Imprensa - 5 de dezembro de 2017 Perspectiva de vendas: 64,2% dos consumidores da capital irão adquirir até três presentes neste Natal Sugestão de Pauta Entre as datas comemorativas, o Natal é sem dúvida a com maior apelo emocional. Por isso, a maior parte das pessoas busca presentear seus familiares e amigos. Neste ano, 78,2% dos consumidores da capital irão presentear alguém. A maioria das pessoas (64,2%) pretende comprar até três presentes e 14,5% irão adquirir mais de seis, de acordo com pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). “Este período do ano é o melhor para o comércio. Ninguém quer deixar a data passar em branco. Mesmo que seja com itens de menor valor, as pessoas buscam presentear”, comenta o presidente da CDL/BH, Bruno Falci. Para os consumidores que não vão dar nenhum presente (21,8%), os principais motivos são: corte nos gastos (29,9%), falta de dinheiro (29,9%) e desemprego (23,4%). “Parte da população ainda está sentindo os efeitos da crise econômica vivida pelo país nos últimos anos, por isso, ainda estão evitando o alto consumo”, explica Falci. Em relação a gênero, classe social e faixa etária, as mulheres (79,6%), a classe A/B (88,2%) e as pessoas com idade de 25 a 34 anos (84,7%) são as que mais irão adquirir produtos neste Natal. Já a Classe C/D (78,8%) e Classe E (73,4%) serão as que menos irão presentear. “Este resultado está diretamente ligado ao desemprego e à contenção de custos por parte desta parcela da população”, justifica o presidente da CDL/BH. O tíquete médio dos presentes deste ano ficará em R$ 107,82. Porém, o valor desembolsado pelo consumidor neste Natal pode variar conforme o tipo de produto escolhido. Quem for presentear com perfumes e cosméticos irá desembolsar o maior valor, o custo médio para estes itens será de R$ 129,55. A compra de calçados deve girar em torno de R$ 114,52. Já os menores valores pagos serão com roupas (R$ 96,10) e brinquedos (R$ 100,83). Por faixa de preços, 58,3% dos entrevistados pretendem comprar presentes de até R$ 100 cada. As demais faixas de valor citadas são: de R$ 100,01 a R$ 150 (23,9%); de R$ 150,01 a R$ 200 (9,8%); de R$ 200,01 a R$ 250 (4%); de R$ 250,01 a R$ 300 (1,4%); de R$ 300,01 a R$ 400 (1,1%); acima de R$ 500 (1,1%) e não responderam (0,4%). Metade dos consumidores prefere realizar suas compras na região de suas residências De acordo com 50% das respostas, os consumidores irão realizar suas compras de Natal em estabelecimentos que fiquem perto de suas casas. Já 27,5% preferem próximo ao trabalho. E o local selecionado pela maior parte dos consumidores foram os shoppings centers (45,3%), seguido pelas lojas de rua em centro comercial (30,8%). Os demais locais citados foram: shopping popular (15,6%); internet (6,2%); feira de artesanato e durante viagens (0,4%), respectivamente. Os que não responderam somam 1,4%. Os consumidores da classe A/B são os que mais compram nos shoppings (76,5%). Já a classe E, prefere as lojas de ruas em centros comerciais (46,4%) e os shoppings populares (31,9%). Roupa é opção predominante de presente O produto mais procurado neste Natal para presentear serão as roupas, conforme 43,5% dos entrevistados. “A preferência pelas roupas se deve ao fato da grande variedade de produtos e preços disponíveis para escolha. Além disso, são itens que agradam praticamente a todos”, afirma o presidente da CDL/BH. Em seguida, aparecem os brinquedos (22,8%) e calçados (15,5%). Os demais itens citados na pesquisa foram: cosméticos/perfumes (6,8%); joias e bijuterias (5%); jogos (1,8%); livros (1,8%); eletrônicos (1%); material esportivo (0,8%); e outros (1,3%). Compras serão pagas à vista em dinheiro Em relação à forma de pagamento, a maioria dos entrevistados (36,2%) respondeu que irá priorizar o dinheiro. “As pessoas estão buscando maneiras de evitar o endividamento, por isso elas vão optar pelas compras à vista”, explica o