Imprensa - 29 de outubro de 2015 Pesquisa da CDL/BH revela que 54% dos consumidores não faz nenhum tipo de planejamento financeiro Sugestão de Pauta Uma das principais causas da inadimplência é a falta de planejamento financeiro e pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) realizada de 6 a 20 de outubro com 200 entrevistados revelou um dado preocupante: a maioria dos belo-horizontinos (54%) não realiza nenhum tipo de planejamento, seja pessoal ou familiar. O índice é maior entre os consumidores de baixa renda (66,7%) do sexo feminino (57,1%) e com idade entre 45 a 64 anos (63,2%). (Imagem 1) Renda comprometida – De acordo com o vice-presidente da CDL/BH, Marco Antônio Gaspar, o recomendável é que o consumidor comprometa apenas 30% da sua renda com dívidas. Entretanto, a pesquisa da CDL/BH mostra que 11,1% dos consumidores da classe E e 3,6% da classe C/D comprometem mais de 100% da renda mensal familiar com parcelamentos ou financiamentos. “Esse dado é alarmante, pois é insustentável e reflete a total falta de planejamento financeiro desses consumidores e o aumento da inadimplência na capital”, afirma. (Imagem 2) Entre os entrevistados que seguem a recomendação da CDL/BH e comprometem até 30% da sua renda o índice é maior entre os homens (66,6%) contra 55,5% das mulheres. Entretanto, 13,3% deles comprometem mais de 100% da sua renda familiar, índice que é inexistente entre as mulheres. Por faixa etária, está entre os jovens o maior percentual (12,5%) de consumidores que deve mais do que recebe, entre os adultos de 25 a 44 anos este dado é de 4,2%. (Imagem 3) Forma de pagamento – Outro objetivo da pesquisa da CDL/BH foi identificar os hábitos de compra dos consumidores. E de acordo com a maioria dos entrevistados (63,0%) o pagamento à vista em dinheiro é a forma de pagamento preferida para as compras. Em seguida estão: cartão de débito (17,0%); parcelado no cartão de crédito (11,0%); à vista no cartão de crédito (5,0%) e parcelado no carnê/crediário (2,0%). Os que não responderam foram 2,0% dos entrevistados. A preferência pelas formas de pagamento à vista (dinheiro e cartão de débito) é maior entre os consumidores das classes A/B (88,9%) e do sexo masculino (81,8%). (Imagem 4) Parcelamentos – Segundo o levantamento da CDL/BH, 43,0% dos entrevistados possui algum tipo de financiamento ou compra parcelada. A maioria deles é do sexo masculino (61,4%), pertence a classe E (63,6%) e tem de 25 a 44 anos (52,5%). Perguntados sobre qual produto prefere parcelar ou financiar os automóveis (carros/motos) disputam com os eletrodomésticos a intenção de 30,0% dos consumidores, respectivamente. Em seguida aparece: eletrônicos (20,0%); viagem (10,0%); móveis (5,0%) e supermercado (5,0%). (Imagem 5) A falta de dinheiro na hora das compras é o principal fator que leva os consumidores a recorrerem às compras parceladas, segundo 46,2% dos entrevistados. As demais justificativas são: em último caso/ necessidade (23,1%); melhor forma de pagamento para controle financeiro (7,7%); compra de valor alto (7,7%); preferência em pagar compras parceladas (7,7%) e predileção em manter o dinheiro na poupança (7,7%). Na hora de parcelar as compras, a maior parte dos consumidores (30,77%) prefere dividir em três vezes. E o meio mais utilizado para o pagamento dessas compras é o cartão de crédito (58,01%). (Imagem 6) As mulheres utilizam mais o cartão de crédito (59,3%), carnê (18,5%) e boleto bancário (11,1%) do que os homens durante o pagamento das compras parceladas. Em contraponto, eles usam mais o cheque (12,5%); empréstimo com terceiros (6,3%); cartão da loja (6,3%) e empréstimo consignado (6,3%). Ainda sobre as compras a prazo, a pesquisa identificou que os consumidores de maior poder aquisitivo utilizam mais o cartão de crédito (75,0%) do que os entrevistados das classes D/C (65,5%) e E (33,3%). A preferência desse público pela quitação da dívida por meio do boleto bancário também é grande, ela é de 25,0%. (Imagem 7) Compras por impulso – O levantamento também mostra que as belo-horizontinas compram mais por impulso enquanto os homens são mais atentos às taxas de juros. Perguntados sobre a frequência que compram produtos que não precisam ou nunca usam, sempre foi a resposta de 19,6% das mulheres contra 4,5% dos homens. As que nunca dizem não ao desejo de consumir somam 35,7%, índice que é de 18,2% entre eles. 14,3% delas também afirmaram que sempre compram por impulso contra 4,5% deles. Já a prática de consultar os juros antes de parcelar uma compra é mais constante entre os consumidores do sexo masculino (43,2%) do que no feminino (41,1%). (Imagem 8) inadimplência – Dados de setembro do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) apontam o crescimento de 1,44% no número de inadimplentes na capital, na comparação com o mesmo mês de 2014.