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Imprensa -

Número de dívidas por CPF desacelera em BH e inadimplência na capital mineira fica abaixo do país 

Sugestão de Pauta

Pelo quinto mês consecutivo, recua o número de contratos em atraso entre os consumidores da cidade. Mulheres e idosos seguem no topo dos inadimplentes 

Desde o mês de julho, tem-se observado uma desaceleração do número de dívidas por CPF entre os consumidores da capital mineira. Em setembro deste ano, o indicador do número de dívidas foi de 10,1%, em comparação ao mesmo período de 2022, segundo levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).

“A melhora do mercado de trabalho, a desaceleração da inflação e, consequentemente os juros, têm possibilitado que os consumidores honrem seus compromissos financeiros. Além disso, o programa Desenrola Brasil tem beneficiado os inadimplentes na renegociação de suas dívidas e retirando-os do cadastro de negativados”, destaca o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. 

Essa redução do número de dívidas por CPF, aliada ao crescimento da renda, queda da inflação e da taxa Selic, fizeram com que no nono mês do ano, a inadimplência em Belo Horizonte (2,8%) ficasse abaixo do país (5,78%) e da região Sudeste (5,74%). 

Valor da dívidas pode chegar a quase R$ 10 mil 

O valor médio devido pelos belo-horizontinos é de R$ 4.903,36. Como cada CPF possui, em média, dois contratos com pagamento atrasado, o montante devido pode chegar a R$ 9.806,72. 

“Os juros encarecem o valor da dívida ao longo dos meses. De agosto para setembro, por exemplo, houve um aumento de 2,16%. O valor médio dos contratos em atraso dos belo-horizontinos é 21,3% maior que a média salarial da população (R$ 4.048,00)”, explica a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos. 

Idade e gênero pesam no bolso

A inadimplência persiste entre as mulheres e os idosos da cidade. O levantamento mostra que, por faixa etária, a população de 65 anos a 95 anos apresenta maior concentração da inadimplência, em relação a setembro do ano passado, com uma média de crescimento de 11,85%.

Entre os gêneros, o feminino contra maior número de contratos em atraso. Entretanto, o valor devido pelo gênero masculino (R$ 5.240,71) é maior que o oposto (R$ 4.795,96). 

“A maior taxa de desemprego e a diferença salarial continuam sendo os principais motivadores da inadimplência entre as mulheres. Já entre as faixas etárias, a responsabilidade dos idosos com as principais contas da casa e os gastos com saúde fazem com que eles sejam os maiores inadimplentes”, explica Marcelo de Souza e Silva.