Imprensa - 23 de fevereiro de 2017 Opinião do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci, sobre a queda da taxa Selic Sugestão de Pauta Com a decisão do Banco Central de manter a trajetória de queda da taxa básica de juros, a Selic atinge seu menor patamar desde o início de 2015 – quando estava em 11,75% ao ano. Mesmo que seus efeitos não sejam sentidos em curto prazo, esses cortes representam, ainda assim, um respiro para a economia. Quando o Copom reduz os juros básicos, o objetivo é alavancar e incentivar os investimentos produtivos responsáveis pela geração de emprego e renda. A tendência é que o crédito fique mais barato, o que pode impactar positivamente o consumo. As altas taxas de juros vêm se constituindo, juntamente com outros indicadores econômicos, um dos entraves que impedem o Brasil de sair da recessão econômica. Em todo o ano de 2016, o comércio sofreu decréscimo nas vendas nos mais diversos ramos de atividades. O setor fechou 2016 com queda de 1,49%, reflexo de inflação alta e taxas de juros em patamares maiores, além do aumento da taxa de desemprego, fatores que inibem o consumo principalmente de bens de maior valor agregado. Neste sentido, para o varejo, a continuidade da queda na taxa de juros é um fator primordial para fomentar o crédito e o consumo, além de impulsionar a atividade econômica. No entanto, o decréscimo desta taxa tem que vir acompanhado de um controle da inflação, que tem efeito tão prejudicial quanto os juros, pois corrói o poder de compra do consumidor e eleva seu custo de vida. O anseio do movimento varejista é que com essas medidas o ano seja melhor para o segmento e que, assim, os lojistas tenham, enfim, oportunidade de alavancar suas vendas.