Número de dívidas em atraso em Minas Gerais é o maior desde 2012

Com o orçamento familiar pressionado pelo aumento do custo de vida, os consumidores mineiros estão acumulando dívidas. Segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) junto as CDL´s de Minas Gerais,  o número de dívidas em atraso cresceu 6,31% em junho, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior. O aumento é o maior para o período desde 2012, nesta mesma base de comparação.

Para o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, o aumento da inadimplência deve-se, sobretudo, a dois fatores: o aumento da inflação e a falta de planejamento financeiro dos consumidores. “Com a perda na renda em função da inflação, os consumidores estão com mais dificuldade de pagar suas contas”, afirmou. “E com a elevação do custo de vida, executar um planejamento financeiro ficou ainda mais difícil”, completou.

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Intervalo da dívida – Sobre o tempo de atraso da dívida, o intervalo que apresentou maior concentração de consumidores (16,75%) com pendências atrasadas foi o de até três a cinco anos.  “Com a renda pressionada, boa parte dos trabalhadores que consumiram a longo prazo estão com dificuldade em honrar suas dívidas, o que eleva o intervalo desse tempo”, explicou Falci.

Faixa etária – Em junho de 2015, a maioria das dívidas no SPC das CDL’s de Minas Gerais (30,89%), incidiu sobre consumidores na faixa etária acima de 50 anos. A minoria (-8,49%) entre 18 e 24 anos. 

Mês anterior – Na comparação com o mês imediatamente anterior (Maio de 2015), foi verificada uma queda de 2,39% no número de dívidas em atraso. De acordo com o presidente da CDL/BH, a queda não representa uma tendência de quitação de dívidas mas, uma desaceleração das vendas. “O aumento no custo de vida dificultou o acesso dos consumidores ao crédito”, afirmou. “As famílias acabaram reduzindo seu consumo a prazo, priorizando as compras de maior importância e os pagamentos à vista”, acrescentou.

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Pessoas inadimplentes – Já com relação ao número de pessoas físicas inadimplentes junto ao SPC das CDL’s mieniras, houve queda de 1,68% em junho na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O resultado é o menor para essa base desde o início da série histórica, em 2011. “A queda é reflexo da  piora nos indicadores macroeconômicos, como desemprego, aumento da inflação e da taxa de juros”, afirmou. “Fatores que encarecem o crédito e retiram o poder de compra dos consumidores. Eles passam a consumir menos e tomar menos crédito”, completou o presidente da CDL/BH.

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Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Junho de 2014), o número de inadimplentes registrou crescimento de 3,87%. Segundo o presidente da CDL/BH, a negociação das dívidas dos mineiros está sendo prejudicada pela combinação inflação em alta e  juros elevados.

Perfil – Nesta mesma base de comparação, o intervalo que apresentou uma maior concentração de pessoas inadimplentes foi o de três a cinco anos, com crescimento de 10,83%. Até 90 dias apresentou queda de 0,18%.

Faixa etária – A maioria dos consumidores inadimplentes (35,24%) concentrou-se na faixa etária acima de 50 anos e a minoria (-11,93%) com idade entre 18 e 24 anos.