em fevereiro, na comparação anual, a retração da inadimplência dos homens foi de 4,63%, já a do público feminino foi de 3,12%. Essa diferença é explicada devido à taxa de desemprego ainda ser maior entre as consumidoras (mulheres em 12,4% no 4º tri.17/homens em 9,3% no 4º tri.17 – IBGE), e ao fato das mulheres terem um rendimento médio 37% menor em relação aos homens (mulheres R$ 1.491/homens  R$ 2.044 – 4º tri.17 – IBGE).

Na variação anual (Fev.18/Fev.17), a inadimplência registrou queda de 3,6% em fevereiro. “Essa queda é resultado da melhora do cenário econômico que ocorreu em 2017. Com mais renda disponível, as pessoas estão utilizando parte dos seus recursos para a quitação dos débitos”, explica o presidente do Conselho Estadual de SPC de Minas Gerais. Na variação mensal (Fev.18/Jan.18), a queda foi de 0,09%.

Na abertura por faixa etária, no mês de fevereiro de 2018, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as pessoas com idade entre 50 a 84 anos são os mais inadimplentes (+0,97%).

Empresas mineiras seguem com dívidas

Em fevereiro deste ano, houve alta de 2,94% no número de dívidas das empresas do Estado, comparando-se com o mesmo período de 2017. Na base de comparação mensal (Fev.18/Jan.18) o crescimento foi de 0,58%.  Mas, apesar do número de dívidas ainda crescer, o ritmo é cada vez menor. O início da recuperação da economia, aliado aos indicadores econômicos em patamares menores, tais como juros e inflação, tem contribuído para frear o aumento dos débitos das empresas do Estado. “Com o cenário econômico apresentando sinais de melhora, as empresas buscam quitar seus débitos para obter novamente crédito para investimentos e voltar a crescer”, comenta o presidente do Conselho Estadual de SPC de Minas Gerais. O número médio de dívidas de pessoas jurídicas em fevereiro de 2018 foi de 2,05 por empresa. No mesmo período do ano anterior, era de 2,07 por CNPJ.

inadimplência cresce de forma moderada

Na comparação anual (Fev.18/Fev.17), a inadimplência apresentou crescimento de 4,32%. Em fevereiro de 2017 este índice era de 8,23%. Na variação mensal, o número de empresas endividadas aumentou 0,8%. “O crescimento do número de pessoas jurídicas inadimplentes no Estado está perdendo força. O aumento da renda em circulação e a taxa de desemprego estável tem proporcionado o crescimento do consumo das famílias. O poder de compra delas está sendo restaurado o que reflete positivamente na receita das empresas”, esclarece Bruno Falci, presidente do Conselho Estadual de SPC de Minas Gerais.

Em Minas Gerais, o segmento que teve o maior crescimento de empresas devedoras em fevereiro, comparado com o mesmo período do ano anterior (Fev.18/Fev.17), foi o de serviços com 6,37%. Nos últimos 12 meses (Dez.16/Nov.17), o setor sofreu uma retração nas suas atividades, na ordem de 2,1%, segundo dados do IBGE. “Essa retração diminuiu as receitas das empresas, o que impactou diretamente na sua capacidade de pagamento”, comenta Falci. Os demais segmentos comportaram-se da seguinte forma: comércio (+4,09%); indústria (+2,64%); agricultura (-2,02%); e outros tipos de estabelecimentos (-6,55%).

Metodologia – Os indicadores de inadimplência apresentados nesse material contêm todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil e as CDL’s de Minas Gerais têm acesso.