presidente da CDL/BH. Já 34,4% dos consumidores vão dividir suas compras no cartão de crédito. As outras formas citadas foram: cartão de débito (16,7%); à vista no cartão de crédito (9,1%); parcelado no cartão da própria loja (2,9%); vale cultura (0,4%) e não sabem (0,4%). A pesquisa também mostrou que a maioria dos consumidores (95,6%) não utilizará recursos de terceiros para realizar suas compras de Natal. Os que utilizarão somam 4,4% dos entrevistados, assim distribuídos: saque na poupança/investimentos (1,8%); empréstimo com amigos/parentes (1,8%); cartão de crédito emprestado (0,4%) e pensão (0,4%). Mais de 90% dos consumidores pretendem festejar o Natal Segundo 93,1% das respostas, a comemoração do Natal não ficará restrita apenas ao presente. A ceia natalina será a comemoração mais realizada neste fim de ano (62%). Em seguida aparecem: almoço em casa ou na residência de algum parente (21,7%); viagem (5,1%); jantar fora (restaurantes) (2,2%); almoçar fora (restaurantes) (1,4%); lanchar fora e cinema com 0,4%, cada um. Os que não pretendem comemorar a data somam 5,4% dos entrevistados. Já os que não sabem representam 1,4%. E o custo médio das festas natalinas deve ficar em R$ 142,81. O consumidor que irá viajar deve ter um custo de R$ 459,62. Já quem for jantar fora (restaurantes) desembolsará R$ 175. Os demais valores são: almoço fora (restaurantes) R$ 162,50; almoço em casa/casa de parente R$ 149,14 e ceia R$ 113,68. Metade dos consumidores (50%) não pretende participar de nenhum amigo oculto neste fim de ano. Quem irá participar (48,9%) deve comprar presentes com um valor médio de R$ 62,04. Os que não responderam somam 1,1%. Belo-horizontinos possuem o hábito de presentear Perguntados sobre dar presentes em outras datas comemorativas, 63,8% dos entrevistados afirmaram que sempre ou quase sempre têm esse hábito. Já 29,9% disseram que às vezes e 6,2% responderam raramente. No ano passado, 89,5% dos consumidores presentearam ao menos uma pessoa no Natal. Entre eles, 45,7% vão comprar produtos do mesmo valor dos adquiridos no Natal do ano anterior, e 43,7% afirmaram que o custo será menor. Apenas 10,5% irão comprar produtos mais caros. Maioria dos consumidores compara preços Para 62,5% dos consumidores entrevistados é um hábito frequente pesquisar o valor dos presentes em diferentes lojas, antes de efetuarem as compras. Os que fazem este tipo de levantamento às vezes totalizam 26,5%. “Com o orçamento mais apertado, as pessoas estão pesquisando mais antes de adquirir os produtos”, comenta Falci. Os consumidores que raramente ou nunca realizam comparação dos valores somam 6,3% e 4,8%, respectivamente. Fatores que podem influenciar no momento da compra Para 29,1% dos consumidores, o preço dos produtos é o que mais os atrai no momento das compras. O segundo ponto que chama a atenção dos entrevistados é a qualidade dos produtos, com 14,5% das respostas. Os demais atrativos citados foram: bom atendimento (11,7%); promoção e sorteios (11,2%); localização (7,9%); formas/prazo de pagamento (7,6%); agilidade no atendimento (4,8%); educação e cortesia dos funcionários (4,5%); ambiente agradável (3,4%); credibilidade da loja (2,6%); marca/grife do produto (2,4%) e raridade de produtos (0,1%). Já o principal fator que pode dificultar as compras, segundo a maioria dos entrevistados (38,8%) é o alto preço das mercadorias. As outras dificuldades apresentadas foram: atendimento ruim (17,8%); lojas muito cheias (14,4%); poucas vagas de estacionamento (9,7%); qualidade dos produtos (7,1%); juros altos (4,5%); pouca flexibilidade na negociação (4,2%); pouca variedade de produtos (1%); poucas formas de pagamento (1%) e não se aplica/compra na internet (0,3%). E, 1% dos consumidores afirmou que não encontra nenhuma dificuldade. Metodologia – Foram entrevistados 350 consumidores de Belo Horizonte, no período de 23 de outubro a 24 de novembro de 2017.