Imprensa - 23 de março de 2016 Opinião Sugestão de Pauta A divulgação pela Fundação João Pinheiro (FJP) de queda de 4,9% no Produto Interno Bruno (PIB) do Estado de Minas Gerais em 2015 (e de -2,8% no setor de serviços) já era esperada pelos setores de comércio e serviços da capital mineira. Para a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) a retração é resultado de todo um cenário macro econômico adverso vivido em 2015, com taxa de juros e inflação em alta, queda no investimento produtivo – que é o principal propulsor de emprego e renda – e recuo da demanda internacional pelas commodities mineiras. O aumento da inflação diminuiu o poder de compra das famílias ao longo de todo o ano de 2015. Além disso, os juros elevados dificultaram o acesso do consumidor ao crédito, fator que inviabilizou as compras de produtos de maior valor agregado. Este cenário de retração da atividade econômica é altamente negativo, pois quando a demanda do varejo cai, a produção da indústria também é impactada negativamente. E os reflexos podem ser percebidos pelo crescimento da taxa de desemprego na capital e no Estado. Com menos pessoas empregadas, a renda em circulação cai e nos leva a um círculo vicioso. O país precisa voltar a crescer e a confiança na economia por parte dos empresários e consumidores precisa ser restabelecida. Mas para que isso aconteça, o governo tem que adotar medidas concretas para o fomento do setor produtivo. Uma delas é a redução dos gastos públicos. Afinal não há como termos um PIB com resultados melhores se não houver corte nas despesas do estado, investimentos produtivos, responsabilidade fiscal e reformas estruturais.