Imprensa - 10 de maio de 2016 Para 76,5% dos consumidores da capital mineira finanças pessoais pioraram nos últimos seis meses, mostra CDL/BH Sugestão de Pauta O aumento do desemprego aliado ao encarecimento do custo de vida das famílias tem afetado a percepção dos consumidores em relação suas finanças pessoais. De acordo com a pesquisa do Indicador de Confiança dos Consumidores da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), 76,5% dos belo-horizontinos afirmaram que sua condição financeira piorou nos últimos seis meses. Em outubro de 2015 esse percentual era de 52,7%. Os entrevistados que não perceberam nenhuma alteração nas suas finanças somam 19,0%. E apenas 4,5% observaram alguma melhora. A pesquisa foi realizada com 200 consumidores de Belo Horizonte e Região Metropolitana no período de 11 de fevereiro a 11 de março. (Gráfico 1- Percepção sobre finanças pessoais – Últimos 6 meses) A pesquisa da CDL/BH também mensurou a percepção dos consumidores da capital quanto à economia brasileira nos últimos seis meses. Para a maior parte dos entrevistados (93,5%) o cenário piorou. Na pesquisa anterior (outubro de 2015) esse percentual era de 88,5%. “O impasse do cenário político está agravando ainda mais a crise econômica em que o país passa atualmente. E isto reflete diretamente na confiança dos belo-horizontinos”, explicou a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos. Já a percepção de 4,0% dos entrevistados é que nada mudou nesse período. Mas 2,5% afirmam que a situação melhorou. (Gráfico 2- Percepção sobre condição economia brasileira – Últimos 6 meses) Indicador de condições gerais – Avaliando as condições atuais das finanças pessoais e da situação econômica brasileira, o indicador ficou em 25,3 pontos e 12,3 pontos, respectivamente. “O que demonstra um grande pessimismo por parte dos consumidores, em ambas as questões, pois os índices estão distantes do nível neutro de 50 pontos”, explica Ana Paula. (Gráfico 3 – Em anexo no documento) (Gráfico 4 – Desempenho ICC BH) Expectativa – A expectativa dos belo-horizontinos sobre suas finanças pessoais para os próximos seis meses também foi avaliada. E 47,5% dos consumidores afirmaram que estão pessimistas. Os otimistas totalizam 30,5% dos entrevistados. Os consumidores que acreditam que a situação permanecerá igual somam 22,0%. (Gráfico 5 – Expectativas sobre finanças pessoais – Últimos 6 meses) Perguntados sobre qual a expetativa com relação a economia do país para os próximos seis meses, 64,0% dos consumidores acreditam que a situará irá piorar. Em outubro, esse índice era de 45,4%. Ana Paula acredita que o motivo para esse pessimismo é a incerteza sobre o futuro político e, consequentemente, econômico do país. Apenas 22,0% dos belo-horizontinos estão otimistas. Já 14,0% acreditam que a situação permanecerá igual. (Gráfico 6 – Expectativas sobre economia brasileira – Últimos 6 meses) Indicador de expectativas – Em relação à expectativa para os próximos seis meses, a maioria dos consumidores continua pessimista. O indicador sobre finanças pessoais registrou 44,9 pontos enquanto o da economia brasileira ficou em 33,2. (Gráfico 7 – Em anexo no documento) (Gráfico 8 – Desempenho ICC BH) Confiança geral – E a soma de todos os indicadores que resulta na formação do Indicador de Confiança dos Consumidores fechou em março em 30,4 pontos. Em outubro, esse mesmo Indicador ficou em 39,2. Segundo a economista da CDL/BH, esse pessimismo é reflexo de uma combinação de fatores. “O consumidor tem sofrido muito com o aumento da inflação. Como o custo de vida está maior, as pessoas acabam tendo que gastar mais para manter as despesas da casa”, explica. “Além disso, a queda da massa salarial das famílias torna ainda mais difícil o controle das finanças”, completa. (Gráfico 9 – Desempenho do indicador de confiança do consumidor) E os consumidores de 18 a 24 anos são os que estão mais pessimistas quanto ao cenário econômico atual. O índice de confiança desse público registrou 29,8 pontos. “Com a deterioração dos indicadores de emprego, os jovens acabam tendo mais dificuldades em ingressar no mercado de trabalho”, afirma Ana Paula. Em seguida, aparecem: consumidores de 35 a 59 anos (30,0 pontos); de 25 a 34 anos (30,5 pontos) e acima de 65 anos (31,6 pontos). (Gráfico 10 – Em anexo no documento) O Indicador da CDL/BH também apontou que quanto maior o nível de escolaridade pior é a percepção do consumidor quanto ao atual cenário econômico. A confiança dos entrevistados que possuem pós-graduação ficou em apenas 23,0 pontos. Enquanto os belo-horizontinos possuem ensino superior completo e estão menos pessimistas (36,5 pontos). Em seguida estão: os consumidores que têm até o ensino fundamental incompleto (32,0 pontos); ensino fundamental incompleto (31,2 pontos); ensino médio completo ou incompleto (30,3 pontos) e ensino superior incompleto (25,7 pontos). (Gráfico 11 – Em anexo no documento) Já na avaliação por gênero, as mulheres estão mais confiantes quanto ao atual cenário econômico. Entre essas consumidoras, o Indicador da CDL/BH registrou 33,1 pontos, contra 27,4 pontos dos homens. (Gráfico 12 – Em anexo no documento) (Gráfico 13 – Histórico de Resultados) (Gráfico 14 – Indicador de confiança consumidor) Metodologia – O Indicador de Confiança do Consumidor realizado pela CDL/BH é formado por quatro indicadores individuais, sendo eles: condições atuais da economia brasileira, condições atuais das finanças pessoais, expectativa para a economia brasileira e expectativa para as finanças pessoais. A média desses indicadores é utilizada para o cálculo do indicador de confiança dos empresários. Quando um desses indicadores vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos consumidores. A escala do indicador varia de zero a cem. Onde zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e das finanças pessoas “pioraram muito” e cem indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais “melhoraram muito”.